As fotos
Nestas fotografias
podemos observar alguns aspectos da seca no Sertão e plantas da caatinga que servem de alimentos para os animais na seca, como também o crescimento da leucena em diferentes substratos. As fotografias foram obtidas nos
municípios de Petrolina.
Os fatos
Entre as
alternativas adaptadas e desenvolvidas pelos pesquisadores brasileiros para
amenizar os efeitos das secas e a pouca oferta de proteína para os animais nos sertões
do Nordeste, uma da que mais se destacou foi o CBL, conhecido também como Banco
de Proteínas. Este sistema que têm com base o cultivo de algumas espécies
exóticas (Capim buffel e leucena, principalmente) associadas à vegetação
natural da caatinga, em muito tem contribuído para melhoria da alimentação dos
animais. A ideia central do CBL é que a vegetação da caatinga seja utilizada
pelos animais por um maior período com suplementações do capim buffel e da
leucena. Com as irregularidades das chuvas em 2012 e 2013, essas estratégias
não têm suportado a falta de chuvas e pouco contribuíram para amenizar a fome
dos animais. O CBL é bastante eficiente em períodos regulares de chuvas, todavia,
em períodos longos de estiagem, o capim buffel e a leucena não sobrevive, como
tem sido observado nestes dois anos de seca no Sertão. Há necessidade de
encontramos novas espécies de gramíneas e leguminosas que realmente sejam mais
adaptadas às condições adversas do Sertão, visto que temos regularidade no período
de seca. De modo geral, as variedades de capim buffel e leucena que foram
introduzidas no Nordeste dependem de regimes pluviométricos acima de 800 a
1.500 mm, o que não é realidade no Sertão nordestino. Em um trabalho de
pesquisa realizado recentemente, foram testados diferentes substratos, com o
objetivo de verificar os que proporcionam melhores condições para o
desenvolvimento de mudas de leucena. O delineamento experimental utilizado foi
em blocos ao acaso com cinco substratos (areia); (solo); (areia + solo); (areia
+ esterco); e (areia + solo + esterco), sendo as combinações em proporções de
50% de cada material com quatro repetições. O trabalho foi realizado de maio de
2012 a maio de 2013, em temperatura ambiente, na Embrapa Semiárido, em Petrolina,
PE. Foram realizadas avaliações a cada
30 dias até os 360 dias após o plantio da altura das plantas, da produção de
fitomassa verde e seca da parte aérea e das raízes. Verificou-se que nos
substratos onde houve combinação do solo com a areia e a matéria orgânica, as
plantas apresentaram maior desenvolvimento. Como na região semiárida do
Nordeste temos uma combinação de solos rasos e pobres em matéria orgânica e
pouca chuva, essas espécies podem não ser as mais indicadas para o cultivo.
Um comentário:
Amigo Nilton!!
Realmente,temos que pesquisar novas alternativas de forrageiras,para o semiárido nordestino;pois é praticamente impossível se praticar a pecuária,sem uma grande reserva alimentar,seja por silagem,fenação,ou pasto natural...
No cariri paraibano(Minha região de origem),a leucena tem conseguido sobreviver a maior estiagem dos últimos 60 anos.Sabemos que ainda faltam pesquisas para aferir a sua real capacidade de resistência a seca,mas por aqui ela já tem me surpreendido de forma positiva.
Abração!
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
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