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domingo, 7 de agosto de 2011

O gavião-pega-pinto ou gavião-caboclo (Buteogallus meridionalis) da caatinga



A foto

Nesta fotografia podemos observar um gavião-pega-pinto ou gavião cabloco consumindo uma caça. A fotografia foi obtida no dia 24 de maio de 2011 na Comunidade de Atalho no município de Petrolina, PE.

O fato

Entre as aves de rapina que existem no Nordeste, uma das mais belas é o gavião-pega-pinto ou gavião-caboclo (Buteogallus meridionalis). Esta ave tem porte médio com seus adultos alcançando até 60 cm de comprimento. Quando adultos sua plumagem é caracterizada pela tonalidade ferrugem com asas de tonalidades avermelhadas e penas escuras.  Este gavião é conhecido por vários nomes em diferentes regiões do Nordeste, tais como; gavião casaca-de-couro, gavião-fumaça, gavião-telha, entre outros. É um animal de hábito solitário com domínio exclusivo de seu território. O nome pega pinto foi obtido em função de que essa ave fica a espreita nos terreiros das residências rurais, esperando que as galinhas com pintos afastem-se dos filhotes para que eles ataquem. Quando eles descobrem os ninhos das galinhas, consomem alguns ovos. Embora o gavião caboclo alimente-se principalmente de pequenos vertebrados da caatinga como ratos, preás, pequenos lagartos, pequenas cobras, pássaros pequenos e filhotes de outras aves, há relatos do ataque deste gavião aos filhotes recém-nascidos de caprinos. Em uma comunidade de Petrolina, PE, os agricultores relataram que o gavião-pega-pinto estava pegando frangotes de galinhas, contudo, em função do peso das galinhas, o gavião não conseguia levantar vôo alto e os agricultores muitas vezes recapturaram os animais. A área de caça do gavião caboclo são os campos abertos. Na caatinga fechada esta ave não consegue captura suas presas.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Um canal de irrigação na caatinga de Pernambuco




A foto

Nesta fotografia podemos observar parte do canal de irrigação do Projeto Pontal na caatinga do município de Petrolina, PE. A fotografia foi obtida no dia 22 de março de 2011.

O fato

A riqueza proporcionada pela irrigação na região semiárida do Nordeste é inquestionável. As margens do Rio São Francisco, são inúmeros projetos de irrigação que transformaram as terras secas em verdadeiros oásis. A produção desses projetos caracteriza-se, principalmente pela diversidade de hortaliças e frutas, principalmente as uvas sem sementes que são exportadas para muitos países. Embora a irrigação tenha sido um marco no desenvolvimento do Nordeste semiárido, as grandes estruturas dos canais de irrigação têm causado transformação na paisagem da caatinga por onde passam. Essas transformações, embora muitas vezes positivas como a perenização de pequenos rios e riachos com a água dos canais, em termos de bioma, podem trazer conseqüências negativas, visto que, a presença constante de água em determinadas áreas da caatinga, com certeza irá alterar o equilíbrio da fauna e flora da região atingida pelas águas que sobram nos canais, principalmente pela quebra da sazonalidade das águas nos pequenos rios e riachos da caatinga, visto que, o período de chuvas e secas é um marco regulador de muitas espécies de plantas e animais da caatinga.  

A floração do sete cascas (Tabebuia spongiosa) na caatinga




A foto

Nesta foto podemos observar a floração do sete cascas na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 5 de agosto de 2011 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato
A caatinga possui uma das mais belas composições de plantas do planeta. São inúmeras espécies de plantas que só ocorrem nesta região. Podendo ser considerada uma das regiões do mundo de maior riqueza biológica, face as adversidades da região.  Quando termina o período de chuvas na caatinga e a vegetação começa a perde suas folhas pela falta de água no solo, o cenário da seca é eminente. Todavia, basta ocorrer uma chuvinha qualquer que a paisagem muda de aspecto. Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, pode-se observar os locais onde a chuva caiu pelo surgimento da floração do sete cascas (Tabebuia spongiosa). Esta planta é de uma beleza ímpar. Suas flores amarelas mudam o cenário de seca para uma paisagem de alegria e beleza. As flores são visitadas por abelhas e pássaros que contribuem para sua polinização. Quando o botão floral cai, e consumido por inúmeros animais da caatinga, principalmente pelo veado e o caititu. O sete cascas ou “Ipê cascudo” é considerado por muitos estudiosos como a mais bela planta da caatinga. Embora existam outras variedades de ipês de flores amarelas, o sete casca só é encontrado nas caatingas sertanejas. Normalmente essa espécie florece nos meses de outubro a dezembro, quando da ocorrência das trovoadas (as primeiras chuvas no Sertão), porém este ano, tivemos uma grande surpresa ao ver o sete casca com muitas flores após uma chuva de 10 mm que ocorreu no dia 31 de julho no Sertão de Pernambuco.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A jandaia na flor do mulungu na caatinga




A foto

Nesta fotografia podemos ver algumas jandaias consumindo botões florais do mulungu. A fotografia foi obtida em 07 de julho de 2011 na comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

A jandaia ou o periquito-da-caatinga (Aratinga cactorum) é uma das aves mais bonitas dos sertões nordestino. Em algumas regiões do Nordeste a jandaia também é conhecida como  gangarra. Sua beleza está nas cores verde, amarela e marrom. Embora se alimente de frutas silvestres como o fruto do mandacaru, do facheiro, do xiquexique, do imbuzeiro e de muitos outros frutos da caatinga, as jandaias são temidas pelos agricultores que plantam sorgo em suas propriedades, pois elas consomem todos os grãos causando prejuízo para os agricultores. As jandaias também se alimentam de botões florais de muitas plantas da caatinga. Na época da frutificação do imbuzeiro as jandaias consomem os frutos na fase inicial de crescimento provocando perdas consideráveis da safra. Na fotografia podemos ver as jandaias consumindo os botões florais do mulungu (Erythrina mulungu).

sábado, 30 de julho de 2011

A bela casa de taipa na caatinga






A foto


Nesta fotografia podemos ver uma casa de taipa na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 19 de outubro de 2010 na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.


O fato


Embora as casas de taipa estejam perdendo espaço na caatinga para construções de alvenaria, principalmente as casas construídas nos diversos assentamentos rurais no interior do Nordeste, ainda podemos encontrar belas casas de taipa no sertão. Esse tipo de residência é uma das mais tradicionais no interior da caatinga, contudo apresenta alguns problemas que afetam seus moradores, entre estes, a facilidade de abrigar animais e insetos da caatinga que podem causar doenças para as famílias, a exemplo do barbeiro e algumas serpentes. O barbeiro é o inseto mais conhecido na caatinga por transmitir a doença de Chagas. Nas casas de taipa, o barbeiro vive entre os espaços das madeiras e do barro, saindo à noite para alimenta-se. Outro animal que causa problemas nas casas de taipa são os ratos silvestres. Como não há um bom isolamento do interior da residência, esses animais invadem as casas com facilidade. Na verdade, os pequenos agricultores que ainda residem ou constroem casas de taipa, não tem recursos para aquisição de material de construção como cimento, tijolos, entre outros, para construção de uma casa de alvenaria com melhores condições. Na fotografia podemos ver que há uma planta de imbuzeiro próximo a casa bastante florida.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O consumo de frutos do imbuzeiro pelos suínos na caatinga





A foto

Nesta fotografia podemos ver suínos consumindo frutos maduros do imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 10 de fevereiro de 2009 na comunidade de Caldeirão da Serra no município de Uauá, BA.

O fato

      A safra do imbuzeiro na região semiárida do Nordeste é aproveitada das mais diferentes formas. Muitos agricultores do Sertão baiano colhem os frutos para venda in natura e outros para o processamento de doces, sucos e geléias. Essas formas de aproveitamento têm gerado renda significativa para muitas famílias rurais da região. Assim, o negócio do imbu cresce a cada dia, visto que muitas comunidades já dispõem de pequenas fabriquetas de doces para agregação de valor ao fruto do imbuzeiro. Contudo, a grande quantidade de frutos produzidos pelas plantas da caatinga, não é totalmente aproveitada, principalmente os frutos maduros que caem ao chão. Esses impróprios para o consumo e processamento, são fontes de alimentos para os animais silvestres como o caititu, a cotia, o veado, o tatu-peba, entre outros. Dos animais domésticos criados na caatinga, são os caprinos que mais consomem frutos do imbuzeiro. Em algumas comunidades esse excesso de produção é aproveitado para alimentação dos suínos como podemos ver vemos na fotografia.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os filhotes de rolinha branca




A foto

Nesta fotografia, podemos observar um ninho com casal de filhotes de rolinha branca.  A foto foi obtida no dia 19 de julho de 2011 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE.

O fato

Entre as aves da caatinga nordestina, nenhuma é mais conhecida do que as rolinhas. Há uma infinidade de espécies de rolinhas, contudo na caatinga as mais conhecidas são a rolinha cafofa, a rolinha caldo de feijão, a rolinha cascavel, a rolinha azul, entre outras. Essas aves pertencem a família columbidae  que pode ser encontrada em muitas regiões do mundo. O que chama a atenção das rolinhas é que elas são de modo geral consideradas aves preguiçosas, isto é, faz seu ninho sem muito capricho. Basta juntar um pouco de gravetos e logo vão colocando os ovos. Tem um detalhe interessante, muitas rolinhas repetem sua postura em um mesmo ninho por muitas vezes. Já vimos ninhos com mais de 5 camadas que são formadas pelas fezes dos filhos.  Na fotografia podemos ver um ninho com dois filhotes da rolinha branca em uma planta de limão.