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domingo, 9 de outubro de 2011

A siriema na caatinga do Sertão de Pernambuco




A foto

Nesta fotografia, podemos observar quatro siriemas na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 6 de outubro de 2011 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE.


O fato

As siriemas (Cariama cristata) ou sariema são da família Cariamidae da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, de hábitos terrestres, que preferem correr a voar. Na caatinga seu vôo é raridade, esta ave só voa quando esta sob ameaça. A presença das siriemas é notada pelo seu canto. As siriemas alimentam-se, preferêncialmente de insetos e pequenas cobras e lagartos da caatinga. O grupo de siriemas é formado por casais e algumas vezes por um filhote. Seu ninho, geralmente é feito no alto das árvores. Na caatinga, sempre encontramos ninhos de siriemas nos pontos mais altos dos imbuzeiros. Geralmente a siriema põem até dois ovos, porém às vezes nasce apenas um filhote. No período de seca as siriemas se aproximam das áreas cultivadas em busca de água e alimentos. Em algumas comunidades estas aves chegam ao terreiro das residências em busca de água. Embora sejam aves de pouca carne, as siriemas têm sido caçadas sistematicamente no semiárido nordestino. Essa ação das populações rurais pode levar esta espécie à extinção.

sábado, 8 de outubro de 2011

O ataque do cascudo a floração do imbuzeiro no Sertão de Pernambuco




A foto

Nesta foto podemos observar uma inflorescência do imbuzeiro após o ataque do cascudo. A fotografia foi obtida no dia 06 de outubro de 2011 no município de Petrolina, PE.

O fato

No período da floração do imbuzeiro no Sertão de Pernambuco, ocorre um intenso ataque de pragas que provocam a queda das flores, das folhas novas e dos frutos em formação. A praga responsável por esses danos é um pequeno coleóptero chamado de “Cascudo”. Essa praga é da família SCARABAEIDAE, do gênero Philoclaenia sp., medindo, aproximadamente 8,89 mm de comprimento e 3,24 mm de largura, de coloração marrom clara que voa, em geral, ao crepúsculo ou durante a noite, e causa danos aos ramos novos e inflorescências de algumas plantas. O ataque do cascudo   acontece normalmente à noite, quando ocorre a abertura das flores do imbuzeiro, o que, se dá durante a madrugada, da hora zero às quatro, ocorrendo o cascudo  o pico de abertura às duas horas da madrugada. Para o acompanhamento dos danos provocados pelos insetos as plantas, as observações devem ter início antes do nascer do sol, por volta das 4 horas da manhã, pois, com os primeiros raios do sol, os insetos se alojam no solo e embaixo de pedras e troncos, por serem insetos de hábitos noturnos. Os danos causados à floração do imbuzeiro pelo cascudo estão relacionados diretamente com os botões florais, flores, primeiros frutos e as folhas novas, os quais são totalmente destruídos pelo inseto. O cascudo causa danos na floração e na frutificação do imbuzeiro, retardando a safra em decorrência da queda da floração inicial e uma diminuição significativa na produção.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Já tem imbu no Sertão de Pernambuco em ponto de imbuzada



A foto

Nesta fotografia podemos observar alguns frutos do imbuzeiro. A fotografia foi obtida no dia 21 de setembro de 2011 no Campo Experimental da Embrapa Semiárido em Petrolina, PE.

O fato

Embora a safra do imbuzeiro na região semiárida do Nordeste tenha seu início no começo do ano, indo de modo geral de janeiro a abril, em alguns municípios da Bahia e Minas Gerais, a colheita começa na segunda quinzena de novembro. A fenologia reprodutiva do imbuzeiro tem início antes da queda de todos os frutos. As plantas perdem parte das folhas logo depois do inverno, e assim evita a transpiração e perda de água. Esse processo ocorre num período, médio de 43 dias, que corresponde ao início do verão, ficando as plantas em estado de dormência vegetativa, contudo seus os xilopódios estão cheios de reservas nutritivas o que garante a sobrevivência da planta e sua floração e frutificação. Na primeira quinzena de agosto a setembro, quando ocorrem as primeiras chuvas de verão, modificam-se a temperatura e a umidade relativa do ar, acelerando o metabolismo da planta com o aparecimento das primeiras flores e folhas. Em algumas plantas, esse processo é mais rápido e a frutificação ocorre muito mais cedo. Na fotografia, podemos ver alguns frutos em estádio de crescimento avançado no dia 21 de setembro, o que nos garante uma safra mais cedo. Todavia, essa ocorrência faz parte da grande variabilidade genética desta espécie, onde podemos encontrar plantas precoces e tardias.

A seca e a siriema na caatinga em busca de água



A foto

Nesta fotografia podemos  observar uma siriema na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 3 de outubro de 2011 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

A siriema (Cariama cristata) ou sariema é da família Cariamidae da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, de hábitos terrestres, que preferem correr a voar. Na caatinga seu vôo é raridade, esta ave só voa quando esta sob ameaça. As siriemas alimentam-se, preferencialmente de insetos e pequenas cobras e lagartos da caatinga. O grupo de siriemas é formado por casais e algumas vezes por um filhote. Seu ninho, geralmente é feito no alto das árvores. Na caatinga, sempre encontramos ninhos de sariemas nos pontos mais altos dos imbuzeiros. Geralmente a siriema põem até dois ovos, porém às vezes nasce apenas um filhote. A siriema é uma ave da caatinga muito importante pelo papel que desempenha entre os animais deste bioma. Por ser uma ave de pouca carne, não é muito caçada na região. Seu canto serve de aviso para despertar outros animais da caatinga contra algum perigo, principalmente de cobras. Neste período do ano quando a seca começa a dificultar a  busca de alimentos e água, as siriemas aproximam-se de pomares e casas, principalmente para beber água. Os agricultores sempre colocam uma vasilha com água em um canto de cerca para as siriemas beberem.

domingo, 2 de outubro de 2011

A cisterna calçadão no Sertão do Nordeste



A foto


Nesta fotografia, pode-se observar uma cisterna calçadão com o plantio de fruteiras. A fotografia foi obtida em 26 de janeiro de 2010 no Campo Experimental da Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE.


O fato


A cisterna calçadão é uma alternativa que os agricultores do Sertão do Nordeste têm para armazenar água de chuva e produzir alimentos. Esse modelo de cisterna tem como característica principal a captação da água de chuva em uma área cimentada chamada de calçadão construída de alvenaria com dimensões de 10 x 20 metros equivalente a 200 metros quadrados. Essa área pode captar um volume considerável de água para a cisterna que tem capacidade para 52 mil litros. Com essa água o agricultor pode cultivar até 36 fruteiras em uma área de 30 x 30 metros no espaçamento de 5 x 5 metros. A distribuição da água acumulada na cisterna é de 5 litros por planta na segunda, quarta e sexta-feira no período de janeiro a abril com um total de 7.560 mil litros. De maio a agosto a distribuição é de 7 litros por planta o que equivale a 13.608 litros. De setembro a dezembro a distribuição é de 14 litros por planta nas segundas, quartas e sexta-feira com um total de 30.240 litros. De modo geral são cultivadas fruteiras como, manga, limão, caju, acerola, mamão e pinha. Até o dia 30 de setembro de 2011, choveu 482,6 mm o que proporcionou a captação de 96.520 litros. Como o coeficiente de escoamento de áreas  alvenaria como o calçadão é de aproximadamente de 70%, foram armazenados 67.564 litros o que ultrapassou a capacidade da cisterna em 15.564 litros.

A seca no Sertão do Nordeste




A foto

Nesta fotografia podemos observar um barreiro na caatinga totalmente seco. A fotografia foi obtida no dia 28  de setembro de 2005 na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.

O fato

A seca na região semiárida do Nordeste, tem hora para começar e terminar. Do mês de agosto a janeiro, as chuvas que ocorrem na região não são suficientes para transformação da caatinga seca em uma paisagem de beleza exemplar que é a caatinga no período de chuvas. Embora nos meses de outubro a dezembro possam ocorrer as trovoadas no Sertão do Nordeste, essas chuvas são muito incertas, contudo, se depender da fé dos agricultores, com certeza as chuvas virão e tudo na região se transformará. No Sertão de Pernambuco em 2011 até o dia 30 de setembro foram registrados 482,6 mm, sendo: 66,2 mm no mês de janeiro; 87,2 mm no mês de fevereiro; 77,5 mm no mês de março; 153,4 mm no mês de abril; 74,7 mm no mês de maio; 2,8 mm no mês de junho; 0,5 mm no mês de julho e 20,3 mm no mês de agosto. Em setembro não foi registrada nenhuma precipitação no Campo Experimental da Embrapa Semiárido. Como podemos observar nos meses de fevereiro e março que são importantes para a agricultura familiar, quando os agricultores cultivam o milho, o feijão, a mandioca, etc., o volume de chuvas não foi suficiente para que os agricultores conseguissem bons resultados na colheita. Porém, as chuvas de abril e maio, não possibilitaram mais um novo plantio, por outro lado, esse volume foi suficiente para encher as cisternas com água para o consumo dos agricultores. O mês de outubro de 2011 inicia com a maioria dos barreiros secos e os agricultores com dificuldade para alimentar seus animais. Assim, mais um ano que, não é diferente da regra, a seca sempre é uma realidade no Sertão.

domingo, 25 de setembro de 2011

Mais um belo gavião da caatinga


A foto

Nesta fotografia podemos observar mais um dos belos gaviões da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 23 de setembro de 2011 no município de Petrolina, PE.

O fato

A beleza é uma das características das aves de rapina da caatinga. Entre estas, temos o gavião casaca-de-couro, gavião-fumaça, gavião-telha, o gavião-pega-pinto, o gavião carijó, entre outros. A maior parte dessas aves é solitária com domínio exclusivo de seus territórios. O gavião da fotografia parece muito com um falcão peregrino (Falco peregrinus). Contudo, em função da distância em que foi visualizado, não podemos confirmar sua espécie. Como há registros da ocorrência de falcões peregrinos a partir do fim de setembro em muitas regiões do Brasil, pode ser que este exemplar da fotografia seja um falcão peregrino. O nome dos gaviões geralmente é colocado em função das formas de captura das presas e da região onde foi observado pela primeira vez. A presença dos gaviões na caatinga não ocorrência com freqüência, o que tem colocado algumas das espécies de gaviões da caatinga na lista de aves em extinção.

sábado, 24 de setembro de 2011

O beija-flor na flor do mulugu




A foto

Nesta fotografia, podemos observar um beija flor na flor do mulungu. A fotografia foi obtida na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE em 22 de setembro de 2011.

O fato

O mulungu (Erythrina mulungu) e (Erythrina verna) é uma das plantas da caatinga que inicia sua floração no período de seca. Suas flores têm a predominância da cor laranja e vermelha e é muita visitada por insetos e pássaros e beija-flores. O beija-flor ou colibri com seu bico alongado alimenta-se de néctar das flores de muitas plantas da caatinga. Das aves que visitam as flores da caatinga em busca de alimentos, os beija-flores são os mais conhecidos. As flores do mulugu visitadas por beija-flores apresentam cores vivas, com tonalidades que variam do vermelho ao alaranjado. Assas características contribuem para que na visitação os beija-flores contribuam com a polinização desta espécie. Alguns pássaros consomem partes das flores do mulugu.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O crescimento do feijão de porco em diferentes substratos




A foto

Nesta fotografia, podemos observar plantas de feijão de porco aos 120 dias de crescimento. A fotografia foi obtida na Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE, em 6 de dezembro de 2010.

O fato

Entre as espécies de leguminosas para adubação verde, as mais utilizadas no Brasil, o feijão de porco (Canavalia ensiformes L.) e a cotralária (Crotalaria juncea) são as que mais se destacam.  Essas leguminosas possuem elevado potencial como adubos verdes, principalmente pelo rápido crescimento e adaptação as mais diversas condições edafoclimáticas. O feijão de porco apresenta grande adaptação às diferentes altitudes e variabilidades climáticas como precipitações que vão até 1200 mm/ano. Contudo é bastante resistente a seca e condições de umidade. O feijão de porco é uma leguminosa anual, herbácea, originária da América tropical, rústica, rasteira e apresenta um crescimento lento. É resistente às altas temperaturas e à seca. Não tem boa palatabilidade, sendo, portanto pouco usada como pastagem. Outra característica do feijão de porco é a produção de grandes vagens, que, se consumidas em quantidade, podem ser tóxica aos animais. Sua semente quando cozida é consumida pelo homem. Em um trabalho de pesquisa realizado na Embrapa Semiárido, foram testados diferentes substratos, com o objetivo de verificar os que proporcionassem melhores condições para a germinação e emergência de plântulas de feijão de porco (Canavalia ensiformes L.). Avaliaram-se aos 30, 60, 90 e 120 dias após a semeadura, a percentagem de emergência das plântulas (G), o índice de velocidade de germinação (IVG) e o crescimento das plântulas. O delineamento estatístico utilizado foi de blocos ao acaso, com seis substratos (areia), (solo), (areia + solo), (solo + esterco de bovino), (areia + esterco de bovino) e (areia + solo + esterco de bovino). Foram realizadas avaliações de emergência das sementes, do índice de velocidade de germinação das plântulas e do crescimento. Verificaram-se diferenças significativas nos percentuais de emergência entre os tratamentos no período de observação. Os substratos compostos com areia, solo e esterco apresentaram as maiores taxas de emergência e índice de velocidade de emergência. Em relação ao desenvolvimento do sistema radicular do feijão de porco, verificou-se que no substrato com solo, todas as plantas apresentaram os maiores valores em termos de comprimento. O crescimento em altura do feijão de porco foi influenciado pelos diferentes substratos analisados.