sábado, 24 de agosto de 2013

O aproveitamento da pouca água que ainda resta nos açudes do Sertão

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar alguns bovinos bebendo água em um açude e o verde de algumas plantas cultivadas na vazante pelos agricultores. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.






Os fatos


Embora a seca tenha castigado severamente o Sertão de Pernambuco no ano de 2012 e nos primeiros meses de 2013, a pouca água que foi armazenada com as chuvas nos açudes, barreiros, etc., tem contribuído para que muitos agricultores salvem seus animais e ainda consigam produzir alguma lavoura nas culturas de vazantes. Em algumas comunidades a água armazenada nos açudes está sendo utilizada para matar a sede dos animais e para produção de milho, feijão e, principalmente para a produção de forragens como o sorgo e o capim elefante nas variedades napier e cameron (Pennisetum purpureum). Essa forrageira tem se adaptado muito bem as vazantes dos pequenos açudes do Nordeste e contribuído significativamente na alimentação dos animais, principalmente na época de seca. No município de Petrolina, PE até o momento choveu um total de 155,3 mm sendo 92,5 mm no mês de janeiro. No mês de fevereiro não foi registrada nenhuma precipitação, já no mês de março choveu um total de 23,9 mm. Em abril choveu 5,8 mm e no mês de maio 13,5 mm. Nos meses de junho e julho choveu 9,6 e 7,5 mm, respectivamente.  Em agosto até esta data choveu apenas 2,5 mm. Esse volume de chuvas e sua distribuição tornam o quadro de seca no Sertão muito grave para sobrevivência dos animais, principalmente dos bovinos. Todavia, para aqueles agricultores que não ficam esperando a sorte e procuram aproveitar toda água disponível, ainda é possível conseguir comida para os animais  e alimentos com a produção nas vazantes dos açudes.

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