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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Nossa água de todo dia.

A foto


Nesta fotografia se pode ver um carro-pipa abastecendo uma residência com água para consumo. A fotografia foi obtida no município de Custódia, PE, em 29 de maio de 2005.

O fato


No Nordeste brasileiro, a necessidade de água para consumo das famílias sempre tem sido um grande problema, principalmente na zona rural e pequenos povoados. Muitas famílias ainda dependem exclusivamente do carro-pipa para obtenção de água para consumo. Embora, independente do tamanho do telhado da residência, é possível captar um volume de água que vai suprir as necessidades das pessoas por um bom tempo. De modo geral, chove entre 250 a 500 mm todo ano nas mais diversas áreas do sertão nordestino, assim, se todos captassem e armazenassem partes desta água, talvez um dia, não muito distante, esta imagem não fosse mais vista. O detalhe da fotografia é à saída de água destas residências que joga toda água do telhado na rua.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Pouca água para muitos

A foto


Nesta fotografia se pode ver uma família retirando água de uma cisterna. A fotografia foi obtida no município de Uauá, BA, em 10 de fevereiro de 2009.

O fato


Nos sertões do Nordeste brasileiro, a necessidade de água das famílias sempre é atendida pela água da chuva coletada nas cisternas ou obtida de carro-pipa. Na comunidade de Passagem de Santa Fé no município de Uauá, BA, algumas famílias dependem da água de uma única cisterna. E esta água é colocada por carro-pipa. O detalhe é que não há como controlar o volume de água retirado por cada família, assim, que tem mais tempo e o maior número de pessoas para retirar água da cisterna terão menos problema com a falta de água. Contudo, quando a água acaba, todos ficam esperando o carro-pipa e a vez de ir à cisterna.



A cisterna da casa fantasma na caatinga

A foto



Nesta fotografia se pode ver uma cisterna abandonada na caatinga. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE, em 01 de setembro de 2003.

O fato


Porque alguns agricultores da caatinga ainda continuam valorizando tão pouco a água de chuva! Nesta fotografia podemos ver uma cisterna que foi construída à espera de uma casa. Quando da construção, o possível beneficiado pela cisterna, residia em São Paulo e os construtores, com filiações partidárias, deixaram alguma família sem cisterna para construir uma que nunca seria utilizada. Se a água fosse tão valorizada, nunca deixaríamos construir uma cisterna onde não houvesse uma residência e pessoas que necessitassem dessa água.



sábado, 21 de fevereiro de 2009

O jacu do Sertão de Pernambuco


A foto

Nesta fotografia se pode ver um jacu as margens de uma estrada na caatinga. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE., em 12 de fevereiro de 2009.

O fato

A caça predatória nas caatingas do Nordeste tem levado muitas espécies de aves ao risco de extinção, principalmente, as grandes aves, como o jacu. Encontrar um jacu na caatinga do Sertão de Pernambuco é uma raridade. A última vez que avistamos esta ave foi em março de 1988. O jacu é uma espécie de ave grande com topete pardo avermelhado com barbela avermelhada. O jacu normalmente é visto encima das árvores, más na caatinga como as plantas são pequenas em comparação com as grandes florestas, o jacu é visto sempre no chão.


domingo, 15 de fevereiro de 2009

O balaio de imbu da Feira de São Joaquim, Salvador


A foto

Nesta fotografia se pode ver um balaio com mais de 200 kg de imbu. A fotografia foi obtida em 12 de fevereiro de 2009 na Feira de São Joaquim em salvador, BA.

O fato

São muitas as formas de comercialização do fruto do imbuzeiro em todo o Nordeste. Nos municípios de Manoel Vitorino, Milagres e Jaguarari, encontramos agricultores vendendo uma toca de imbu as margens da rodovia. Nas ruas de Juazeiro, a comercialização é feita em litros de imbu. Contudo, a mais inusitada das formas de comercialização do fruto do imbuzeiro é o balaio da Feira de São Joaquim na cidade de Salvador, BA. Estes balaios comportam mais de 200 kg de imbu, que ficam a disposição dos compradores. A Feira de São Joaquim, recebe imbu de toda a Bahia e partes de Minas Gerais. Lá, os frutos são distribuídos para outros comerciantes que vende para toda Salvador. Cada caminhão leva 360 sacos de frutos que são colhidos por agricultores de várias comunidades. Este comercio teve início no final de jeneiro e vai até a primeira quinzena de março.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A pitaia das caatingas nordestina

A foto
Nesta foto se pode ver uma cactácea da caatinga da espécie das pitaias com frutos maduros. A fotografia foi obtida no dia 10 de fevereiro de 2009 na caatinga do município de Jaguarari, BA.
O fato
Há muitas variedades de pitaia. Esta fruta é bastante valorizada, principalmente para exportação. A pitaia é uma espécie frutífera que pertencente à família das cactáceas originária da América Latina. Há espécies em todas as regiões do Brasil. Algumas variedades de pitaias apresentam coloração vermelha tanto na casca quanto na polpa, outras são amarelas. Há uma grande variação no tamanho e na forma do fruto. A espécie que ocorre na caatinga é pouco conhecida e consumida pelos habitantes da região. Esta espécie apresenta uma vantagem em relação as demais, por esta adaptada as condições de seca da região. A maioria das variedades de pitaia são originárias de regiões onde ocorre muita chuva.

O caminhão de imbu na comunidade de Flamengo


A foto
Nesta fotografia se pode ver trabalhadores colocando sacos com frutos do imbuzeiro em um caminhão para ser levado para Feira de São Joaquim em Salvador, BA. A fotografia foi obtida em 11 de fevereiro de 2009 na Comunidade de Flamengo no município de Jaguarari, BA.
O fato
O destino de mais de 90% da produção de imbu é a Feira de São Joaquim na cidade de Salvador, BA. Para este local, os frutos são transportados em sacos de rafi como vemos na fotografia. cada saco pesa, em média, 50 kg de frutos. A Feira de São Joaquim, recebe imbu de toda a Bahia e partes de Minas Gerais. Lá, os frutos são distribuídos para outros comerciantes que vende para toda Salvador. Cada caminhão leva 360 sacos de frutos que são colhidos por agricultores de várias comunidades. Este comercio teve início no final de jeneiro e vai até a primeira quinzena de março.

O caminhão do imbu na comunidade de Caldeirão da Serra


A foto
Nesta fotografia se pode ver trabalhadores colocando frutos do imbuzeiro em caixas para completar a carga de um caminhão. A fotografia foi obtida em 10 de fevereiro de 2009 na Comunidade de Caldeirão da Serra no município de Uauá, BA.
O fato
Na época de produção de imbu, a colheita movimenta um grande número de agricultores que colhem o fruto do imbuzeiro em suas propriedades e vendem para compradores que levam os frutos para fora da região produtora. Na comunidade de Caldeirão da Serra, diariamente 3 a 4 caminhões com capacidade cada um de 18 toneladas, são carregados com frutos do imbuzeiro. Na foto acima, vemos os trabalhadores colocando o imbu de sacos em caixas plásticas para ser transportado até as despolpadeiras na região metropolitana de Salvador. Para formar a carga de 18 toneladas, são necessários 360 sacos de imbu. Assim, cada caminhão envolve a atividade de 180 agricultores em dois dias e gera uma renda de R$ 3.600,00 para as comunidades.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A concorrência do imbu com outras frutas em feira livre


A foto


Nesta fotografia se pode ver uma banca de feira livre com frutos do imbuzeiro, ciriguela e maçã. A fotografia foi obtida em 01 de fevereiro de 2009 na feira livre de Areia Branca no município de Petrolina, PE.

O fato

Na época de produção de imbu, poucas frutas conseguem despertar tanto interesse dos consumidores como o fruto do imbuzeiro. O fruto do imbuzeiro é um campeão em vendas e sempre agrada o paladar de todos, até daqueles de outras regiões. Alguns vendedores ambulantes arriscam a compra de frutos como ciriguela, maçã, caju e outros, todavia, é com a venda de imbu que eles mais lucram. De modo geral, os vendedores das feiras livres compram uma caixa com 50 kg de imbu por R$ 20,0 e vende por R$ 50 ou 60. Um detalhe é que o fruto do imbuzeiro é muito perecível, e pouco dá para ser transportado para outra feira. Assim, no final da feira, os frutos ou são transformados em polpa, doce e geléia ou são desperdiçados.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A venda de frutos do imbuzeiro em feira livre


A foto
Nesta fotografia se pode ver uma banca de feira livre com frutos do imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 01de fevereiro de 2009 na feira livre de Areia Branca no município de Petrolina, PE.
O fato
A safra de imbu de 2009, promete ser muito boa. São muitos agricultores que colhem os frutos e vendem para o consumo in natura em feiras livres. Na fotografia podemos ver uma banca com muitos frutos no dia 01 de fevereiro de 2009 na feira livre de Areia Branca em Petrolina, PE. Observa-se que o litro é a medida mais utilizada pelos comerciantes para venda do imbu. Cada final de semana, entre 30 a 40 agricultores da comunidade de Santana do Sobrado no município de Casa Nova, BA., levam frutos do imbuzeiro para venda em Petrolina. Neste dia o litro do imbu com aproximadamente 36 frutos, era vendido a R$ 1,00.

A morte de um imbuzeiro


A foto
Nesta fotografia se pode ver uma planta centenária de imbuzeiro tombada por um raio. A fotografia foi obtida em 28 de janeiro de 2009 na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.
O fato
Embora o imbuzeiro sobreviva por mais de 100 anos, ele encontra-se sujeito às adversidades da natureza como os raios e as ventanias. A planta da foto existente na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE., existia a mais de 148 anos, conforme levantamento histórico dos moradores da comunidade. No dia 22 de janeiro de 2009, um raio partiu o tronco do velho imbuzeiro que o dividiu ao meio. Essa ocorrência, embora rara, foi facilitada pelo fato de que o tronco das plantas de imbuzeiro com idade avançada é destruindo pelo cupim, ficando assim, muito vulnerável aos raios e ventanias.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Qual é a melhor área de captacão de água de chuva?

A foto
Nesta fotografia se pode ver uma cisterna com área de captação da água da chuva em uma lona plástica. A fotografia foi obtida em 21 de janeiro de 2004 no município de Petrolina, PE.
O fato
Em muitas residências da caatinga, encontramos cisternas sem calhas para captação da água da chuva. Quando interrogamos os agricultores, eles afirmam que o telhado de suas casas armazena muita sujeira que contamina a água. Em outros casos, encontramos cisternas com área de captação em lonas plásticas. Porém, os agricultores esquecem que após 10 a 15 minutos do início de uma chuva, o telhado já esta lavado e toda água pode ser armazenada na cisterna. Outro opção é a colocação de um sistema de filtro que permite o desvio das primeiras águas que caem no telhado da cisterna. Se a primeira água não for desviada, tanto faz telhado como lona, a água estará contaminada por impurezas acumulada com o tempo sem chuvas.

Que água estamos bebendo!


A foto


Nesta fotografia se pode ver um agricultor coletando água em uma barragem. A fotografia foi obtida na área de caatinga do município de Dormentes, PE., em 20 de agosto de 2007.


O fato


Nos meses de seca que assola a região semi-árida, os agricultores passam por muita dificuldade para obtenção de água para o consumo. Na maioria das residências rurais, esta água chega por carro pipa, contudo, em muitas áreas da caatinga, os agricultores utilizam a água que esta mais próxima. Na fotografia podemos ver a coleta de água em uma barragem no município de Dormentes, PE. A qualidade da água é imprópria para o consumo, contudo, sem água potável, o que os agricultores podem fazer! Neste município, em 2007 a água acumulada nas cisternas não foi suficiente para atender as necessidades dos agricultores até o mês de junho. A sede do município de Dormentes dispõe de água de uma adutora do São Francisco, más o interior do município, ficam dependendo de carros pipas.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O veado catingueiro


A foto
Nesta fotografia podemos ver um veado catingueiro. A fotografia foi obtida na área de caatinga do município de Petrolina, PE., em 27 de março de 2003.
O fato
A visão de um veado catingueiro é deslumbrante. Raramente este animal é visto na caatinga. A caça indiscriminada desta espécie, esta colocando este animal na lista de espécies em extinção no semi-árido. O veado alimenta-se principalmente de brotos, gramíneas e leguminosas da caatinga. O fruto do imbuzeiro é muito consumido por esses animais. Um detalhe muito interessante é que o macho sempre anda só. Normalmente, a fêmea anda com um filhote. Sua pelagem é marrom-acinzentada com o ventre mais claro. Uma característica dos veados é uma pinta branca acima dos olhos.

A ema da caatinga nordestina


A foto
Nesta fotografia podemos ver uma ema na caatinga. A fotografia foi obtida na área de caatinga do município de Curaçá, BA., em 11 de outubro de 2002.
O fato
A presença da ema nas áreas de caatinga do Nordeste é uma raridade. A espécie da caatinga é Rhea americana que habita também os cerrados. Na caatinga, esta espécie foi severamente reduzida em função da caça predatório praticada pelos agricultores. Se diz que os nordestinos caçam os animais silvestres para saciar sua fome, todavia, em diversos estudos realizados na região, a caça é mais pelo espírito esportivo, visto que, a maioria dos caçadores são pessoas da cidade ou fazendeiros que dispõem de muitos animais como caprinos e ovinos, os quais seriam suficiente para matar a fome de seus proprietários. As emas são animais onívoros com dieta composta de gramíneas, leguminosas e pequenos animais da caatinga. Em estudos de observação na região de Irecê, BA. no município de Jussara, foram vistas 22 emas consumindo frutos do imbu.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O ninho da sariema na caatinga


A foto
Nesta fotografia, podemos observar um ninho de sariema com um ovo. A fotografia foi obtida em 15 de abril de 2003 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato
A sariema (Cariama cristata) ou siriema é da família Cariamidae da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, de hábitos terrestres, que preferem correr a voar. Na caatinga seu vôo é raridade, esta ave só voa quando esta sob ameaça. As sariemas alimentam-se, preferêncialmente de insetos e pequenas cobras e lagartos da caatinga. O grupo de sariemas é formado por casais e algumas vezes por um filhote. Seu ninho, geralmente é feito no alto das árvores. Na caatinga, sempre encontramos ninhos de sariemas nos pontos mais altos dos imbuzeiro. Geralmente a sariema põem até dois ovos, porém as vezes nasce apenas um filhote.

O filhote da sariema da caatinga

A foto

Nesta foto podemos observar um filhote de sariema (Cariama cristata) em seu ninho. A fotografia foi obtida em 30 de abril de 2003 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

A sariema é uma ave da caatinga muito importante pelo papel que desempenha entre os animais deste bioma. Alimenta-se de insetos e frutos. Seu ninho é feito de gravetos em plantas de imbuzeiro. Pássaro de pouca carne, não é muito caçada na região. Seu canto serve de aviso para despertar outros animais da caatinga contra algum perigo, principalmente de cobras.

O consumo de frutos do imbuzeiro pelo tatu-peba na caatinga


A foto
Nesta foto podemos observar um tatu-peba procurando frutos para comer embaixo de uma planta de imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 25 de fevereiro de 2008 na caatinga do município de Petrolina, PE.
O fato
O tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é um animal da caatinga que tem sido caçado impiedosamente pelos agricultores para consumo de sua carne. Na época da caida dos imbus, o tatu é facilmente encontrado embaixo das plantas de imbuzeiro consumindo os frutos caídos ao chão. Nesta época, muitos caçadores ficam a espreita esperando o animal aparecer para abate-lo. Embora este animal viva em buracos, ele dispersa as sementes do imbuzeiro na caatinga.

O tatu china da caatinga nordestina


A foto
Nesta foto, podemos observar um tatu china na caatinga. A fotografia foi obtida na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 04 de outubro de 2002.

O fato

O tatu-china ou tatu-galinha pode ser conhecido por diversos nomes, tais como: tatuí, tatu-mula, muleta, tatu-mirim ou tatu-china (Dasypus septemcinctus). Este peaqueno tatu é encontrado com frequência nas caatingas do Nordeste, podendo ser encontrado também na Bolívia, Paraguai e Argentina. A diferenciação das espécies do gênero Dasypus é a quantidade de cintas de placas móveis que ocorrem na sua carapaça dorsal, a Dasypus septemcinctus possui de seis a sete cintas, já a Dasypus novemcinctus possuem oito a nove cintas, sendo que estas são bem maiores. De modo geral, a alimentação dos Dasypus se baseia em insetos e larvas que são encontrados no solo e, principalmente embaixo das folhas.  Este animal possui hábito noturno, sendo visto durante o dia. Nos dias chuvosos é visto em busca de formigas  e outros insetos que  voam após as chuvas. O tatu China é uma das cinco espécies de tatu que ainda existem nas caatingas do Nordeste e embora sua procriação seja de quatro a seis filhotes, este animal esta ameaçado de extinção.   Como os demais tatus, o china é um hábil cavador.