As fotos
Nestas fotografias
podemos observar um agricultor cortando e queimando mandacaru para alimentação de seus animais. As fotografias foram obtidas
no município de Petrolina, PE.
Os fatos
Com as irregularidades
das chuvas em 2012 e 2013 a oferta de alimentos para os animais na caatinga tem
sido a maior dificuldade enfrentada pelos agricultores. Em algumas regiões da
caatinga as poucas chuvas formaram um pouco de água que ainda atende as
necessidades de consumo dos animais, todavia, a falta de alimentos é a
principal causa da grande mortandade dos rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos
nos sertões do Nordeste. As estimativas apontam para a morte de mais de 900 mil
cabeças de gado, além de outros animais nos estados mais castigados pela seca. A
capacidade de suporte da caatinga já não existe mais. Resta aos agricultores à
coleta e a retirada de espécies nativas da caatinga como o mandacaru, o
xiquexique e a macambira para salvar o que restou de seus animais. Em muitas
comunidades a falta de água nos açudes, barragens e barreiros têm contribuído para
morte de sede dos animais no sertão nordestino. Todavia o governo federal junto
com os governos estaduais tem realizado ações no sentido de contribuir para
solução dos problemas enfrentados pelos agricultores, principalmente com o envio
de milho para os agricultores usarem na alimentação dos animais. Em Pernambuco
o governo estadual está desenvolvendo ações voltadas para o atendimento emergencial
dos animais com a oferta de palha de cana na região da Zona da Mata e Agreste e
de palha de milho no Sertão. No Sertão o milho está sendo produzido no
Perímetro Irrigado do Vale do São Francisco em uma área de 140 hectares no
Projeto de Irrigação de Bebedouro. Por semana, são colhidas quase 300 toneladas
de palha do milho, o suficiente para abastecer 40 caminhões que seguem para 14
municípios do Sertão do São Francisco e do Araripe.