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quinta-feira, 29 de março de 2007

O extrativismo do fruto do imbuzeiro

A foto

Nesta foto, podem-se observar um grupo de agricultores realizando o extrativismo do fruto do imbuzeiro na caatinga. Para obter esta foto, foram realizados contatos com os agricultores para o acompanhamento dos mesmos durante a colheita de imbu. Normalmente, os agricultores saem de suas casas às 05h00min horas da manhã e deslocam-se até as áreas de ocorrência do imbuzeiro. A colheita é realizada até as 11h00min horas, quando o imbu colhido é levado para as margens das estradas onde é vendido para os atravessadores.
O fato
O fruto do imbuzeiro é uma fonte de alimento e renda para muitas famílias da região semi-árida do Nordeste. Os agricultores colhem os frutos no estádio de maturação "de vez", quando o fruto está no início da maturação. Algumas famílias utilizam o fruto do imbuzeiro para consumo próprio na forma de imbuzada ou produzem doces em massa e geléias. Contudo, a maioria dos agricultores colhem os frutos para venda. Os frutos são colhidos um a um e colocados em sacolas ou sacos com capacidade para 50 kg. Após a colheita os frutos são vendidos para atravessadores que transportam estes para os grandes centros urbanos da região, principalmente, para Feira de São Joaquim, em Salvador.
O extrativismo do fruto do imbuzeiro é praticado em toda região semi-árida do Nordeste, com destaque para o estado da Bahia, cuja produção de 8.252 ton/frutos, corresponde a 85% do total da produção brasileira, estimada em 9.613 ton/frutos na safra de 2004. O estado de Pernambuco é o segundo maior produtor com 767 ton/frutos, seguido pelos estados do Rio Grande do Norte com 257 ton/frutos, Piauí com 112 ton/frutos e da Paraíba com 93 ton/frutos. Na Bahia, esta atividade envolve em cada safra uma média de 10.427 famílias com recursos na ordem de 3,8 milhões de reais em cada safra. São 166 municípios da Bahia que produzem imbu, sendo o de Juazeiro o de maior produção (653 ton/frutos) imbu 2006. Todavia, a produção de Juazeiro, envolve parte da colheita de outros municípios do entorno, tais como, Jaguarari, Uauá e Curaçá.
Autor: Nilton de Brito Cavalcanti

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