A foto
Nesta fotografia podemos ver a água escorrendo pelo extravasor ou ladrão de uma cisterna. A fotografia foi obtida no dia 15 de abril de 2010 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.
O fato
O começo do ano de 2010 não foi muito promissor para os agricultores do sertão nordestino. Em dezembro de 2009 foram registradas três ocorrências de chuvas na região, sendo 20,8 mm no dia 2, 34,7 mm no dia 26 e 6,6 mm no dia 30 de dezembro. Com estas chuvas, acreditava-se que o verão ia ser normal, isto é, haveria muita chuva nos meses de janeiro, fevereiro e março. Na comunidade de Barreiros em janeiro não foi registrada nenhuma ocorrência de chuva. Em fevereiro choveu nos dias 6 (4,2 mm), 7 (4,1 mm) e no dia 26 (45,3 mm), totalizando 53,6 mm. Os agricultores que plantaram com as chuvas de dezembro de 2009, perderam sua lavoura com a seca de janeiro e o forte calor de fevereiro. Ainda havia esperança de que no mês de março as chuvas fossem normais, contudo neste mês ocorreram somente 6 precipitações, sendo 2,5 mm no dia 1, 70,6 mm no dia 6, 11 mm no dia 7, 13,7 mm no dia 20, 21,3 mm no dia 22 e 2,1 mm no dia 23 de março, num total de 121,2 mm. Tomando-se como base as chuvas dos anos anteriores, março de 2010 não foi bom para chuva. Os agricultores que plantaram, novamente no final de fevereiro, ficaram muito contentes com as chuvas de março, embora, em termos de volume, tenha sido muito pequeno. Em abril as chuvas que ocorreram nos primeiros 15 dias foram bastante significativas, sendo 7,5 mm no dia 2, 10,3 mm no dia 4, 57,3 mm no dia 8, 42,9 mm no dia 9 e 14 mm no dia 15 de abril. Até este momento, foi registrado um total de 306,8 mm na comunidade. Essas chuvas contribuíram para o acúmulo de um volume significativo de água nas cisternas da comunidade como podemos ver na residência do senhor Alírio Macêdo, a cisterna transbordando. Se faltar água para a lavoura, pelo menos haverá água para o consumo da família.
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