A foto
Nesta fotografia podemos observar um rebanho de caprinos na caatinga seca. A fotografia foi obtida em 15 de outubro de 2003 na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.
O fato
A região semiárida do Nordeste é constituída por várias sub-regiões, onde predominam uma grande diversificação de clima, vegetação, solo, água e de aspectos socioeconômicos. Todavia, quando há longos períodos de estiagem, toda região sofre com as calamidades da seca. Nessas regiões algumas espécies como a juerminha (Desmanthus virgatus, L. Willd), a faveira (Parkia platycephala Benth), o juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart), o imbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda), o mororó (Bauhinia cheilantha, Bong. Steud.), o feijão bravo (Capparis flexuosa L.), a maniçoba (Manihot pseudoglaziovii Pax & K. Hoffm.), o pau-ferro (Caesalpina férrea Mart.), a favela (Cnidoscolus phyllacanthus Pax & H. Hoffm.) entre outras, são de grande importância para o pastoreio dos animais, principalmente para os caprinos na época de estiagem que ocorre na região. Os caprinos são à base de sustentação econômica da maioria dos pequenos agricultores da caatinga. Por outro lado, muitos agricultores têm um rebanho grande de animais em relação à área de sua propriedade. Este fato tem gerado muitos problemas, principalmente, porque em algumas comunidades os animais são criados soltos na caatinga. De modo geral, os animais passam o dia na caatinga e voltam para o aprisco no final da tarde para beber água e consumir alguma ração ou sal mineral. Contudo, no mês de agosto e setembro quando tem início o período de seca, a situação dos agricultores é muito difícil para alimentar seus animais, como podemos ver na fotografia, os animais indo para caatinga que está praticamente seca. O rebanho de caprinos da região semiárida esta estimado em mais de 8,3 milhões de cabeças. Este rebanho vive em sistemas de pastejo extensivo, onde a caatinga é o principal sustentáculo para os rebanhos.
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