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quarta-feira, 31 de março de 2010

O sistema de captação de água de chuva Guimarães Duque


A foto

Nesta fotografia podemos observar o sistema de captação de água de chuva, denominado de Guimarães Duque. A fotografia foi obtida no dia 3 de fevereiro de 2009 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE.

O fato




Entre as alternativas existentes para o aproveitamento da água de chuva na região semiárida do Nordeste, o método “Guimarães Duque” é um dos que produz maior escoamento superficial. Isto ocorre devido ao fato de que na confecção deste sistema é utilizado um arado para formação dos camalhões e sulcos.  Na ocorrência de chuvas de baixa precipitação, os camalhões produzem um escoamento maior, conseqüentemente retendo mais água nos sulcos, contudo, em chuvas de grande volume, muita água é perdida por escoamento, como podemos ver na foto obtida no dia 3 de fevereiro de 2009 após uma chuva de 47,5 mm que produziu um total de 1.964 litros de água na área de 10 metros de comprimento por 5 m, de  largura, totalizando 50 m².  O método “Guimarães Duque” recebeu esse nome em homenagem ao seu idealizador e  grande estudioso dos problemas da seca do Nordeste, que já utilizava essa técnica na década de 1950.  Foi desenvolvido pelo INFAOL (Instituto Nordestino para o Fomento de Algodão e Oleaginosas) e adaptado pela Embrapa Semiárido para a exploração de cultivos anuais, principalmente milho e feijão. Esse método consiste na aração do solo  em faixas, a fim de que haja a formação dos sulcos, seguidos por camalhões altos e largos. Para isso, utiliza-se do arado reversível de três discos, permitindo a captação da água de chuva na parte do solo que não foi mobilizada pelo arado. É um sistema semi-permanente, com duração de dois a três anos, também podendo ser manejado a cada cultivo, utilizando-se de arado de aiveca a tração animal. Com esse procedimento, mobiliza-se apenas a zona de plantio, cortando-se uma leiva de aração e jogando-se o solo para dentro do sulco, depois arando em sentido oposto, isto é, direcionando-se a leiva para o lado do camalhão e, assim, está efetuado o preparo para o cultivo subseqüente.

sábado, 27 de março de 2010

Como aproveita toda água da chuva para lavoura



A foto

Nesta fotografia podemos observar o sistema de captação de água de chuva, denominado de sulco barrado. A fotografia foi obtida no dia 22 de março de 2010 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE.

O fato

As chuvas que caem na região semiárida do Nordeste, embora seja considerada muito pouca para o sucesso da agricultura dependente de chuva, podem ter seu aproveitamento melhor se os agricultores utilizarem as alternativas tecnológicas desenvolvidas ou adaptadas para esta região, a exemplo do sulco barrado. Esta alternativa foi desenvolvida pelo pesquisador da Embrapa Semiárido Dr. José Barbosa dos Anjos. Com o sulco barrado, a água é mais aproveitada pelas plantas como podemos ver na foto obtida no dia 22 de março após uma chuva de 53,5 mm. A área do experimento é de 10 metros de comprimento por 5 m, de  largura, totalizando 50 m². Esta mesma área sem sulcos produziu um escoamento de 2.135 litros de água na mesma chuva.  Na área com sulco barrado o escoamento foi de 174 litros na mesma chuva.

As chuvas no sertão de Pernambuco


A foto
Nesta fotografia podemos ver a ocorrência de chuva na caatinga do município de Petrolina, PE no dia 23 de março.
O fato
As chuvas no sertão do Nordeste no verão deste ano, não foram muito boas. A estação do verão que teve início no dia de 21 de dezembro de 2009, embora seja considerada a de maior ocorrência de chuvas para o sertão, este ano apresentou uma irregularidade surpreendente. No mês de outubro de 2009 ocorreram duas precipitações com 20 mm no dia 25 e 52,4 mm no dia 26 de outubro. Esse volume foi bastante significativo, visto que, o fantasma da seca que se iniciava foi disperso. Muita água foi acumulada nos pequenos açudes e barreiros, amenizando, principalmente a sede dos animais. Alguns agricultores realizaram plantio de milho e feijão, todavia, como só voltou a chover em dezembro, as plantas não resistiram. Em dezembro foram registradas três ocorrências de chuvas na região, sendo 20,8 mm no dia 2, 34,7 mm no dia 26 e 6,6 mm no dia 30 de dezembro. Com estas chuvas,  acreditava-se que o verão ia ser normal, isto é, haveria muita chuva nos meses de janeiro, fevereiro e março, todavia em janeiro ocorreu apenas uma chuva de 21,9 mm no dia 2 e 23,6 mm no dia 26 de fevereiro. Assim, a esperança do nordestino de boas chuvas não se concretizou e todos os plantios feitos até o momento não resistiram às altas temperaturas que assolaram a região neste período. Finalmente no mês de março, tivemos chuvas nos dias 7 com 14 mm, dia 21 com 40 mm e dia 22 com 53,5 mm. Novamente a esperança dos agricultores de um bom ano para a agricultura, contudo, plantar neste período é um grande risco que corre os agricultores do sertão, pois no outono, de modo geral, as chuvas não são suficientes para obtenção de produção das lavouras de subsistência como milho, feijão e mandioca.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Características de uma planta de imbuzeiro com 10 anos


A foto
Nesta foto podemos observar uma planta de imbuzeiro com 10 anos de crescimento em uma área de caatinga degradada. A fotografia foi obtida na Embrapa Semi-Árido, em 23 de agosto de 2007.

O fato
O imbuzeiro é uma das plantas da caatinga que apresenta o crescimento muito lento. De modo geral, um imbuzeiro adulto tem mais de 100 anos de crescimento. Normalmente, nas comunidades do interior da caatinga, as pessoas mais idosas afirmam que as plantas de imbuzeiro já estavam lá quando elas nasceram. Em uma pesquisa que já faz 10 anos, estamos acompanhando o crescimento de plantas de imbuzeiro da germinação até a fase adulta. Na foto acima, podemos ver um imbuzeiro com 10 anos de crescimento. No primeiro ano de avaliação, a altura e o diâmetro basal das 10 plantas avaliadas foram, em média, de 70,81 e 1,16 cm, respectivamente. A circunferência do caule ao nível do solo apresentou uma média de 2,88 cm. . A altura média da copa foi de 46,54 cm. O maior e o menor diâmetro da copa foram de 7,65 e 3,58 cm, respectivamente. As plantas apresentaram raízes horizontais e verticais com 43,41 e 32,81 cm, respectivamente. O maior e menor diâmetro das raízes foi de 1, 262 e 0, 011 cm. No décimo ano de avaliação, a altura e o diâmetro basal das 10 plantas avaliadas foram, em média, de 258,27 e 13,39 cm, respectivamente. A circunferência do caule ao nível do solo apresentou uma média de 35,26 cm. A altura média da copa foi de 256,89 cm. O maior e o menor diâmetro da copa foram de 527,51 e 458,12 cm, respectivamente. As plantas apresentaram raízes horizontais e verticais de 436,17 e 186,45 cm, respectivamente. O maior e menor diâmetro das raízes foi de 7,286 e 0,245 cm, respectivamente. O peso da matéria fresca dos galhos e folhas foi de 19,85 g/planta no primeiro ano e de 22.745,21 g/planta no décimo ano.  Observou-se um crescimento linear durante todo o período de avaliação. O peso de matéria fresca dos galhos e das folhas foi de 15,15 e 8,81 g/planta, respectivamente no primeiro ano de avaliação. Observa-se que houve um incremento significativo nos valores obtidos para peso da matéria fresca dos galhos e folhas a partir dos quatro anos de avaliação. Essa mesma tendência foi observada para o peso da matéria seca dos galhos.  Em relação à produção de xilopódios, pode observar que no décimo ano foram colhidos, em média, 112 xilopódios por planta.

domingo, 21 de março de 2010

Os xilopódios do imbuzeiro



A foto
Nesta foto podemos observar os xilopódios do imbuzeiro. A fotografia foi obtida na Embrapa Semi-Árido, em 3 de agosto de 2009.

O fato
O sistema radicular do imbuzeiro é constituído por uma grande quantidade de xilopódios ricos em água e sais minerais que garantem a sobrevivência da planta durante os períodos de estiagem. Esses xilopódios são utilizados por pequenos agricultores para alimentação dos animais na seca e na produção de doce caseiro, principalmente no Estado de Pernambuco e sertões da Bahia, aonde vem se atribuindo a extinção dessa espécie à retirada dos xilopódios.  O xilopódio é rico em cálcio, magnésio, fósforo, potássio e água. Todavia, em mais de 20 anos de pesquisas com o imbuzeiro, ainda não encontramos uma planta morta em virtude da retirada dos xilopódios. Em diversos trabalhos de pesquisa já chegamos a contar até 2.500 xilopódios por planta. Geralmente, o levantamento é feito com a retirada dos xilopódios por quadrantes como podemos ver na imagem. Neste quadrante com a dimensão de 2 m de largura por 4 m de comprimento e 1 m de profundidade, foram retirados 121, os quais pesaram 248,77 kg e apresentaram um peso médio de 2,05 kg por xilopódios. Como se ver na imagem, as grandes raízes não foram cortadas, garantindo assim a formação de novos xilopódios.  

O resfriamento da polpa de imbu


A foto
Nesta foto podemos observar o resfriamento da polpa de imbu para o armazenamento em temperatura ambiente. A fotografia foi obtida na Embrapa Semi-Árido, em junho de 2008.

O fato
A safra do imbuzeiro ocorre de forma muito rápida, isto é, em 2 a 3 meses com concentração nos meses de janeiro, fevereiro e março. Embora uma parte da produção de imbu seja comercializada pelos agricultores para o consumo in natura, uma quantidade grande da produção é desperdiçada por falta de estrutura para o armazenamento dos frutos ou da polpa. Um das alternativas encontrada foi submeter à polpa a um choque térmico e armazena em temperatura ambiente para processá-la posteriormente. O ideal seria armazenar a polpa sob refrigeração, contudo em muitas comunidades não existe energia elétrica e quando há os agricultores não dispõe de freezer ou câmara fria para o armazenamento. O armazenamento da polpa do fruto do imbuzeiro em temperatura ambiente é uma alternativa viável, contudo, há necessidade de cuidados rigorosos neste procedimento. A polpa deve ser colocada nos recipientes tão logo ocorra à retirada das sementes e colocada em uma caixa ou outro depósito com água em temperatura normal. Quando a água apresenta elevação da temperatura, o recipiente deve ser colocado em uma segunda caixa, até a temperatura da água não sofrer alteração. Se esse procedimento for realizado corretamente, a polpa poderá ser armazenada em temperatura ambiente e utilizada na entressafra. Essa possibilidade ocorre porque o pH da polpa do imbu que varia entre 2,5 a 2,7 contribui de forma favorável para sua conservação. Contudo, se a polpa não for devidamente resfriada, esta pode desenvolver algumas bactérias que a torna imprópria para o consumo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A venda de frutos do imbuzeiro em feira livre em 2010



A foto

Nesta fotografia podemos ver a venda de frutos do imbuzeiro em feira livre. A fotografia foi obtida em 30 de janeiro de 2010 na feira livre do bairro de Areia Branca no município de Petrolina, PE.

O fato

      Nos meses de janeiro, fevereiro e março, a colheita e venda do fruto do imbuzeiro é uma das atividades mais lucrativa para muitos agricultores da região semi-árida do Nordeste. Os frutos são comercializados nas comunidades, as margens de rodovias e principalmente em feiras livrem. A forma tradicional de venda do imbu é o litro. De modo geral, um litro de imbu contém até 48 frutos e pesa aproximadamente 1 kg. O preço é de R$ 1,00. Em supermercados o preço de um kg de imbu pode alcançar até R$ 4,00.

O acampamento dos colhedores de frutos do imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia podemos ver agricultores em um acampamento de colheita do imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 2 de fevereiro de 2010 na caatinga da comunidade de Lagoa do Meio no município de Juazeiro, BA.

O fato

      Para colheita do imbuzeiro, os agricultores se reúnem em grupos e adentram a caatinga em busca dos frutos. Eles escolhem as áreas de maior ocorrência de imbuzeiros e fazem acampamento embaixo das plantas onde cozinham seus alimentos e descansam. Neste local eles acendem pequenos fogos com madeira seca da caatinga para preparar, principalmente, café, feijão, arroz e algum tipo de carne. Alguns agricultores levam de suas residências comidas já preparadas como pão, doces e carne assada na farinha e comem rapidamente para não perder tempo na colheita.

As crianças do sertão na colheita do imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia podemos ver duas crianças colhendo frutos do imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 2 de fevereiro de 2010 na caatinga da comunidade de Passagem de Santana no município de Uauá, BA.

O fato

      As plantas de imbuzeiro normalmente são altas e de copa frondosa, isto muitas vezes dificulta a colheita dos frutos pelos agricultores, principalmente por crianças. Contudo, os frutos do imbuzeiro são uma alternativa de renda muito importante para os agricultores do sertão, independente de ser adultos ou crianças. Nesta fotografia podemos ver duas crianças colhendo imbu. O que nos chamou a atenção foi o improviso da menina com um banco para facilitar a colheita.  

A colheita de frutos do imbuzeiro na Bahia em 2010


A foto

Nesta fotografia podemos ver uma senhora e sua filha colhendo frutos do imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 2 de fevereiro de 2010 na caatinga da comunidade de Lagoa do Meio no município de Juazeiro, BA.

O fato

      Os frutos do imbuzeiro são colhidos um a um na mão pelos agricultores. Eles colhem os frutos e colocam em um bornal, quando o bornal está cheio, os frutos são colocados em sacos. Este modo de colheita só é possível porque os frutos encontram-se no estádio de maturação considerado “inchado” ou “de vez”. Neste estádio os frutos ainda estão com a polpa firme o que permite este tipo de manuseio. Se os frutos estivessem maduros, não seria possível colocá-los nos bornais ou sacos, más em caixas para se evitar seu esmagamento ou amassaduras.  

O transporte de agricultores para colheita de imbu


A foto

Nesta fotografia podemos ver um caminhão transportando muitos agricultores para colheita do imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 2 de fevereiro de 2010 na rodovia de Pilar no município de Jaguarari, BA.

O fato

      A colheita de imbu normalmente é realizada pelos agricultores nas comunidades do sertão da Bahia. Contudo, muitos agricultores que moram em pequenas vilas e povoados, são transportados em caminhões para as áreas de caatinga onde o imbuzeiro está produzindo. Este transporte é geralmente feito em caminhões de carroceria sem qualquer segurança o que pode causar acidentes e muitas vezes até a morte de agricultores. As pessoas que vão nos caminhões já tem um contrato de venda com um comprador que acompanha o grupo. Os frutos colhidos são transportados no final da tarde para as vilas ou povoados onde são repassados para grandes caminhões que levam os frutos para todo o Brasil.

A colheita do imbuzeiro no Sertão da Bahia em 2010


A foto

Nesta fotografia podemos ver muitos sacos com frutos do imbuzeiro colhidos pelos agricultores. A fotografia foi obtida em 28 de janeiro de 2010 na caatinga da comunidade de Lage Alta no município de Jaguarari, BA.

O fato

      A colheita de imbu no sertão da Bahia teve início na última semana do mês de dezembro de 2009. Este ano a safra do imbuzeiro na região não esta sendo boa, segundo relatos dos agricultores. Eles afirmam que o calor excessivo que está ocorrendo, provoca o amadurecimento antecipado do imbu e sua queda. Os frutos colhidos pelos agricultores são no estádio de maturação “inchado” ou “de vez”, neste estádio, os frutos são colhidos a mão e colocados em sacos para serem transportados para várias cidades do Nordeste e outras regiões. De modo geral, um agricultor chega a colher até 2 sacos por dia que são vendidos no valor de R$ 15,00 cada um. Um saco de imbu contém, em média, 3.200 frutos e peso de 50 kg.

A safra do imbuzeiro em 2010


A foto

Nesta fotografia podemos ver muitos frutos do imbuzeiro caídos ao chão. A fotografia foi obtida em 28 de janeiro de 2010 na caatinga da comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

      A safra do imbuzeiro na região de Petrolina, Pernambuco teve início na segunda quinzena de dezembro de 2009. Este ano a safra pode ser considerada normal em volume de produção, todavia, o calor excessivo que vem ocorrendo na região tem contribuído para que os frutos amadureçam rapidamente e caiam muito sedo, ao contrário dos anos anteriores quando o amadurecimento dos frutos ocorreu de forma mais lenta, estendendo a safra por um período maior. Na fotografia podemos ver muitos frutos no chão no estádio de maturação maduro e muito maduro. Estes frutos que caem ao chão, normalmente são consumidos pelos animais, principalmente, os caprinos. Estas plantas da foto estão em uma área cercada por isso os frutos podem ser encontrados no chão.

domingo, 29 de novembro de 2009

Colheita de frutos de imbuzeiro em novembro na caatinga de Pernambuco



A foto

Nesta fotografia podemos ver alguns frutos do imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 24 de novembro de 2009 na caatinga do município de Petrolina, PE.


O fato

      A fenologia reprodutiva do imbuzeiro na região semiárida do Estado de Pernambuco ocorre no período de julho a fevereiro, com a brotação e floração de agosto a setembro, a frutificação de outubro a novembro e os frutos maduros de dezembro a fevereiro. Contudo, algumas plantas já apresentam frutos maduros no mês de novembro. O período médio entre o início da frutificação e a maturação plena dos frutos é, em média, de 125 dias com ocorrência de frutos aos 116 dias após a fecundação em algumas plantas. Neste caso, estes frutos tiveram sua fecundação entre os dias 30 de julho a 1 de agosto. Por outro lado, existem plantas tardias que só iniciam a produção no mês de abril. Essas variações contribuem para que a produção do imbuzeiro ocorra em um período mais prolongado.

domingo, 8 de novembro de 2009

O consumo de folhas e flores de catingueira pelos caprinos



A foto

Nesta fotografia se pode ver um caprino consumindo folhas de catingueira. A fotografia foi obtida na área de caatinga da Comunidade de Barreiros, município de Petrolina, PE, em 23 de outubro de 2009.

O fato

No período de seca que ocorre na região semi-árida do Nordeste, principalmente no alto sertão de Pernambuco, os animais encontram pouca comida para sobreviverem  na caatinga. Esta fase ocorre de modo geral nos meses de agosto a janeiro, todavia, em alguns anos, são registradas chuvas nos meses de outubro e novembro, contribuindo de forma substancial para a sobrevivência dos animais na caatinga. Nesta fotografia, podemos ver um caprino consumindo folhas e flores da catingueira, logo após as chuvas de outubro. O consumo da folha da catingueira só ocorre quando a caatinga esta saindo de um período de seca. Assim, os animais consomem,  praticamente todas as folhas novas que surgem após as primeiras chuvas, contudo, a folha da catingueira não é tão consumida pelos animais, de modo geral, visto que esta espécie apresenta um cheiro desagradável quando as folhas estão maduras.

Água e verde na caatinga em outubro



A foto
Nesta fotografia podemos observar uma área de caatinga com as plantas muito verde e água no solo. A fotografia foi obtida no dia 28 de outubro de 2009 na Comunidade de Barreiros no município de Petrolina, PE.

O fato

A caatinga no mês de outubro normalmente tem uma aparência muito singular que é a cor cinza da seca. Neste período a maioria das plantas está em fase de repouso com suas folhas secas esperando as primeiras chuvas, quando se recobriram de uma nova folhagem. Neste ano, as chuvas de outubro que na região de Petrolina, PE alcançaram mais de 100 mm e provocaram uma transformação na paisagem da caatinga. O verde tomou o lugar do cinza e muita água ficou empoçada para o consumo dos animais. Na foto, podemos ver com destaque uma planta de imbuzeiro e algumas catingueiras com suas flores amarelas. A catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul.), é uma pequena arvore, cujas gemas brotam logo após primeiras chuvas no sertão.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Colheita de frutos do imbuzeiro em setembro


A foto


Nesta fotografia podemos ver alguns frutos do imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 24 de setembro de 2009 na caatinga da Embrapa Semi-Árido no município de Petrolina, PE.


O fato


A safra de imbu na região de Petrolina, PE tem início na segunda quinzena de dezembro. Os primeiros frutos vêm da comunidade de Santana do Sobrado no município de Casa Nova, BA. Em pesquisa que estão sendo desenvolvidas na Embrapa Semi-Árido, estamos obtendo frutos já no mês de setembro. Isso tem ocorrido em função da aplicação de irrigação em algumas plantas de imbuzeiro. Esses resultados preliminares trazem boas perspectivas para a exploração comercial do imbuzeiro. Pesquisas futuras poderão definir níveis de irrigação adequados para antecipação da safra do imbuzeiro e o aumento de sua produção.