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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Produção de caju com água de chuva armazenda em cisterna de comunidade rural


A foto

Nesta fotografia podemos observar a agricultora com frutos de caju colhido em planta irrigada com água de cisterna. A fotografia foi obtida no dia 11 de setembro de 2008 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

A alegria desta agricultora não pode ser mensurada. Quando iniciamos os trabalhos de construção de uma cisterna para armazenar água visando a produção de alimentos, Dona Benedita disse que pagava para ver. Hoje com a colheita de caju, mamão, acerola, limão, ela esta radiante com um sonho realizado. Uma cisterna com capacidade de 16000 litros pode fornecer água para produção de 36 fruteiras durante um ano. A distribuição pode ser de 1 litro por planta no período de janeiro a abril, de 2 litros de maio a agosto e 3 litros de setembro a dezembro. Com este sistema, são utilizados apenas 10.400 litros, ficando uma reserva para possível seca.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Contribuição da cobertura morta na umidade do solo na caatinga



A foto

Nesta fotografia podemos observar a utilização de cobertura morta para retenção de umidade do solo na caatinga. A foto foi obtida em 15 de agosto de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato


Embora as chuvas que ocorrem na região semi-árida do Nordeste sejam em quantidade considera abaixo da normalidade, muito água é desperdiçada pela evaporação de água do solo, principalmente nas áreas de cultivo. Essa evaporação é mais acentuada nos meses de agosto a janeiro, quando ocorre o período de seca. A utilização de cobertura morta que pode ser de palhadas ou restolhos de culturas, pode contribuir para retenção da umidade no solo, garantido a produção mais regular das fruteiras cultivadas nesta região.

Uso de garrafas PET para irrigação de fruteiras com água de cisterna


A foto

Nesta fotografia podemos observar a utilização de garrafas PET para colocação de cisterna. A foto foi obtida em 29 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato


Atualmente as garrafas PET dispersas no meio ambiente tem sido um problema de dificíl solução. Embora a reciclagem seja uma alternativa para este problema, ainda há um número muito grande de garrafas nos lixões de todo o Nordeste. Com objetivo de contribuir com a solução deste problema, estamos desenvolvendo um projeto de pesquisa financiado pelo BNB, cujo objetivo principal é a utilização de garrafas PET como reservatório para utilização de água de chuva na irrigação de fruteiras na caatinga.

Produção de caju com água de chuva armazenda em cisterna


A foto

Nesta fotografia podemos observar uma planta de caju com frutos. A fotografia foi obtida no dia 02 de outubro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

A produção de frutas nas áreas de caatinga dependente de chuvas é praticamente impossível, todavia, com água de chuva acumulada em cisternas, pode-se produzir frutas durante todo ano. Uma cisterna com capacidade de 16000 litros pode fornecer água para produção de 36 fruteiras durante um ano. A distribuição pode ser de 1 litro por planta no período de janeiro a abril, de 2 litros de maio a agosto e 3 litros de setembro a dezembro. Com este sistema, são utilizados apenas 10.400 litros, ficando uma reserva para possível seca.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Irrigação de salvação com água de barreiro


A foto

Nesta fotografia podemos observar o procedimento de irrigação de salvação com água de barreiro. A fotografia foi obtida em 5 de maio de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

As culturas tradicionais da região Nordeste são o milho e o feijão. Embora esta culturas sejam muito susceptíveis as estiagens que ocorrem no período de chuvas, a grande maioria dos agricultores cultivam uma pequena área onde poderão obter o milho e feijão necessários para o consumo durante o ano. Com a água acumulada em um pequeno barreiro, os agricultores podem realizar irrigações sucessivas até que as chuvas ocorram e assim, salvar seus cultivos. Para utilizar o berreiro de irrigação de salvação, este deve esta localizado em uma área acima da área de cultivo para que a água chegue por gravidade as plantas.

Efeito da falta de chuvas na cultura do feijão


As fotos

Nestas fotografias podemos observar plantas de feijão e milho sofrendo com a falta de chuvas. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.





Os fatos

As chuvas que ocorreram no Campo Experimental no período de fevereiro ao final de abril de 2008 num total de 372,3 mm, sendo 126,0 mm no mês de fevereiro, 128,0 mm no mês de março e 117,9 mm no mês de abril, foram suficiente para manter o solo molhado sem necessidade de irrigação. Todavia, para o milho e o feijão, cujo período de formação de vagens e espigas levam mais tempo, podem ter problemas de mortandade com a falta de umidade, como as plantas de feijão que vemos na fotografia. Assim, a utilização de uma irrigação de salvação pode contribuir de forma positiva para as culturas de milho e feijão, como também para obtenção de aumentos na produção. Em trabalhos de pesquisa realizados em 2008 com a água acumulada neste barreiro, obtivemos ganhos na ordem de 60% em relação à produção de milho e feijão, em função da aplicação de irrigação suplementar nos períodos de estiagens.

O efeito da irrigação de salvação na produção de feijão



A foto

Nesta fotografia podemos observar plantas de feijão bastante verdes com vagens em formação e outras no ponto de colheita. A fotografia foi obtida em 23 de maio de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Como foi demonstrado na imagem das plantas de feijão secas no dia 23 de maio de 2008, embora tenha ocorrido bastante chuvas no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido no período de fevereiro ao final de abril num total de 372,3 mm, sendo 126,0 mm no mês de fevereiro, 128,0 mm no mês de março e 117,9 mm no mês de abril, há utilização de uma irrigação suplementar com água acumulada em barreiro para irrigação de salvação pode ser muito importante na produtividade destas culturas como podemos ver nesta fotografia.

Alternativa para captar e armazenar água de chuva


>Nesta fotografia podemos observar parte da água de chuva retida em sulcos. A fotografia foi obtida em 16 de março de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste as chuvas irregulares e de pouca intensidade podem comprometer o cultivo dos pequenos agricultores. De modo geral, logo após as primeiras chuvas a maioria dos agricultores realiza o plantio, contudo, as estiagens que perduram por mais de 15 a 20 dias podem levar estes cultivos ao insucesso. Assim, a utilização de algumas técnicas de captação de água de chuva, tais como, os sulcos para conter o máximo possível a água da chuva, pode contribuir para que as plantas, principalmente o milho e o feijão consigam resistir às estiagens e produzirem. De modo geral, o milho e o feijão se cultivados em áreas preparadas, estes podem resistir até 30 a 45 dias, após uma chuva de 60 mm.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Água de chuva armazenada em barreiro para irrigação de salvação


A foto

Nesta fotografia podemos observar um barreiro de irrigação de salvação. A fotografia foi obtida em 16 de março de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste as chuvas muitas vezes ocorrem em períodos muitos curtos e faltam quando as culturas mais necessitam de umidade no solo. O barreiro de irrigação de salvação é uma alternativa que pode ser utilizada pelos agricultores para armazenar a água da chuva e utilizá-la nos meses de estiagem que ocorrerem ou para obtenção de um segundo cultivo. Essa alternativa pode contribuir para que os agricultores obtenham sucesso em seus cultivos, visto que, em alguns anos, os agricultores plantam nas primeiras chuvas e quando as culturas estão nas fases de floração e formação de espigas ou vagens, as chuvas não caem e a uma perda total dos cultivos.

Cisternas para o armazenamento de água de chuva




A foto

Nesta fotografia podemos observar a construção de uma cisterna. A foto foi obtida em 4 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato


As secas severas que assolam a região semi-árida do Nordeste e causam transtornos para população em relação à água para consumo humano, poderiam ser amenizadas com a captação e o armazenamento de água das chuvas em cisternas rurais. Essa alternativa poderá contribui para conter a grande perda de água que ocorre por escoamento em toda região. Todavia, a construção de 1 milhão de cisternas que esta ocorrendo no sertão, ainda não tem contido partes dos milhões de metros cúbicos de água que são perdidos por escoamento. Muitas cisternas têm sido construídas sem levar em consideração o volume de chuvas estimado para região e anualmente, logo após o final da estação chuvosa, já são encontradas famílias a espera dos carros pipas. O tamanho das cisternas, de 16000 litros, muitas vezes não é suficiente para armazenar toda água que é captada em períodos de chuvas regulares. Neste sentido, há necessidade de se rever o tamanho das cisternas para que as populações rurais do semi-árido consigam superar os desafios das secas.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Água de chuva armazenada em cisterna para produção de alimentos III


A foto

Nesta fotografia pode-se observar uma residência com duas cisternas com o objetivo de utiliza a água de chuva acumulada em uma das cisternas para produção de alimentos. A fotografia foi obtida em 15 de outubro de 2008 na Comunidade de Lagoa do Jacaré no município de Jaguarari, BA.

O fato

O senhor Francisco tinha apenas uma cisterna em sua residência e parte da água das chuvas era desperdiçada por falta de calha para levar a água para a cisterna. Contudo, o volume de água sempre foi maior que a capacidade da cisterna que é de 16000 litros. Com recursos provenientes de um projeto financiado pelo BNB, foi construída uma segunda cisterna para acumular a água que estava sendo desperdiçada no outro lado da residência. Com a água acumulada na nova cisterna destinada ao cultivo, o senhor Francisco poderá cultivar até 36 fruteiras e obter frutos para o consumo da família ou para obtenção de renda.

Utilização de água armazenda em cisterna para produção de alimentos


A foto

Nesta fotografia, pode-se observar uma planta de mamão com bastante frutos, utilizando água de chuva acumulada em cisterna. A fotografia foi obtida em 30 de junho de 2008 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

Na maioria das residências do Sertão nordestino, parte da água das chuvas é desperdiçada por falta de calha em todos os lados da residência ou porque as cisternas com capacidade para 16000 litros não acumulam toda água das chuvas. Todavia, quando esta água é totalmente armazenada, os agricultores podem cultivar um pequeno pomar com fruteiras ou hortaliças. Na comunidade de Barreiro, a água acumulada na cisterna destinada ao cultivo, proporcionou ao agricultor a produção de caju, acerola, limão, manga e mamão. Nesta comunidade choveu 530 mm no ano de 2008, com esta precipitação, o agricultor acumulou água nas duas cisternas, sendo uma para consumo da família e outra para irrigação do pomar. A água acumulada na cisterna foi dividida de forma que o agricultor pudesse colocar 1 litro de água por planta no período de janeiro a abril, 2 litros de junho a agosto e 3 litros de setembro a dezembro. No total, foram utilizados 10.400 litros para o cultivo de 36 fruteiras. Quando da ocorrência de chuvas, a irrigação foi suspensa e o excedente de água utilizado em outro período.

Água de chuva armazenada em cisterna para produção de alimentos



A foto

Nesta fotografia podemos observar cisternas rurais utilizadas para armazenar água de chuva, visando a produção de alimentos. A fotografia foi obtida no dia 22 de fevereiro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O volume de precipitação que ocorre na região semi-árida do Nordeste, em média, 250 a 500 mm, anualmente, são utilizados em sua maior parte para o consumo humano, todavia, parte deste volume, que na maioria das vêzes são desperdiçados por problemas nos telhados ou por falta de local de armazenamento, pode ser utilizado pelos agricultores para produção de alimentos. Os milhões de metros cúbicos de água que são perdidos para os rios e destes para o oceano, se armazenados, poderão ser utilizados para produção de fruteiras ou hortaliças que contribuiram para geração de renda ou melhoria da qualidade de vida dos agricultores com o consumo ou a venda das mesmas. Para isto, a água excedente deverá ser armazenada em cisternas ou outros depósitos para utilização durante o período de seca.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Perdas de água e solo no semi-árido do Nordeste

A foto

Nesta foto podemos observar o escoamento ocorrido durante uma chuva. Esta fotografia foi obtida em 29 de fevereiro de 2008 no Campo experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste, a escassez de água ocorre em sua maior parte pela má distribuição das chuvas e pela perda de água através do escoamento superficial. Dos 969.589,4 km quadrados do semi-árido, anualmente, milhões de metros cúbicos de água são perdidos para os rios e destes para o oceano. Se a maior parte desta água fosse retida em pequenos açudes, barragens, grandes açudes, etc, haveria no Nordeste excesso de água para utilização por sua população. Temos no semi-árido um total de 450 grandes açudes cuja capacidade é superior a um milhão de metros cúbicos. Todavia, a quantidade de água que perdemos pelo escoamento superficial daria para acumular milhões de metros cúbicos em outros 500 açudes. Se todo agricultor do semi-árido adotasse tecnologias de captação e armazenamento de água de chuva, o semi-árido viveria outros tempos. Na Embrapa Semi-Árido, estamos desenvolvendo um projeto de pesquisa financiado pelo BNB-FUNDECI, cujo objetivo principal é conhecer os diferentes modos de preparo dos solos utilizados pelos agricultores e as consequências das chuvas no armazenamento de água no solo e a erosão provocada pelas chuvas nos diferentes tratamentos.

Captação de água de chuva IV


A foto

Nesta foto podemos observar o sistema de captação de água de chuva com sulcos barrados. Esta fotografia foi obtida em 16 de março de 2008, no Campo Experimental da Embrapa semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

A captação de água de chuva na região semi-árida do Nordeste, tem sido tema de diversos trabalhos de pesquisa por muitas instituições que atuam no Nordeste brasileiro. Entre estes sistemas, o sulco barrado, adaptado pelo pesquisador, José Barbosa dos Anjos é um dos que tem apresentado melhores resultados. Neste sistema, praticamente toda água das chuvas é retida no barramento e pouco ou nenhum escoamento ocorre, contribuindo, assim, para preservação do solo dos efeitos da erosão e para o melhor crescimento das culturas. Este sistema é muito bom para regiões de baixa precipitação, como o sertão nordestino.

Cursos de processamento do fruto do imbuzeiro


A foto

Nesta foto podemos observar um curso sobre o processamento do fruto do imbuzeiro. Esta fotografia foi obtida em 20 de novembro de 2008 na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O fruto do imbuzeiro pode ser aproveitado de diversas formas. Já são conhecidas mais de 50 subprodutos do fruto do imbuzeiro. O doce em massa do fruto no estádio 'de vez' quando o fruto encontra-se no início do processo de amadurecimento é o mais produzido pelos agricultores. Outro produto de grande destaque é a imbuzada, onde é adicionado leite e açúcar a polpa do imbu cozido. Atualmente, coordenamos um projeto de pesquisa apoiado pelo BNB-FUNDECI, onde a meta principal é a realização de cursos para agricultores, técnicos, estudantes, entre outros, com o objetivo de difundir as tecnologias disponíveis sobre o aproveitamento do fruto do imbuzeiro.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Mudas de imbuzeiro para plantio


As fotos

Nestas fotografias, podemos observar mudas de imbuzeiro no tamanho ideal para plantio na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.





Os fatos

Após a realização de diversos trabalhos visando a obtenção de mudas de imbuzeiro no tamanho ideal para o plantio, chegamos a conclusão de que a muda de imbuzeiro com maior probabilidade de sobrevivência na caatinga, deve apresentar um tamanho variando de: 15 a 30 cm para o xilopódio e 60 a 100 cm para o caule. Outro fator importante é o diâmetro do xilopódio que deve ser de 2 a 5 cm. Com essas dimensões, há maior probabilidade de sobrevivência dessas mudas na caatinga. O tamanho da muda contribui para que a mesma consiga sobreviver aos possíveis danos causados pelos animais como o veado caatingueiro e outro. O xilopódio com as dimensões descritas, acima, resiste ao ataque dos animais, visto que, neste estágio, ele é mais fibroso, dificultando a mastigação. Outro fator extremamente importante é a profundidade da cova, os resultados das pesquisas demonstraram que mudas plantadas aos 30 a 40 cm de profundidade foram as menos atacadas pelos animais.

Repovoamento da caatinga com mudas de imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia, podemos observar o plantio de mudas de imbuzeiro na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 11 de dezembro de 2008, no campo experimental da caatinga, na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O imbuzeiro contribui de forma positiva com a geração de renda e absorção de mão-de-obra dos pequenos agricultores do Nordeste semi-árido, como também, é uma fonte de alimentos para inúmeros animais silvestres, tais como: caititu, ema, veado, pata lisa, tatu-peba, pássaros, insetos, entre outros. Todavia, a população atual de imbuzeiro na caatinga apresenta reduções significativas, principalmente nas áreas de caatinga degradada. Nas áreas de caatinga nativa, embora a densidade de plantas seja maior, atualmente, há uma degradação severa das plântulas pelos animais silvestres. A causa principal é que as plântulas de imbuzeiro possuem um xilopódio em seu sistema radicular que contém muita água, sendo consumido pelos animais nos períodos de seca, como também, as plântulas pouco resistem aos períodos de estiagens que são de 6 a 8 meses na região. Neste sentido, estamos desenvolvendo um projeto na Embrapa Semi-Árido com o objetivo de repovoa a caatinga com mudas de imbuzeiro. No ano de 2008, foram plantadas 1200 mudas de imbuzeiro em comunidades de Alagoas, Pernambuco, Bahia, Ceará e Piauí.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O fruto do imbuzeiro maduro

A foto

Nesta fotografia podemos observar frutos do imbuzeiro em estádio de maturação plena. A fotografia foi obtida na Embrapa Semi-Árido no município de Petrolina, PE em 6 de março de 2003.

O fato

Os frutos do imbuzeiro mais conhecidos e consumidos são aqueles chamados de imbu inchado ou “de vez” de cor esverdeada. Neste estádio os frutos encontram-se no início do processo de amadurecimento e com sabor agridoce. O fruto do imbuzeiro é climatérico e atinge seu ponto máximo de amadurecimento aos 3 a 5 dias após a colheita quando estão plenamente amarelos e são mais doces com pouca acidez que caracteriza o fruto do imbuzeiro. Normalmente, os agricultores colhem os frutos “de vez”, quando estes se encontram num estádio que permitem sua manipulação e transporte até as áreas de comercialização. Todavia, a maior produção de frutos é desperdiçada, pois os frutos que caem das plantas ficam amadurecendo embaixo das plantas e apodrecem ou são consumidos pelos animais.


A produção de frutos do imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia podemos observar uma planta de imbuzeiro com bastantes frutos maduros caídos ao chão. A fotografia foi obtida na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE em 6 de março de 2003.

O fato

A produção de frutos em uma planta de imbuzeiro é estimada por diversos autores em 300 kg/safra/ano. Em pesquisas realizadas em vários municípios da região semi-árida do Nordeste, podemos confirmar que há uma grande variabilidade na produção de frutos por planta. Esta variabilidade esta relacionada com as condições geoambientais onde se encontram as plantas, isto é, se a planta estiver localizada em uma região de solos bons e com boa distribuição das chuvas, o volume de produção pode ser maior que a média conhecida, todavia há plantas em áreas mais secas do semi-árido que pouco produzem. Outro fator limitante a produção é o ataque de pragas que destoem à floração do imbuzeiro com destaque para o cascudo. As maiores produções conhecidas são de 547 kg no município de Uauá, BA, 327 kg no município de Petrolina, PE, 542 kg no município de Curaçá, BA e 642 kg no município de Macaúbas, BA. O dado importante é que estes valores de produção são referentes aos frutos colhidos pelos agricultores, não considerando os frutos que caem das plantas maduros ao chão, o que poderia elevar os valores de produção.

O atravessador da comercialização do fruto do imbuzeiro

A foto

Nesta fotografia podemos observar um atravessador da compra do fruto do imbuzeiro. A fotografia foi obtida na comunidade de Flamengo no município de Jaguarari, BA em 28 de janeiro de 2004.

O fato

A comercialização do fruto do imbuzeiro é realizada de diversas formas, principalmente, a venda pelos agricultores para atravessadores que levam os frutos das comunidades para os grandes centros urbanos, com destaque para a Feira de São Joaquim em Salvador onde os frutos são revendidos diretamente aos consumidores e outros atravessadores que distribuem os frutos em toda Salvador. Outro mercado importante para o fruto do imbuzeiro são as indústrias que processam polpa em Feira de Santana, BA. Este segmento é responsável pela compra da maior quantidade de frutos produzidos no estado da Bahia.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A chuva na caatinga I


A foto

Nesta fotografia podemos observar o escoamento superficial de uma chuva em uma estrada na caatinga. A fotografia foi obtida em fevereiro de 2008 no município de Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste, a escassez de água ocorre em sua maior parte pela má distribuição das chuvas e pela perda de água através do escoamento superficial. Dos 969.589,4 km quadrados do semi-árido, anualmente, milhões de metros cúbicos de água são perdidos para os rios e destes para o oceano. Se a maior parte desta água fosse retida em pequenos açudes, barragens, grandes açudes, etc, haveria no Nordeste excesso de água para utilização por sua população. Temos no semi-árido um total de 450 grandes açudes cuja capacidade é superior a um milhão de metros cúbicos. Todavia, a quantidade de água que perdemos pelo escoamento superficial daria para acumular milhões de metros cúbicos em outros 500 açudes. Se todo agricultor do semi-árido adotasse tecnologias de captação e armazenamento de água de chuva, o semi-árido viveria outros tempos.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

A compota de imbu


A foto

Nesta fotografia podemos observar vidros com imbu para colocação de calda para produção de compota. Esta fotografia foi obtida por Marcone Lopes dos Santos na Comunidade de Fazenda Brandão em Curaçá, BA no mês de fevereiro de 2008.

O fato

A compota de imbu é mais uma alternativa para o aproveitamento racional desta planta. Desta forma, os frutos podem ser consumidos fora do período de safra. A compota é obtida com a adição de uma calda de açúcar aos frutos e posteriormente o cozimento em banho maria. Este produto tem sido muito apreciado, principalmente pelos consumidores de outras regiões que não produzem o fruto do imbuzeiro. Os ingredientes necessários para a compota são: 1 kg de açúcar comum; 1 litro de água potável; 2 litros de frutos no estádio de maturação “de vez”. Para obter a calda da compota deve-se misturar a água com o açúcar e leve ao fogo brando, mexendo constantemente até a fervura da água. Os frutos devem ser descascados ou não. Colocar os frutos em vidros esterilizados e depois completar com a calda. Posteriormente colocar em banho-maria durante 30 minutos. Após a retirada dos vidros do banho maria, deixe esfriar em local seco e arejado por 12 horas antes do consumo.

Picles de xilopódios de imbuzeiro


A foto
Nesta fotografia, podemos observar o xilopódio de mudas de imbuzeiro processados na forma de picles. A fotografia foi obtida em setembro de 2007 em Petrolina, PE.
O fato
O crescente interesse dos consumidores por frutos tropicais, aliado ao número cada vez maior de pequenas indústrias de processamento de frutas para produção de polpa, poderá tornar os produtos derivados do imbuzeiro, um rentável negócio agrícola para região semi-árida do Nordeste. Entre estes produtos, destaca-se o xilopódio de plântulas de imbuzeiro obtidos em diferentes períodos de crescimento, que pode ser consumido, " in natura " e/ou na forma de picles. Os xilopódios de plântulas de imbuzeiro aos 120 dias de crescimento podem ser utilizados de três formas para consumo. Para o processamento do picles o fluxograma é o seguinte: colheita das plantas; lavagem em água corrente por 5 minutos; corte do xilopódio; retirada da casca do xilopódio; lavagem do xilopódio em água clorada por 30 minutos; classificação; acondicionamento em vidros; adição da salmoura; branqueamento em água (80°C) por 30 minutos e; tratamento térmico por 40 minutos em banho maria a 96°C. Utiliza-se uma salmoura preparada com: a) 50 g de sal (2,5%) e 10 g de ácido cítrico (0,5%) e; b) 50 g de sal (2,5%) e 10 g de ácido ascórbico (0,5%), adicionados a 2000 ml de água. Para o acondicionamento utiliza-se vidros com capacidade de 500 ml, contendo em média 333,33 g de salmoura e 166,67 g de xilopódio. Após o preparo o picles, deve ser armazenado em temperatura ambiente por trinta dias. O xilopódio " in natura " obteve boa aceitação quanto à aparência. O picles com ácido ascórbico obteve as maiores pontuações para os atributos, aparência, sabor e textura. O picles com ácido cítrico, 50% dos provadores indicaram o atributo “gostei regularmente” para textura e 21,67% gostaram muito da aparência e do sabor. Pode-se concluir que o xilopódio de plântulas de imbuzeiro nessas formas de apresentação, pode ser uma alternativa para o aproveitamento racional desta planta.

O doce em massa de imbu maduro


A foto

Nesta foto podemos observar o doce em massa de frutos maduros do imbuzeiro. Esta fotografia foi obtida em abril de 2008 em Petrolina, PE.

O fato

O fruto do imbuzeiro pode ser aproveitado para produção de doce em massa em diferentes estádios de maturação. Tradicionalmente os frutos são utilizados no estádio 'de vez' quando o fruto encontra-se no início do processo de amadurecimento. Neste estádio, o fruto ainda é muito ácido e seu doce não é muito apreciado. Todavia, no estádio muito maduro, o fruto apresenta uma acidez muito baixa que confere um sabor muito agradável ao doce. Em diversos estudos realizados com o doce do fruto muito maduro, este obteve a indicação do atributo "gostei muitíssimo" para a aparência por 52,28% dos provadores e para o sabor por 46,81%. Quanto à acidez, 51,23% dos provadores indicaram também o atributo "gostei muitíssimo". Essa nota atribuída a acidez indica que neste estádio de maturação o fruto do imbuzeiro alcança seu maior grau Brix.

terça-feira, 29 de abril de 2008

A musse de imbu


A foto
Nesta imagem podemos ver uma travessa e duas taças com musse de imbu. A fotografia foi obtida em Petrolina, PE em abril de 2008.
O fato
Entre as formas de apreciação de frutas, a utilização da polpa para produção de musse é uma das mais utilizada. De forma geral, toda musse é gostosa, principalmente por realçar muito bem o sabor natural das frutas. A musse de imbu é uma forma muito gostosa de apreciarmos esta fruta tão saborosa. A receita é semelhante ao preparo de qualquer musse, basta apenas mudar a polpa para imbu. Ingredientes:
01 lata de leite condensado.01 lata de creme de leite. 1 pacote de polpa de imbu (100 g)
Modo de preparo:
Misture a polpa congelada ao leite condensado eo creme de leite.Bata em liquidificador os ingredientes por 3 a 5 minutos.Coloque na geladeira para resfriar e sirva após 6 a 12 horas.Rendimento: 5 porções.

O sabor tradicional do imbu: a imbuzada

A foto

Nesta imagem, podemos observar dois copos e uma jarra com imbuzada. A fotografia foi obtida em um restaurante de Petrolina, PE em fevereiro de 2008.

O fato

Das receitas obtidas com o fruto do imbuzeiro, a imbuzada é a mais tradicional. De forma simples, pois basta juntar leite, açúcar e polpa de imbu. Este produto é o mais consumido e apreciado pelos habitantes da região semi-árida do Nordeste. A receita da imbuzada é simples: Ingredientes: ½ litro de leite.125 g de açúcar. 1 pacote de polpa de imbu (100 g)
Modo de preparo:
Misture a polpa congelada ao leite eao açúcar.Bata em liquidificador os ingredientes por 3 a 5 minutos e sirva.Rendimento: 7 porções.

Filé de peixe ao molho de imbu


A foto
Nesta fotografia pode-se observar um prato preparado com peixe e molho de imbu. A fotografia foi obtida em um restaurante no município de Piranhas na região de Xingó em Alagoas em abril de 2008.
O fato

O imbuzeiro é uma fruteira nativa da região semi-árida do Nordeste de grande importância sócio-econômica, principalmente para os agricultores da zona rural. São inúmeras receitas que podem ser preparadas com os derivados do imbuzeiro. Essa capacidade de utilização do fruto do imbuzeiro já havia sido demonstradas eEm 22/01/1959 pela prof. Carmélia Barbosa Régis do Distrito de Tiguara, Campo Formoso-BA, em entrevista ao Jornal Correio da Manhã, quando enumerou mais de 48 produtos obtidos do imbuzeiro. Esta nova receita é mais uma das opções para o aproveitamento do imbuzeiro. Ingredientes: 1 kg de filé de peixe, 1 limão, Sal a gosto, 200 ml de polpa de imbu, 1 cebola picada, 2 colheres (sopa) de farinha de trigo, 3 colheres de margarina, 3 xícaras (chá) de leite, 2 colheres (chá) de azeite de oliva¼ lata de creme de leite. Sal a gosto. Modo de Preparo:Tempere o filé de peixe com limão, sal, e grelhe. Faça o molho refogando a cebola picada na margarina, em seguida acrescente a farinha de trigo, deixe um pouco e vá dissolvendo com o leite. Depois bata no liquidificador acrescentando a polpa de imbu. Por último para dar consistência acrescente o creme de leite. Sirva o peixe coberto com o molho. Acompanha arroz com ervilhas e legumes. Dica:Para enriquecer o sabor do arroz, você pode utilizar polpa de frutas no final do cozimento.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Influência da irrigação na fenologia do imbuzeiro

A foto

Nesta fotografia, podemos observar uma planta de imbuzeiro com bastante folhas verde e outra ainda em dormência vegetativa. A foto foi obtida no dia 01 de novembro de 2007 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Tradicionalmente, a fenologia reprodutiva do imbuzeiro ocorre no período de agosto a novembro, quando as ocorrências de precipitações na região semi-árida é muita rara. Todavia, as reservas nutritivas do imbuzeiro nos xilopódios, garantem a sobrevivência da planta e a produção de frutos. Após alguns anos de pesquisa e observações, realizamos estudos com o objetivo de avaliar a aplicação de irrigação suplementar no imbuzeiro, visando uma maior produção de frutos e a antecipação da safra. Os resultados obtidos já demonstraram que pode-se obter uma elevação significativa na produtividade das plantas, como também na antecipação da safra. Este ano, no dia 01 de novembro, já colhemos frutos maduros nas plantas irrigadas. Nas plantas que não receberam irrigação suplementar, a safra terá início, provavelmente na primeira quinzena de janeiro.

domingo, 8 de julho de 2007

O tatu-peba e o imbuzeiro III

A foto
Nesta foto podemos observar um tatu-peba escavando o solo para consumir o xilopódio de uma planta nova de imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 8 de julho de 2005 na caatinga do município de Petrolina, PE.


O fato
O imbuzeiro é uma planta da caatinga que tem como característica principal a formação de xilopódios nas raízes. Nas plantas novas, forma-se um pequeno xilopódio que perdura por até um ano, quando a planta forma novas raízes e novos xilopódios. Contudo, nesta fase as plantas novas de imbuzeiro são bastante vulneráveis aos animais da caatinga que consomem raízes e rizomas, tais como o tatu-peba. Em pesquisas realizadas em diversos municípios dos estados da Bahia, Pernambuco e Piauí, foi constatado que no primeiro ano de crescimento, aproximadamente 89,75% das plantas de imbuzeiro tem seus xilopódios consumidos pelo tatu-peba. Este fato pode ser considerado como uma das causas da baixa densidade de plantas de imbuzeiro na caatinga.

O tatu-peba e o imbuzeiro II


A foto

Nesta foto podemos observar um tatu-peba procurando frutos para comer embaixo de uma planta de imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 18 de maio de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.


O fato

No período da safra do imbuzeiro que ocorre geralmente de janeiro a maio, o tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é facilmente encontrado embaixo das plantas de imbuzeiro consumindo frutos caídos ao chão. Embora seja um animal de hábito noturno ele consome os frutos do imbuzeiro entre as 5 e 9 horas da manhã e após as 17 horas. O tatu-peba tem sido caçado constantemente pelos agricultores para consumo de sua carne, contudo ainda é possível encontrar um número significativo destes animais na caatinga.

O tatu-peba e o imbuzeiro I


A foto

Nesta foto podemos observar um tatu-peba procurando xilopódios de uma planta adulta de imbuzeiro para consumir. A fotografia foi obtida em 20 de setembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.


O fato

O tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é um animal da caatinga que tem como característica, o consumo de raízes e frutos das plantas. Este animal escava o solo embaixo das plantas que produze rizomas e xilopódios e os consome. No período da safra do imbuzeiro, o tatu-peba consome uma quantidade razoável de frutos que caem das plantas. Este animal também é grande consumidor de larvas e insetos que habitam o solo da caatinga. Tradicionalmente o tatu-peba é conhecido como o principal animal que escava e come os xilopódios das plantas adultas de imbuzeiro.

domingo, 1 de julho de 2007

Flores da caatinga IV


A foto

Nesta foto podemos observar a floração do sete-cascas após uma chuva na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 7 de novembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

O sete-cascas (Tabebuia spongiosa) é uma das plantas com as flores mais belas da caatinga. Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, pode-se observar os locais onde a chuva caiu pelo surgimento da floração do sete-cascas. Esta planta é de uma beleza ímpar. Suas flores amarelas mudam o cenário de seca para uma paisagem de alegria e beleza. As flores são visitadas por abelhas e pássaros que contribuem para sua polinização. Quando o botão floral cai, e consumido por inúmeros animais da caatinga, principalmente pelo veado e o caititu.

As flores da caatinga III

A foto

Nesta foto podemos observar a floração da jurema às margens de uma rodovia. A fotografia foi obtida no dia 11 de novembro de 2003 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, a paisagem de cor cinza escura que caracteriza a caatinga seca, dar lugar ao espetáculo de cores e formas com o surgimento da floração de inúmeras plantas da caatinga. Entre estas, a jurema-preta (Mimosa hostilis Benth) é uma que se destaca pela beleza de suas flores brancas. Estas flores são fontes de alimentos para muitos tipos de abelhas e pássaros da caatinga. Embora, este espetáculo seja muito rápido, de 3 a 5 dias o cenário é encantador.

As fores da caatinga II


A foto

Nesta foto podemos observar uma bela flor Habranthus sylvaticus no solo da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 7 de novembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE, logo após uma chuva.

O fato

O Habranthus sylvaticus é um gênero da família Amaryllidaceae com espécies que ocorre da América Central e América do Sul, estendendo-se do sul América do Norte. Suas flores são chamados de lírios chuva. Após o período de seca que ocorrem na caatinga, as primeiras chuvas contribuem para o surgimento de uma diversidade enorme de flores. São flores, principalmente das plantas do estrato herbáceo que apresentam como características a emissão inicial de suas flores. Parece inacreditável que de uma caatinga seca, quase morta, surjam flores tão belas. É um espetáculo de cores e formas em todos os recantos do sertão que desperta com as chuvas.

As fores da caatinga I


A foto

Nesta foto podemos observar uma bela flor de Habranthus sylvaticus em solo da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 6 de novembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

A caatinga apresenta uma diversidade de plantas de uma beleza imensurável. São inúmeras flores que surgem logo após as primeiras chuvas que ocorrem nos meses de outubro e novembro. Estas flores são estratégias de sobrevivência das plantas da caatinga que aproveitam as primeiras chuvas para produzir seus frutos e garantir sua propagação. A flor da foto é o Habranthus sylvaticus, cuja floração ocorre logo após as primeiras chuvas. O habranthus é um gênero da família Amaryllidaceae com espécies da América Central e América do Sul, estendendo-se do sul América do Norte. As sementes de Habranthus são ligeiramente alada (e mais espessa durante a deiscência de frutos).

segunda-feira, 11 de junho de 2007

A queima do xiquexique para alimentação dos animais na seca I




A foto


Nesta foto podemos observar um agricultor queimando uma planta de xiquexique para alimentar os animais na seca. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Curaçá, BA em outubro de 2005.


O fato


O xiquexique é da Família das Cactaceaes, do Gênero: Pilosocereus e da Espécie: Pilosocereus gounellei. É uma planta arbustiva de ampla distribuição em toda região semi-árida do Nordeste. Seu porte apresenta variação de 2,5 a 3,7 m de altura, com copa medindo de 1,5 a 4,5 m. Os frutos são bagas arredondadas, achatadas vermelho-escuro com 5 a 6 cm de comprimento e 6 a 6,5 cm de diâmetro com 25,3 a 97,4 g. Os frutos do xiquexique são bastante consumidos por animais silvestres, principalmente os pássaros. Esta planta tem apresentado um bom desenvolvimento em áreas de solos degradados e de irregularidades na distribuição das chuvas. Em muitas comunidades da região semi-árida do Nordeste, o xiquexique é uma das alternativas utilizadas pelos agricultores para alimentação dos animais na seca. Todavia, a forma que os agricultores adotam para utilização do xiquexique, que consiste da queima dos espinhos com as plantas no campo, tem provocado a morte de muitas plantas e possivelmente poderá leva-lo a extinção.

A flor do xiquexique I



A foto


Nesta foto, podemos observar uma flor do xiquexique. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Juazeiro, BA em dezembro de 2005.

O fato

As flores do xiquexique são muito bonitas. Na época de sua floração, surge um raro espetáculo de beleza na caatinga. Suas flores são ricas em nécta e pólen que servem de alimento para muitos insetos, pássaros e até para os morcegos da caatinga. A abertura de flor ocorre nas primeiras horas da madrugada e permanece aberta até que ocorra a fecundação.

Os frutos do xiquexique na alimentação dos pássaros II




A foto


Nesta foto, podemos observar um corrupião consumindo um fruto do xiquexique. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em julho de 2006.

O fato

Os frutos do xiquexique são consumidos por diversos pássaros da caatinga. No período de seca, seu fruto é um dos alimentos da caatinga que mais contribui na alimentação dos pássaros, de modo especial, do corrupião. Os pássaros consomem os frutos antes do estádio de maturação plena. Outro pássaro que consome bastante os frutos do xiquexique é a sabia de sebo. Entre as cactáceas da caatinga, o xiquexique é o que apresenta o maior índice de germinação das sementes dispersadas pelos pássaros.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Uma cisterna e cadê a casa?





A foto

Nesta foto, podemos observar uma cisterna construída no meio do campo. A fotografia foi obtida na comunidade de Volta do Riacho no município de Petrolina, PE em 07 de maio de 2003.

O fato

A idéia de construir cisternas com a finalidade armazenar o maior volume possível da água que cai no telhado das casas, visando o atendimento das necessidades de águas das pessoas no período de estiagem no semi-árido do Nordeste é muito boa. Todavia, ainda encontramos diversas residências sem cisternas, e muitas cisternas construídas para atender ninguém. Não há explicações para alguns casos onde as cisternas foram construídas em locais onde não existia nenhuma casa. Nesta comunidade encontramos cisternas construídas no campo e quando perguntamos por que, fomos informados que a cisterna foi construída para uma família que estava em São Paulo e viria morar ali, isto é, se construíssem uma casa. Recentemente, visitamos a comunidade e a cisterna continuava abandonada. Enquanto outras residências ainda não tinham uma cisterna.

Muita cisterna e pouca água I


A foto

Nesta foto, podemos observar algumas casas de um assentamento com uma cisterna captando água de uma pequena área do telhado. A fotografia foi obtida na comunidade de Riacho do Meio no município de Arcoverde, PE em 24 de dezembro de 2004.

O fato

A cisterna rural tem como finalidade armazenar o maior volume possível da água que cai no telhado das casas, visando o atendimento das necessidades de águas das pessoas no período de estiagem. Todavia, em muitas residências, as cisternas com capacidade para armazenar até 16 mil litros de água, o que atenderia o consumo de uma família com 5 a 6 pessoas durante a seca, em sua maioria, nunca armazenam água em sua capacidade máxima. Isto devido ao fato de que, em alguns anos as chuvas não são suficientes para armazenar muita água e quando chove bastante, as áreas de captação são muito pequenas e não coletam água suficiente para encher as cisternas. Nesta comunidade, a área de captação dos telhados com bicas coletoras era de 3,5 por 6,0 metros, equivalendo a 21 m². Com chuvas de 350 mm, em média, na região, o total acumulado de água nas cisternas é de 5,5 mil litros, muito abaixo da capacidade das cisternas. Este fato leva-nos a uma reflexão sobre as cisternas, onde a solução do problema da falta de água não se restringe unicamente ao armazenamento, más a área de captação dos telhados que normalmente é esquecida nos programas de construção de cisternas.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Os frutos do xiquexique na alimentação dos pássaros I



A foto

Nesta foto, podemos observar um fruto do xiquexique com partes consumidas pelos pássaros. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato

O xiquexique é uma das cactáceas que ocorre no Nordeste semi-árido de grande importância na alimentação dos pássaros, principalmente no período de seca que geralmente ocorre de agosto a janeiro, o fruto do xiquexique é consumido por uma grande diversidade de pássaros o que garante a dispersão de suas sementes nos mais variados locais da caatinga. Os frutos são bagas arredondadas, achatadas vermelho-escuro com 5 a 6 cm de comprimento e 6 a 6,5 cm de diâmetro com 25,3 a 97,4 g.

Os frutos do facheiro na alimentação dos pássaros II



A foto

Nesta foto, podemos observar um corrupião consumindo um fruto do facheiro. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato


Durante o período de seca que geralmente ocorre de agosto a janeiro, o fruto do facheiro é a garantia de alimentos para os pássaros. Seus frutos são bagas vermelho-escuro com 4,5 a 6,3 cm de comprimento, 5,5 a 6,0 cm de diâmetro com peso de 24 a 63 g. O corrupião e a casaca de couro são os principais consumidores dos frutos do facheiro. Podemos observar em nossas pesquisas que estas duas espécies de pássaros, visitam o facheiro juntas. Normalmente, quando o corrupião esta consumindo os frutos do facheiro, a casaca de couro esta próxima. Os pássaros consomem os frutos tão logo estes estejam no estádio de pré-maturação. Uma parte das sementes do facheiro dispersada nas fezes dos pássaros germina e forma novas plantas, principalmente nos poleiros da caatinga

Os frutos do facheiro na alimentação dos pássaros na caatinga I



A foto

Nesta foto, podemos observar o momento em que dois pássaros da caatinga brigam por um fruto do facheiro. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato

O facheiro é uma planta arbustiva de ampla distribuição na região semi-árida do Nordeste. É uma cactácea com porte variando de 2,5 a 6,72 m de altura, copa com diâmetro medindo de 1,5 a 4,5 m. Seus frutos são bagas vermelho-escuro com 4,5 a 6,3 cm de comprimento, 5,5 a 6,0 cm de diâmetro com peso de 24 a 63 g. Durante todo o ano, o fruto do facheiro é uma fonte de alimentos para os pássaros da caatinga, de modo especial para o corrupião e a casaca de couro. Os pássaros consomem os frutos tão logo estes estejam no estádio de pré-maturação. Uma parte das sementes do facheiro dispersada nas fezes dos pássaros germina e forma novas plantas, principalmente nos poleiros da caatinga.

Os frutos do facheiro na alimentação dos pássaros na caatinga I


A foto

Nesta foto, podemos observar o momento em que dois pássaros da caatinga brigam por um fruto do facheiro. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato

O facheiro é uma planta arbustiva de ampla distribuição na região semi-árida do Nordeste. É uma cactácea com porte variando de 2,5 a 6,72 m de altura, copa com diâmetro medindo de 1,5 a 4,5 m. Seus frutos são bagas vermelho-escuro com 4,5 a 6,3 cm de comprimento, 5,5 a 6,0 cm de diâmetro com peso de 24 a 63 g. Durante todo o ano, o fruto do facheiro é uma fonte de alimentos para os pássaros da caatinga, de modo especial para o corrupião e a casaca de couro. Os pássaros consomem os frutos tão logo estes estejam no estádio de pré-maturação. Uma parte das sementes do facheiro dispersada nas fezes dos pássaros germina e forma novas plantas, principalmente nos poleiros da caatinga.