sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
A variabilidade genética do imbuzeiro
A foto
Nesta fotografia podemos observar uma planta de imbuzeiro em fase de dormência vegetativa. A fotografia foi obtida em 23 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
Na postagem anterior, mostramos uma planta de imbuzeiro com bastante flores no dia 23 de setembro de 2008, contudo como podemos ver, esta planta ainda encontra-se em fase de dormência vegetativa, isto é, com seu mecanismo em repouso. Esta fase pode prolonga-se até 35 dias, o que leva a floração para uma data mais a frente. Esta diferença entre as plantas de imbuzeiro é resultado da grande variabilidade genética destas plantas, motivada principalmente pela fecundação cruzada de até 75% das flores do imbuzeiro.
A floração do imbuzeiro em setembro de 2008
A foto
Nesta fotografia podemos observar uma planta de imbuzeiro com bastante flores. A fotografia foi obtida em 23 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
As chuvas que ocorreram no Campo Experimental no período de fevereiro ao final de abril de 2008 num total de 372,3 mm, sendo 126,0 mm no mês de fevereiro, 128,0 mm no mês de março e 117,9 mm no mês de abril, foram suficiente para manter a fenologia do imbuzeiro em sua normalidade. Esta planta que vemos na fotografia iniciou a brotação na última semana de agosto e nesta data, estava com uma floração muito intensa. Como se pode ver no detalhe, a vegetação ao lado esta seca, contudo o imbuzeiro com suas flores é uma alternativa para alimentação de pássaros, abelhas e outros animais da caatinga. Neste período são centenas de plantas de imbuzeiro floridas na caatinga.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Cisterna para carro pipa!
As fotos
Nestas fotografias, podemos observar cisternas construídas em assentamento de agricultores sem terra. Esta fotografia foi obtida no município de Sobradinho, BA.
Os fatos
A cisterna rural foi desenvolvida com a concepção de armazenar a água da chuva captada no telhado das residências rurais. A água armazenada pode suprir a necessidade de água para o consumo de uma família em anos de seca. Embora o programa de 1 milhão de cisternas já tenha construído um número bastante significativo de cisternas, a visão de cisterna em barracos de invasões de agricultores sem terra parece uma ligeira contradição, visto que, ainda temos centenas de residências de pequenos agricultores no semiárido que não dispõem de cisternas. Não estamos discutindo se estes agricultores tem ou não direito a água! É claro que todo ser humano tem direito água para consumo, porém, no caso dos agricultores de invasões de terra, outros problemas devem ser resolvidos, principalmente o da posse da terra. De onde será captada a água para as centenas de cisternas nestes assentamentos! Mais uma vez, os carros-pipas estão de volta.
Mamão produzido com água de chuva na caatinga
foto
Nesta fotografia podemos observar o agricultor diante de uma planta de mamão com bastante frutos, irrigada com água de cisterna. A fotografia foi obtida no dia 01 de outubro de 2008 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.
O fato
A produção de frutos na caatinga é bastante limitada, devido a escassez de chuvas. Todavia, quando existe água armazenada, os agricultores podem produzir alguns tipos de frutas. Na comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE, construimos uma cisterna para armazenar água visando a produção de alimentos, e o senhor Alírio nunca tinha colhido tanto mamão até esta data. A produção superou as expectativas do agricultor. Uma cisterna com capacidade de 16000 litros pode fornecer água para produção de 36 fruteiras durante um ano. A distribuição pode ser de 1 litro por planta no período de janeiro a abril, de 2 litros de maio a agosto e 3 litros de setembro a dezembro. Com este sistema, são utilizados apenas 10.400 litros, ficando uma reserva para possível seca.
Produção de caju com água de chuva armazenda em cisterna de comunidade rural
A foto
Nesta fotografia podemos observar a agricultora com frutos de caju colhido em planta irrigada com água de cisterna. A fotografia foi obtida no dia 11 de setembro de 2008 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.
O fato
A alegria desta agricultora não pode ser mensurada. Quando iniciamos os trabalhos de construção de uma cisterna para armazenar água visando a produção de alimentos, Dona Benedita disse que pagava para ver. Hoje com a colheita de caju, mamão, acerola, limão, ela esta radiante com um sonho realizado. Uma cisterna com capacidade de 16000 litros pode fornecer água para produção de 36 fruteiras durante um ano. A distribuição pode ser de 1 litro por planta no período de janeiro a abril, de 2 litros de maio a agosto e 3 litros de setembro a dezembro. Com este sistema, são utilizados apenas 10.400 litros, ficando uma reserva para possível seca.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Contribuição da cobertura morta na umidade do solo na caatinga
A foto
Nesta fotografia podemos observar a utilização de cobertura morta para retenção de umidade do solo na caatinga. A foto foi obtida em 15 de agosto de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
Embora as chuvas que ocorrem na região semi-árida do Nordeste sejam em quantidade considera abaixo da normalidade, muito água é desperdiçada pela evaporação de água do solo, principalmente nas áreas de cultivo. Essa evaporação é mais acentuada nos meses de agosto a janeiro, quando ocorre o período de seca. A utilização de cobertura morta que pode ser de palhadas ou restolhos de culturas, pode contribuir para retenção da umidade no solo, garantido a produção mais regular das fruteiras cultivadas nesta região.
Uso de garrafas PET para irrigação de fruteiras com água de cisterna
A foto
Nesta fotografia podemos observar a utilização de garrafas PET para colocação de cisterna. A foto foi obtida em 29 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
Atualmente as garrafas PET dispersas no meio ambiente tem sido um problema de dificíl solução. Embora a reciclagem seja uma alternativa para este problema, ainda há um número muito grande de garrafas nos lixões de todo o Nordeste. Com objetivo de contribuir com a solução deste problema, estamos desenvolvendo um projeto de pesquisa financiado pelo BNB, cujo objetivo principal é a utilização de garrafas PET como reservatório para utilização de água de chuva na irrigação de fruteiras na caatinga.
Produção de caju com água de chuva armazenda em cisterna
A foto
Nesta fotografia podemos observar uma planta de caju com frutos. A fotografia foi obtida no dia 02 de outubro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
A produção de frutas nas áreas de caatinga dependente de chuvas é praticamente impossível, todavia, com água de chuva acumulada em cisternas, pode-se produzir frutas durante todo ano. Uma cisterna com capacidade de 16000 litros pode fornecer água para produção de 36 fruteiras durante um ano. A distribuição pode ser de 1 litro por planta no período de janeiro a abril, de 2 litros de maio a agosto e 3 litros de setembro a dezembro. Com este sistema, são utilizados apenas 10.400 litros, ficando uma reserva para possível seca.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Irrigação de salvação com água de barreiro
A foto
Nesta fotografia podemos observar o procedimento de irrigação de salvação com água de barreiro. A fotografia foi obtida em 5 de maio de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
As culturas tradicionais da região Nordeste são o milho e o feijão. Embora esta culturas sejam muito susceptíveis as estiagens que ocorrem no período de chuvas, a grande maioria dos agricultores cultivam uma pequena área onde poderão obter o milho e feijão necessários para o consumo durante o ano. Com a água acumulada em um pequeno barreiro, os agricultores podem realizar irrigações sucessivas até que as chuvas ocorram e assim, salvar seus cultivos. Para utilizar o berreiro de irrigação de salvação, este deve esta localizado em uma área acima da área de cultivo para que a água chegue por gravidade as plantas.
Efeito da falta de chuvas na cultura do feijão
As fotos
Os fatos
As chuvas que ocorreram no Campo Experimental no período de fevereiro ao final de abril de 2008 num total de 372,3 mm, sendo 126,0 mm no mês de fevereiro, 128,0 mm no mês de março e 117,9 mm no mês de abril, foram suficiente para manter o solo molhado sem necessidade de irrigação. Todavia, para o milho e o feijão, cujo período de formação de vagens e espigas levam mais tempo, podem ter problemas de mortandade com a falta de umidade, como as plantas de feijão que vemos na fotografia. Assim, a utilização de uma irrigação de salvação pode contribuir de forma positiva para as culturas de milho e feijão, como também para obtenção de aumentos na produção. Em trabalhos de pesquisa realizados em 2008 com a água acumulada neste barreiro, obtivemos ganhos na ordem de 60% em relação à produção de milho e feijão, em função da aplicação de irrigação suplementar nos períodos de estiagens.
O efeito da irrigação de salvação na produção de feijão
A foto
Nesta fotografia podemos observar plantas de feijão bastante verdes com vagens em formação e outras no ponto de colheita. A fotografia foi obtida em 23 de maio de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
Como foi demonstrado na imagem das plantas de feijão secas no dia 23 de maio de 2008, embora tenha ocorrido bastante chuvas no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido no período de fevereiro ao final de abril num total de 372,3 mm, sendo 126,0 mm no mês de fevereiro, 128,0 mm no mês de março e 117,9 mm no mês de abril, há utilização de uma irrigação suplementar com água acumulada em barreiro para irrigação de salvação pode ser muito importante na produtividade destas culturas como podemos ver nesta fotografia.
Alternativa para captar e armazenar água de chuva
>Nesta fotografia podemos observar parte da água de chuva retida em sulcos. A fotografia foi obtida em 16 de março de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
Na região semi-árida do Nordeste as chuvas irregulares e de pouca intensidade podem comprometer o cultivo dos pequenos agricultores. De modo geral, logo após as primeiras chuvas a maioria dos agricultores realiza o plantio, contudo, as estiagens que perduram por mais de 15 a 20 dias podem levar estes cultivos ao insucesso. Assim, a utilização de algumas técnicas de captação de água de chuva, tais como, os sulcos para conter o máximo possível a água da chuva, pode contribuir para que as plantas, principalmente o milho e o feijão consigam resistir às estiagens e produzirem. De modo geral, o milho e o feijão se cultivados em áreas preparadas, estes podem resistir até 30 a 45 dias, após uma chuva de 60 mm.
domingo, 4 de janeiro de 2009
Água de chuva armazenada em barreiro para irrigação de salvação
A foto
Nesta fotografia podemos observar um barreiro de irrigação de salvação. A fotografia foi obtida em 16 de março de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
Na região semi-árida do Nordeste as chuvas muitas vezes ocorrem em períodos muitos curtos e faltam quando as culturas mais necessitam de umidade no solo. O barreiro de irrigação de salvação é uma alternativa que pode ser utilizada pelos agricultores para armazenar a água da chuva e utilizá-la nos meses de estiagem que ocorrerem ou para obtenção de um segundo cultivo. Essa alternativa pode contribuir para que os agricultores obtenham sucesso em seus cultivos, visto que, em alguns anos, os agricultores plantam nas primeiras chuvas e quando as culturas estão nas fases de floração e formação de espigas ou vagens, as chuvas não caem e a uma perda total dos cultivos.
Cisternas para o armazenamento de água de chuva
A foto
Nesta fotografia podemos observar a construção de uma cisterna. A foto foi obtida em 4 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
As secas severas que assolam a região semi-árida do Nordeste e causam transtornos para população em relação à água para consumo humano, poderiam ser amenizadas com a captação e o armazenamento de água das chuvas em cisternas rurais. Essa alternativa poderá contribui para conter a grande perda de água que ocorre por escoamento em toda região. Todavia, a construção de 1 milhão de cisternas que esta ocorrendo no sertão, ainda não tem contido partes dos milhões de metros cúbicos de água que são perdidos por escoamento. Muitas cisternas têm sido construídas sem levar em consideração o volume de chuvas estimado para região e anualmente, logo após o final da estação chuvosa, já são encontradas famílias a espera dos carros pipas. O tamanho das cisternas, de 16000 litros, muitas vezes não é suficiente para armazenar toda água que é captada em períodos de chuvas regulares. Neste sentido, há necessidade de se rever o tamanho das cisternas para que as populações rurais do semi-árido consigam superar os desafios das secas.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Água de chuva armazenada em cisterna para produção de alimentos III
A foto
Nesta fotografia pode-se observar uma residência com duas cisternas com o objetivo de utiliza a água de chuva acumulada em uma das cisternas para produção de alimentos. A fotografia foi obtida em 15 de outubro de 2008 na Comunidade de Lagoa do Jacaré no município de Jaguarari, BA.
O fato
O senhor Francisco tinha apenas uma cisterna em sua residência e parte da água das chuvas era desperdiçada por falta de calha para levar a água para a cisterna. Contudo, o volume de água sempre foi maior que a capacidade da cisterna que é de 16000 litros. Com recursos provenientes de um projeto financiado pelo BNB, foi construída uma segunda cisterna para acumular a água que estava sendo desperdiçada no outro lado da residência. Com a água acumulada na nova cisterna destinada ao cultivo, o senhor Francisco poderá cultivar até 36 fruteiras e obter frutos para o consumo da família ou para obtenção de renda.
Utilização de água armazenda em cisterna para produção de alimentos
A foto
Nesta fotografia, pode-se observar uma planta de mamão com bastante frutos, utilizando água de chuva acumulada em cisterna. A fotografia foi obtida em 30 de junho de 2008 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.
O fato
Na maioria das residências do Sertão nordestino, parte da água das chuvas é desperdiçada por falta de calha em todos os lados da residência ou porque as cisternas com capacidade para 16000 litros não acumulam toda água das chuvas. Todavia, quando esta água é totalmente armazenada, os agricultores podem cultivar um pequeno pomar com fruteiras ou hortaliças. Na comunidade de Barreiro, a água acumulada na cisterna destinada ao cultivo, proporcionou ao agricultor a produção de caju, acerola, limão, manga e mamão. Nesta comunidade choveu 530 mm no ano de 2008, com esta precipitação, o agricultor acumulou água nas duas cisternas, sendo uma para consumo da família e outra para irrigação do pomar. A água acumulada na cisterna foi dividida de forma que o agricultor pudesse colocar 1 litro de água por planta no período de janeiro a abril, 2 litros de junho a agosto e 3 litros de setembro a dezembro. No total, foram utilizados 10.400 litros para o cultivo de 36 fruteiras. Quando da ocorrência de chuvas, a irrigação foi suspensa e o excedente de água utilizado em outro período.
Água de chuva armazenada em cisterna para produção de alimentos
A foto
Nesta fotografia podemos observar cisternas rurais utilizadas para armazenar água de chuva, visando a produção de alimentos. A fotografia foi obtida no dia 22 de fevereiro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
O volume de precipitação que ocorre na região semi-árida do Nordeste, em média, 250 a 500 mm, anualmente, são utilizados em sua maior parte para o consumo humano, todavia, parte deste volume, que na maioria das vêzes são desperdiçados por problemas nos telhados ou por falta de local de armazenamento, pode ser utilizado pelos agricultores para produção de alimentos. Os milhões de metros cúbicos de água que são perdidos para os rios e destes para o oceano, se armazenados, poderão ser utilizados para produção de fruteiras ou hortaliças que contribuiram para geração de renda ou melhoria da qualidade de vida dos agricultores com o consumo ou a venda das mesmas. Para isto, a água excedente deverá ser armazenada em cisternas ou outros depósitos para utilização durante o período de seca.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Perdas de água e solo no semi-árido do Nordeste
Nesta foto podemos observar o escoamento ocorrido durante uma chuva. Esta fotografia foi obtida em 29 de fevereiro de 2008 no Campo experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
Na região semi-árida do Nordeste, a escassez de água ocorre em sua maior parte pela má distribuição das chuvas e pela perda de água através do escoamento superficial. Dos 969.589,4 km quadrados do semi-árido, anualmente, milhões de metros cúbicos de água são perdidos para os rios e destes para o oceano. Se a maior parte desta água fosse retida em pequenos açudes, barragens, grandes açudes, etc, haveria no Nordeste excesso de água para utilização por sua população. Temos no semi-árido um total de 450 grandes açudes cuja capacidade é superior a um milhão de metros cúbicos. Todavia, a quantidade de água que perdemos pelo escoamento superficial daria para acumular milhões de metros cúbicos em outros 500 açudes. Se todo agricultor do semi-árido adotasse tecnologias de captação e armazenamento de água de chuva, o semi-árido viveria outros tempos. Na Embrapa Semi-Árido, estamos desenvolvendo um projeto de pesquisa financiado pelo BNB-FUNDECI, cujo objetivo principal é conhecer os diferentes modos de preparo dos solos utilizados pelos agricultores e as consequências das chuvas no armazenamento de água no solo e a erosão provocada pelas chuvas nos diferentes tratamentos.
Captação de água de chuva IV
A foto
Nesta foto podemos observar o sistema de captação de água de chuva com sulcos barrados. Esta fotografia foi obtida em 16 de março de 2008, no Campo Experimental da Embrapa semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
Cursos de processamento do fruto do imbuzeiro
A foto
Nesta foto podemos observar um curso sobre o processamento do fruto do imbuzeiro. Esta fotografia foi obtida em 20 de novembro de 2008 na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Mudas de imbuzeiro para plantio
As fotos
Os fatos
Repovoamento da caatinga com mudas de imbuzeiro
A foto
O fato
quinta-feira, 22 de maio de 2008
O fruto do imbuzeiro maduro
Nesta fotografia podemos observar frutos do imbuzeiro em estádio de maturação plena. A fotografia foi obtida na Embrapa Semi-Árido no município de Petrolina, PE em 6 de março de 2003.
O fato
Os frutos do imbuzeiro mais conhecidos e consumidos são aqueles chamados de imbu inchado ou “de vez” de cor esverdeada. Neste estádio os frutos encontram-se no início do processo de amadurecimento e com sabor agridoce. O fruto do imbuzeiro é climatérico e atinge seu ponto máximo de amadurecimento aos 3 a 5 dias após a colheita quando estão plenamente amarelos e são mais doces com pouca acidez que caracteriza o fruto do imbuzeiro. Normalmente, os agricultores colhem os frutos “de vez”, quando estes se encontram num estádio que permitem sua manipulação e transporte até as áreas de comercialização. Todavia, a maior produção de frutos é desperdiçada, pois os frutos que caem das plantas ficam amadurecendo embaixo das plantas e apodrecem ou são consumidos pelos animais.
A produção de frutos do imbuzeiro
Nesta fotografia podemos observar uma planta de imbuzeiro com bastantes frutos maduros caídos ao chão. A fotografia foi obtida na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE em 6 de março de 2003.
O fato
A produção de frutos em uma planta de imbuzeiro é estimada por diversos autores em 300 kg/safra/ano. Em pesquisas realizadas em vários municípios da região semi-árida do Nordeste, podemos confirmar que há uma grande variabilidade na produção de frutos por planta. Esta variabilidade esta relacionada com as condições geoambientais onde se encontram as plantas, isto é, se a planta estiver localizada em uma região de solos bons e com boa distribuição das chuvas, o volume de produção pode ser maior que a média conhecida, todavia há plantas em áreas mais secas do semi-árido que pouco produzem. Outro fator limitante a produção é o ataque de pragas que destoem à floração do imbuzeiro com destaque para o cascudo. As maiores produções conhecidas são de 547 kg no município de Uauá, BA, 327 kg no município de Petrolina, PE, 542 kg no município de Curaçá, BA e 642 kg no município de Macaúbas, BA. O dado importante é que estes valores de produção são referentes aos frutos colhidos pelos agricultores, não considerando os frutos que caem das plantas maduros ao chão, o que poderia elevar os valores de produção.
O atravessador da comercialização do fruto do imbuzeiro
Nesta fotografia podemos observar um atravessador da compra do fruto do imbuzeiro. A fotografia foi obtida na comunidade de Flamengo no município de Jaguarari, BA em 28 de janeiro de 2004.
O fato
A comercialização do fruto do imbuzeiro é realizada de diversas formas, principalmente, a venda pelos agricultores para atravessadores que levam os frutos das comunidades para os grandes centros urbanos, com destaque para a Feira de São Joaquim em Salvador onde os frutos são revendidos diretamente aos consumidores e outros atravessadores que distribuem os frutos em toda Salvador. Outro mercado importante para o fruto do imbuzeiro são as indústrias que processam polpa em Feira de Santana, BA. Este segmento é responsável pela compra da maior quantidade de frutos produzidos no estado da Bahia.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
A chuva na caatinga I
A foto
O fato
quinta-feira, 1 de maio de 2008
A compota de imbu
A foto
Nesta fotografia podemos observar vidros com imbu para colocação de calda para produção de compota. Esta fotografia foi obtida por Marcone Lopes dos Santos na Comunidade de Fazenda Brandão em Curaçá, BA no mês de fevereiro de 2008.
O fato
Picles de xilopódios de imbuzeiro
O doce em massa de imbu maduro
A foto
Nesta foto podemos observar o doce em massa de frutos maduros do imbuzeiro. Esta fotografia foi obtida em abril de 2008 em Petrolina, PE.
O fato
terça-feira, 29 de abril de 2008
A musse de imbu
01 lata de leite condensado.01 lata de creme de leite. 1 pacote de polpa de imbu (100 g)
Modo de preparo:
Misture a polpa congelada ao leite condensado eo creme de leite.Bata em liquidificador os ingredientes por 3 a 5 minutos.Coloque na geladeira para resfriar e sirva após 6 a 12 horas.Rendimento: 5 porções.
O sabor tradicional do imbu: a imbuzada
Nesta imagem, podemos observar dois copos e uma jarra com imbuzada. A fotografia foi obtida em um restaurante de Petrolina, PE em fevereiro de 2008.
O fato
Modo de preparo:
Misture a polpa congelada ao leite eao açúcar.Bata em liquidificador os ingredientes por 3 a 5 minutos e sirva.Rendimento: 7 porções.
Filé de peixe ao molho de imbu
O imbuzeiro é uma fruteira nativa da região semi-árida do Nordeste de grande importância sócio-econômica, principalmente para os agricultores da zona rural. São inúmeras receitas que podem ser preparadas com os derivados do imbuzeiro. Essa capacidade de utilização do fruto do imbuzeiro já havia sido demonstradas eEm 22/01/1959 pela prof. Carmélia Barbosa Régis do Distrito de Tiguara, Campo Formoso-BA, em entrevista ao Jornal Correio da Manhã, quando enumerou mais de 48 produtos obtidos do imbuzeiro. Esta nova receita é mais uma das opções para o aproveitamento do imbuzeiro. Ingredientes: 1 kg de filé de peixe, 1 limão, Sal a gosto, 200 ml de polpa de imbu, 1 cebola picada, 2 colheres (sopa) de farinha de trigo, 3 colheres de margarina, 3 xícaras (chá) de leite, 2 colheres (chá) de azeite de oliva¼ lata de creme de leite. Sal a gosto. Modo de Preparo:Tempere o filé de peixe com limão, sal, e grelhe. Faça o molho refogando a cebola picada na margarina, em seguida acrescente a farinha de trigo, deixe um pouco e vá dissolvendo com o leite. Depois bata no liquidificador acrescentando a polpa de imbu. Por último para dar consistência acrescente o creme de leite. Sirva o peixe coberto com o molho. Acompanha arroz com ervilhas e legumes. Dica:Para enriquecer o sabor do arroz, você pode utilizar polpa de frutas no final do cozimento.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Influência da irrigação na fenologia do imbuzeiro
Nesta fotografia, podemos observar uma planta de imbuzeiro com bastante folhas verde e outra ainda em dormência vegetativa. A foto foi obtida no dia 01 de novembro de 2007 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
domingo, 8 de julho de 2007
O tatu-peba e o imbuzeiro III
Nesta foto podemos observar um tatu-peba escavando o solo para consumir o xilopódio de uma planta nova de imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 8 de julho de 2005 na caatinga do município de Petrolina, PE.
O fato
O imbuzeiro é uma planta da caatinga que tem como característica principal a formação de xilopódios nas raízes. Nas plantas novas, forma-se um pequeno xilopódio que perdura por até um ano, quando a planta forma novas raízes e novos xilopódios. Contudo, nesta fase as plantas novas de imbuzeiro são bastante vulneráveis aos animais da caatinga que consomem raízes e rizomas, tais como o tatu-peba. Em pesquisas realizadas em diversos municípios dos estados da Bahia, Pernambuco e Piauí, foi constatado que no primeiro ano de crescimento, aproximadamente 89,75% das plantas de imbuzeiro tem seus xilopódios consumidos pelo tatu-peba. Este fato pode ser considerado como uma das causas da baixa densidade de plantas de imbuzeiro na caatinga.
O tatu-peba e o imbuzeiro II
A foto
Nesta foto podemos observar um tatu-peba procurando frutos para comer embaixo de uma planta de imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 18 de maio de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.
O fato
No período da safra do imbuzeiro que ocorre geralmente de janeiro a maio, o tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é facilmente encontrado embaixo das plantas de imbuzeiro consumindo frutos caídos ao chão. Embora seja um animal de hábito noturno ele consome os frutos do imbuzeiro entre as 5 e 9 horas da manhã e após as 17 horas. O tatu-peba tem sido caçado constantemente pelos agricultores para consumo de sua carne, contudo ainda é possível encontrar um número significativo destes animais na caatinga.
O tatu-peba e o imbuzeiro I
A foto
Nesta foto podemos observar um tatu-peba procurando xilopódios de uma planta adulta de imbuzeiro para consumir. A fotografia foi obtida em 20 de setembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.
O fato
O tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é um animal da caatinga que tem como característica, o consumo de raízes e frutos das plantas. Este animal escava o solo embaixo das plantas que produze rizomas e xilopódios e os consome. No período da safra do imbuzeiro, o tatu-peba consome uma quantidade razoável de frutos que caem das plantas. Este animal também é grande consumidor de larvas e insetos que habitam o solo da caatinga. Tradicionalmente o tatu-peba é conhecido como o principal animal que escava e come os xilopódios das plantas adultas de imbuzeiro.
domingo, 1 de julho de 2007
Flores da caatinga IV
Nesta foto podemos observar a floração do sete-cascas após uma chuva na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 7 de novembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.
O fato
O sete-cascas (Tabebuia spongiosa) é uma das plantas com as flores mais belas da caatinga. Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, pode-se observar os locais onde a chuva caiu pelo surgimento da floração do sete-cascas. Esta planta é de uma beleza ímpar. Suas flores amarelas mudam o cenário de seca para uma paisagem de alegria e beleza. As flores são visitadas por abelhas e pássaros que contribuem para sua polinização. Quando o botão floral cai, e consumido por inúmeros animais da caatinga, principalmente pelo veado e o caititu.
As flores da caatinga III
Nesta foto podemos observar a floração da jurema às margens de uma rodovia. A fotografia foi obtida no dia 11 de novembro de 2003 na caatinga do município de Petrolina, PE.
O fato
Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, a paisagem de cor cinza escura que caracteriza a caatinga seca, dar lugar ao espetáculo de cores e formas com o surgimento da floração de inúmeras plantas da caatinga. Entre estas, a jurema-preta (Mimosa hostilis Benth) é uma que se destaca pela beleza de suas flores brancas. Estas flores são fontes de alimentos para muitos tipos de abelhas e pássaros da caatinga. Embora, este espetáculo seja muito rápido, de 3 a 5 dias o cenário é encantador.
As fores da caatinga II
Nesta foto podemos observar uma bela flor Habranthus sylvaticus no solo da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 7 de novembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE, logo após uma chuva.
O fato
O Habranthus sylvaticus é um gênero da família Amaryllidaceae com espécies que ocorre da América Central e América do Sul, estendendo-se do sul América do Norte. Suas flores são chamados de lírios chuva. Após o período de seca que ocorrem na caatinga, as primeiras chuvas contribuem para o surgimento de uma diversidade enorme de flores. São flores, principalmente das plantas do estrato herbáceo que apresentam como características a emissão inicial de suas flores. Parece inacreditável que de uma caatinga seca, quase morta, surjam flores tão belas. É um espetáculo de cores e formas em todos os recantos do sertão que desperta com as chuvas.
As fores da caatinga I
A foto
Nesta foto podemos observar uma bela flor de Habranthus sylvaticus em solo da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 6 de novembro de 2002 na caatinga do município de Petrolina, PE.
O fato
A caatinga apresenta uma diversidade de plantas de uma beleza imensurável. São inúmeras flores que surgem logo após as primeiras chuvas que ocorrem nos meses de outubro e novembro. Estas flores são estratégias de sobrevivência das plantas da caatinga que aproveitam as primeiras chuvas para produzir seus frutos e garantir sua propagação. A flor da foto é o Habranthus sylvaticus, cuja floração ocorre logo após as primeiras chuvas. O habranthus é um gênero da família Amaryllidaceae com espécies da América Central e América do Sul, estendendo-se do sul América do Norte. As sementes de Habranthus são ligeiramente alada (e mais espessa durante a deiscência de frutos).