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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O pássaro cancão bebendo água na caatinga


As fotos
Nestas fotografias podemos observar pássaros cancão bebendo água na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.








Os fatos
 O cancão é uma ave da ordem Ciconiiformes, família Falconidae, pertencente ao gênero Daptrius. Na caatinga do Nordeste, o cancão é o principal observador de tudo que acontece nada passa despercebido deste pássaro. Quando alguma coisa estranha ocorre, o cancão é o primeiro que da o sinal e chama atenção dos demais animais. É onívoro. O cancão alimenta-se de quase tudo que encontra na caatinga, más da preferência a ovos de outros pássaros e larvas de insetos encontradas em ocos e em baixo das folhas que caem ao chão. Na caatinga, este pássaro é o principal consumidor dos frutos das cactáceas, tais como, mandacaru, xiquexique e facheiro. O cancão também conhecido como a gralha da caatinga, pela semelhança com a gralha que dispersa sementes de pinheiros na região Sul do Brasil. O cancão normalmente vive em bandos de 3 a 5 pássaros. Quando o cancão encontra uma fonte de água na caatinga, eles fazem uma verdadeira festa.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A seca e os animais silvestres da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns animais silvestres da caatinga bebendo água. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.










Os fatos


No Sertão de Pernambuco, a seca já começou. A caatinga já apresenta planta com folhas secas e os barreiros estão secando. De janeiro até agora, choveu um total de 254,5 mm. No mês de janeiro choveu 20 mm. Em fevereiro foram registrados 16,1 mm e 44,1 mm no mês de março. Já no mês de abril as chuvas foram de 129,7 mm. No mês de maio choveu 27 mm e no mês de junho não foi registrada nenhuma precipitação. No mês de julho choveu um total de 17,1 mm e agosto, até o momento (17/08/2015) choveu 0,5 mm. Com o aumento das temperaturas durante o período diurno, muitos animais silvestres já procuram água para beber com mais frequência. Os animais mais vistos são os veados, as raposas, as juritis, o gato do mato, etc.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

O macassar de feijão-caupi na caatinga


As fotos

Nestas fotografias podemos observar o preparo de um macassar.  As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.






Os fatos

No interior do Nordeste, existe uma tradição de preparo de uma comida chamada de “Macassar”. É composta de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp., também conhecido como feijão-macássar ou macassar, arroz, costela e temperos diversos. Em outras regiões do País essa comida é conhecido como feijão tropeiro. Normalmente, o macassar é preparada quando os agricultores estão realizando trabalhos como colheita de grandes áreas, construção de cercas, desmatamento e outras atividades típicas do Sertão que envolve muitos trabalhadores. O macassar é fácil de preparo e ocupa poucas pessoas. Os ingredientes básicos são: feijão macassar, arroz, costela, charque, cebolinha, coentro, alho, etc. Tudo é colocado em uma grande panela e levada ao fogo de lenha. É claro que não pode faltar uma boa cachaça.

A floração do sete-cacas na caatinga


As fotos

Nestas fotografias podemos observar a floração do sete-cascas na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.








Os fatos


Até o momento, já choveu um total de 253 mm no Sertão do São Francisco. Esse volume não é suficiente para repor a falta de chuva dos anos anteriores, todavia, tem contribuído para melhoria das condições da fauna e flora da caatinga. Do dia 1 de janeiro até hoje, ocorreram 21 dias com chuvas e 175 sem qualquer precipitação. Na  caatinga a maioria das plantas já iniciaram a queda das folhas. Todavia, basta ocorrer uma chuvinha qualquer que a paisagem muda de aspecto. Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, pode-se observar os locais onde a chuva caiu pelo surgimento da floração do sete-cascas (Tabebuia spongiosa). A espécie sete-cascas, pertencente à família Leguminosae Mimosoideae, podendo atingir de 6 a 10 m de altura na caatinga. É uma espécie secundária com crescimento rápido. Esta planta é de uma beleza ímpar. Suas flores amarelas mudam o cenário de seca para uma paisagem de alegria e beleza. As flores são visitadas por abelhas e pássaros que contribuem para sua polinização. Embora existam outras variedades de ipês de flores amarelas, o sete-cascas só é encontrada nas caatingas sertanejas. Normalmente essa espécie floresce nos meses de outubro a dezembro, quando da ocorrência das trovoadas (as primeiras chuvas no Sertão). As flores que são vistas nestas fotografias surgiram depois da ocorrência de uma chuva no dia 6 de julho num total de 16,1 mm.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

O gato do mato vermelho da caatinga


As fotos

Nestas fotografias podemos observar uma fêmea de gato do mato vermelho com dois filhotes e um macho adulto na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE. 







Os fatos


Entre os felinos silvestres da caatinga, o gato do mato é um dos mais belos. Na caatinga, destacam-se o gato-do-mato-pequeno, o gata-maracajá e gato-mourisco. Para os agricultores que residem na caatinga e criam seus animais domésticos como galinhas, ovelhas e bodes, os gatos do mato é um problema sério em períodos de seca severa. O gato do mato invade os galinheiros para comer pintos e galinhas, como também matam os borregos e cabritos jovens na caatinga. Muitos agricultores arma armadilhas para capturar esses animais na busca de reduzir o prejuízo com a morte de suas criações. Ocasionalmente, esses animais são mortos por veículos à noite nas rodovias que atravessam a região. O gato mourisco (Puma yagouaroundi) ou gato vermelho é um animal de pequeno porte, que apresenta uma longa calda, o que faz este ser chamado pelos agricultores de gato do rabo grosso. Possui coloração uniforme amarronzada-negra, acinzentada ou vermelho-amarelada.

O ninho do quero-quero na caatinga


As fotos
Nestas fotografias podemos observar um ninho de quero-quero com ovos e as cenas dos queros-queros quando alguém se aproxima do ninho. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.






Os fatos
O quero-quero ou tetéu (Vanellus chilensis) é uma ave da ordem dos Ciconiiformes (anteriormente Charadriiformes), pertencendo à família dos Charadriidae. É uma pequena ave que se caracteriza, principalmente pelo colorido geral cinza-claro na cabeça, peito e na cauda. Uma característica do quero-quero é a defesa do ninho. De modo geral o quero-quero aparece na caatinga no período das chuvas. Faz seu ninho no meio do campo sem qualquer proteção. A fêmea normalmente fica sobre os dois ovos e o macho em volta. Quando qualquer animal ou pessoa se aproxima, estes fazem uma verdadeira guerra para defender o ninho. Uma coisa intrigante é que o quero-quero fica totalmente exposto ao sol sobre o ninho. Os ovos são postos durante a primavera em um ninho feito no solo. Como os ovos têm a casca pintada com manchas escuras, muitas vezes são pisados por pessoa ou outros animais. O macho é agressivo e ataca qualquer coisa que se aproxima do ninho. Na foto podemos ver um pequeno filhote de quero-quero.