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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A ema da caatinga nordestina


A foto
Nesta fotografia podemos ver uma ema na caatinga. A fotografia foi obtida na área de caatinga do município de Curaçá, BA., em 11 de outubro de 2002.
O fato
A presença da ema nas áreas de caatinga do Nordeste é uma raridade. A espécie da caatinga é Rhea americana que habita também os cerrados. Na caatinga, esta espécie foi severamente reduzida em função da caça predatório praticada pelos agricultores. Se diz que os nordestinos caçam os animais silvestres para saciar sua fome, todavia, em diversos estudos realizados na região, a caça é mais pelo espírito esportivo, visto que, a maioria dos caçadores são pessoas da cidade ou fazendeiros que dispõem de muitos animais como caprinos e ovinos, os quais seriam suficiente para matar a fome de seus proprietários. As emas são animais onívoros com dieta composta de gramíneas, leguminosas e pequenos animais da caatinga. Em estudos de observação na região de Irecê, BA. no município de Jussara, foram vistas 22 emas consumindo frutos do imbu.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O ninho da sariema na caatinga


A foto
Nesta fotografia, podemos observar um ninho de sariema com um ovo. A fotografia foi obtida em 15 de abril de 2003 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato
A sariema (Cariama cristata) ou siriema é da família Cariamidae da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, de hábitos terrestres, que preferem correr a voar. Na caatinga seu vôo é raridade, esta ave só voa quando esta sob ameaça. As sariemas alimentam-se, preferêncialmente de insetos e pequenas cobras e lagartos da caatinga. O grupo de sariemas é formado por casais e algumas vezes por um filhote. Seu ninho, geralmente é feito no alto das árvores. Na caatinga, sempre encontramos ninhos de sariemas nos pontos mais altos dos imbuzeiro. Geralmente a sariema põem até dois ovos, porém as vezes nasce apenas um filhote.

O filhote da sariema da caatinga

A foto

Nesta foto podemos observar um filhote de sariema (Cariama cristata) em seu ninho. A fotografia foi obtida em 30 de abril de 2003 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

A sariema é uma ave da caatinga muito importante pelo papel que desempenha entre os animais deste bioma. Alimenta-se de insetos e frutos. Seu ninho é feito de gravetos em plantas de imbuzeiro. Pássaro de pouca carne, não é muito caçada na região. Seu canto serve de aviso para despertar outros animais da caatinga contra algum perigo, principalmente de cobras.

O consumo de frutos do imbuzeiro pelo tatu-peba na caatinga


A foto
Nesta foto podemos observar um tatu-peba procurando frutos para comer embaixo de uma planta de imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 25 de fevereiro de 2008 na caatinga do município de Petrolina, PE.
O fato
O tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é um animal da caatinga que tem sido caçado impiedosamente pelos agricultores para consumo de sua carne. Na época da caida dos imbus, o tatu é facilmente encontrado embaixo das plantas de imbuzeiro consumindo os frutos caídos ao chão. Nesta época, muitos caçadores ficam a espreita esperando o animal aparecer para abate-lo. Embora este animal viva em buracos, ele dispersa as sementes do imbuzeiro na caatinga.

O tatu china da caatinga nordestina


A foto
Nesta foto, podemos observar um tatu china na caatinga. A fotografia foi obtida na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 04 de outubro de 2002.

O fato

O tatu-china ou tatu-galinha pode ser conhecido por diversos nomes, tais como: tatuí, tatu-mula, muleta, tatu-mirim ou tatu-china (Dasypus septemcinctus). Este peaqueno tatu é encontrado com frequência nas caatingas do Nordeste, podendo ser encontrado também na Bolívia, Paraguai e Argentina. A diferenciação das espécies do gênero Dasypus é a quantidade de cintas de placas móveis que ocorrem na sua carapaça dorsal, a Dasypus septemcinctus possui de seis a sete cintas, já a Dasypus novemcinctus possuem oito a nove cintas, sendo que estas são bem maiores. De modo geral, a alimentação dos Dasypus se baseia em insetos e larvas que são encontrados no solo e, principalmente embaixo das folhas.  Este animal possui hábito noturno, sendo visto durante o dia. Nos dias chuvosos é visto em busca de formigas  e outros insetos que  voam após as chuvas. O tatu China é uma das cinco espécies de tatu que ainda existem nas caatingas do Nordeste e embora sua procriação seja de quatro a seis filhotes, este animal esta ameaçado de extinção.   Como os demais tatus, o china é um hábil cavador.

O cágado-d'água da caatinga


A foto
Nesta foto, podemos observar um cágado-d'água na caatinga. A fotografia foi obtida as margens de um pequeno riacho na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 27 de março de 2003.
O fato
Na caatinga da região semi-árida do Nordeste, há muitos riachos e rios temporários. Nos riachos são encontrados na época das chuvas, muitos cágados-d'água. Este pequeno animal, fica as margens dos riachos durante todo o período do inverno. Sua população é muito escassa, visto que , dificilmente, encontramos estes animais. Em algumas comunidades, os agricultores capturam os cágados e alimentam-se de sua carne. Nas caatinga são encontradas duas espécies de cágado, a Phrynops geoffroanus e P. tuberculatus, estas podem ser encontradas em riachos, rios e açudes da Caatinga. Acredita-se que na época da chuva, esses animais migram dos açudes para os riachos.

sábado, 31 de janeiro de 2009

O cancão o observado da caatinga

A foto

Nesta fotografia podemos ver um cancão em posicão de observação na caatinga. A fotografia foi obtida em uma área de caatinga nativa da Estacão Experimental da Embrapa Semiárido em Petrolina, PE.

O fato

 O cancão é uma ave da ordem Ciconiiformes, família Falconidae, pertencente ao gênero Daptrius. Na caatinga do Nordeste, o cancão é o principal observador de tudo que acontece, nada passa despercebido deste pássaro. Quando alguma coisa estranha ocorre, o cancão é o primeiro que da o sinal e chama atenção dos demais animais. É onívoro. O cancão alimenta-se de quase tudo que encontra na caatinga, más da preferência a ovos de outros pássaros e larvas de insetos encontradas em ocos e em baixo das folhas que caem ao chão. Na caatinga, este pássaro é o principal consumidor dos frutos das cactáceas, tais como, mandacaru, xiquexique e facheiro. O cancão também conhecido como a gralha da caatinga, pela semelhança com a gralha que dispersa sementes de pinheiros na região Sul do Brasil. O cancão normalmente vive em bandos de 3 a 5 pássaros.

O camaleão consumindo frutos do imbuzeiro


A foto

Nesta foto, podemos observar um camaleão próximo aos frutos maduros do imbuzeiro. A fotografia foi obtida na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em janeiro de 2007.

O fato

O imbuzeiro é uma das plantas da caatinga que tem muita importância na alimentação de muitos animais silvestres no período da safra.  O fruto do imbuzeiro é consumido pelos animais nos mais diferentes estádios de maturação, principalmente quando estão maduros ao chão. Quando os frutos maduros caem ao chão e atingem a maturação plena, muitas larvas se desenvolvem nele. Essas larvas são alimentos para muitos animais. Nesta foto podemos ver um camaleão consumindo frutos do imbuzeiro. De hábitos diurnos, o camaleão costuma ao amanhecer fica exposto ao sol para caçar todo o tipo de insetos, como gafanhotos e outros artrópodes. O Camaleão se alimenta de grandes quantidades de folhas verdes, e de frutos. Ingere também larvas e insetos. Habita do México ao Brasil Central. Aqui, vive na Floresta Amazônica, nas matas de galeria dos cerrados e nas caatingas.

A batata do mamãozinho-de-veado na caatinga


A foto


Nesta foto, podemos observar os caprinos consumindo a batata de uma planta de mamãozinho-de-veado. A fotografia foi obtida na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em outubro de 2006.


O fato

Entre as plantas da caatinga, encontra-se o mamãozinho-de-veado (Jacaratia corumbensis O. kuntze). Esta planta é um arbusto que ocorre na região semi-árida do Nordeste, crescendo entre a vegetação como um cipó. Porém quando cresce em local aberto é mais reta. Os frutos são consumidos pelos animais silvestres e domésticos. O xilopódio ou túbera do mamãozinho é utilizado para a alimentação dos animais na seca e, também na fabricação de doce caseiro pelos agricultores. O nome mamãozinho-de-veado foi colocado pelo fato de que na caatinga, quando maduros, seus frutos são consumidos, principalmente pelo veado caatingueiro. Em algumas plantas de mamãozinho pode-se encontrar batatas com mais de 500 kg. Estas batatas são consumidas pelos animais nos períodos de seca na região. Embora seja necessário arrancar a planta para retirar o xilopódio, o mamãozinho produz muitos frutos, dos quais se pode realizar o plantio das sementes.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O cancão e as sementes de imbuzeiro


A foto
Nesta fotografia podemos observar um cancão (cyanocorax cyanopogon) comendo a amêndoa de uma semente de imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 10 de fevereiro de 2003 na caatinga de Petrolina, PE.
O fato
A semente do imbuzeiro é uma das mais duras das plantas da caatinga. Poucos animais conseguem consumir estas sementes. Alguns animais, tais como, o cancão, a cutia e ratos silvestres, conseguem quebrar o endocarpo dos caroços de imbu e consumir a amêndoa, deixando as sementes impróprias para multiplicação. O cancão consome até 46 sementes por dia. Este pássaro junta as sementes em um local, de preferência junto a uma pedra ou um pedaço de madeira e prende as sementes com o bico batendo com elas nas pedras ou pedaços de madeira. Assim, eles tem acesso ao embrião das sementes.