domingo, 3 de fevereiro de 2013

A safra do imbuzeiro no Sertão do Nordeste em 2013



As fotos

Nestas fotografias, podemos observar agricultores da comunidade de Riacho do Sobrado no município de Casa Nova, BA, vendendo frutos do imbuzeiro na feira livre de Areia Branca em Petrolina, PE.







Os fatos

Embora a região semiárida do Nordeste tenha sofrido bastante com a seca que afetou toda a agricultura e pecuária em 2012, a safra do imbuzeiro está em pleno andamento em algumas regiões do Sertão. Neste momento, em muitas comunidades do Sertão, a colheita e venda do imbu é uma das principais fontes de renda dos agricultores. Este ano, na região do Sertão da Bahia e Pernambuco, a safra teve início na última quinzena de janeiro, isto, principalmente pela falta de chuvas nos meses de novembro e dezembro. As chuvas desses meses servem para que os frutos cresçam e já estejam maduros no final do ano. A seca de 2012 afetou severamente a produção do imbuzeiro, pois, na época das flores que vai de agosto a setembro, não existia outras plantas em floração na caatinga em função da seca e um inseto chamado “cascudo”, juntamente com as altas temperaturas provocaram grandes danos aos botões florais do imbu com reduções significativas na produção deste ano. Todavia, mesmo com a seca, mais uma vez ficou provado que o imbuzeiro tem capacidade de sobrevivência no Sertão e pode contribuir substancialmente com a renda dos agricultores da região.  O negócio com o imbu na região semiárida do Nordeste, que vai da colheita, comercialização, processamento de doces e polpas, chegam a rende mais de R$ 6 milhões ao ano para economia regional. O extrativismo do fruto do imbuzeiro é praticado nos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e na parte semiárida de Minas Gerais, sendo o Estado da Bahia o maior produtor com uma média 10.000 toneladas colhidas por ano. As irregularidades climáticas que afetaram a região Nordeste em 2012 impossibilitaram a produção de muitas culturas e a morte de muitos animais, causando perdas irrecuperáveis para os agricultores. Embora a safra deste ano seja menor, o preço que os agricultores  vem obtendo é maior que em anos de safra regular, isto é, normalmente o litro de imbu é comercializado a R$ 0,50 e neste ano é de R$ 2,00 o que pode proporcionar uma boa renda para os agricultores que realizam seu extrativismo.

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