A foto
Nestas fotografias podemos observar um tatu-peba na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.
O fato
Estudos realizados em áreas de caatinga nativa e degradados da região semi-árida do Nordeste têm observado pouca existência de plantas jovens de imbuzeiro. Este fato tem sido atribuído inicialmente aos danos causados pelo homem ao bioma caatinga, todavia, fazendo-se uma análise mais criteriosa, pode-se observar que outros fatores podem estar causando a redução no crescimento de plantas de imbuzeiro. Entre estes fatores, destacam-se os danos causados as mudas de imbuzeiro pelo tatu-peba. Este animal escava o solo em volta das plantas e consome o xilopódio das mudas, provocando sua morte. Em trabalhos realizados em uma área de 100 hectares de caatinga nativa no município de Petrolina, PE e 67 hectares de caatinga degradada no município de Casa Nova, BA, foi observado que na área de caatinga degradada os danos causados pelo tatu-peba as mudas de imbuzeiro foram de 67%, enquanto que na área de caatinga nativa, 98 das mudas foram consumidas pelos animais. As observações das pesquisas demonstraram que os animais comiam com maior facilidade as mudas plantadas em covas de 20 cm de profundidade. Mudas plantadas em covas de 20 a 40 cm e de 40 a 60 cm, foram danificadas em percentuais de 6,34% e 2,52%, respectivamente. Outra observação importante foi que quanto maior a idade da muda, 6, 12, 24 e 36 meses, menor dano é provocado pelo tatu-peba. Para obtermos esta foto, foram selecionadas diversas tocas de tatu e montado postos de observação. Quando os animais surgiam, eram acompanhados de certa distância em parte do seu deslocamento na caatinga. O tatu-peba, normalmente sai da toca entre as 17h30min às 18h40min horas, retornando entre as 03h50min e 04h30min. Em dias nublados e após a ocorrência de chuvas, os animais saem da toca durante o dia, fato que facilita as observações.
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