As fotos
Nestas fotografias
podemos observar uma agricultora segurando um pequeno pé de feijão que sobrou
na roça, uma área de plantio com milho murcho por falta de água, caprinos em busca de alimentos no pasto seco e um barreiro sem água. As
fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE, após o mês de
fevereiro sem chuvas.
Os fatos
Hoje, 28 de fevereiro
de 2013 é um dia triste na história do Sertão de Pernambuco, visto que, esse
foi o único mês de fevereiro que não choveu nos últimos 30 anos em algumas
áreas do Sertão. Para muitos agricultores este mês foi desolador, pois as
lavouras plantadas com as chuvas de janeiro não suportaram a falta de chuvas e
as altas temperaturas que assolaram a região neste mês. Em alguns municípios do
Sertão embora tenha ocorrido chuvas como em Araripina com 57 mm, Exu com 69,6
mm e Santa Cruz da Baixa Verde com 42 mm, segundo dados da APAC (Agência
Pernambucana de Águas e Clima), a seca continua com consequências graves,
principalmente para os criadores de bovinos, cujo rebanho tem registrado as
maiores perdas até o momento. No Sertão de
Pernambuco os meses de fevereiro e março são considerados os mais chuvosos. Em
2011 e 2012 tivemos a ocorrência de 87,2 e 84,7 mm, respectivamente. Já em 2004
tivemos um total de 255,6 mm no mês de fevereiro, seguido por 2007 com 245 mm e
2009 com um total de 257,1 mm no mês de fevereiro. O ano de menor ocorrência de
chuvas em fevereiro no Sertão foi de 3,1 mm em 1984. Estamos com um quadro que
pode ser considerado de “seca verde”, isto é, parte da caatinga esta verde onde
choveu no mês de janeiro e outra ainda enfrenta as consequências da seca de
2012. Por outro lado, na área verde, não há água para o consumo dos animais e
para o cultivo das principais lavouras da região como o milho e o feijão. Amanhã
uma nova esperança surge nos sertões do Nordeste, o mês de março. Este mês normalmente
é chuvoso, contudo, as previsões não são boas. Resta aos sertanejos apelar para
que São José traga muita chuva no seu dia.
Um comentário:
Pois é Nilton o cenário é triste mas, mesmo sabendo do baixo índice pluviométrico e secas presentes quase como uma constante, em um espaço de a cada 8,9 ou 10 anos uma estiágem, o que mais me deixa indignado é a falta de preparação e providências sabendo que,ou mais cedo ou mais tarde ela vem.Se por um lado os órgãos govenamentáis são negligentes, muitas vezes o sertanejo é imprudente e despreocupado.Muitos preferem comprar supérfluos tecnológicos do que investir em equipamentos e estruturas que venham a garantir um impacto reduzido diante do flagelo da seca.Cadê a algaroba,a palma,os cilos,o feno,o mandacaru sem espinhos,a conservação das márgens dos rios para que, mesmo na seca obtenha-se água em poços.Quando tudo tá verde e alagado ninguém vê a "mata branca(caatinga)" lá na frente....eu quando puder possuir meu pedaço de terra no Sertão fazerei minha parte!
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