Nestas fotografias podemos observar uma área com plantio de feijão irrigado com água de barreiro de salvação. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.
De
modo geral as primeiras chuvas chegam ao Sertão nos meses de outubro, novembro
e dezembro, prolongando-se até o mês de maio e junho. Após esse período, temos
a ocorrência da seca que só muda com a chegada das chuvas de outubro, todavia,
isto não é uma normalidade, temos anos onde outubro, novembro e dezembro,
praticamente não chovem. Por outro lado, nos últimos anos tem sido observado
que as chuvas na região semiárida do Nordeste, embora continuem com
irregularidade no tempo e no espaço, apresentam uma elevação do volume total.
Em 2011 as chuvas passaram de 596,9 mm. Em setembro de 2011 não foi registrada
nenhuma chuva. Em outubro ocorreu uma precipitação de 12,5 mm, porém as
elevadas temperaturas que ocorreram neste mês provocaram a evaporação rápida
dessa água. No mês de novembro ocorreu uma precipitação de 56,7 mm. Essa chuva
possibilitou o plantio de milho, feijão e abóbora, contudo, em novembro o calor
foi elevadíssimo e nada resistiu, visto que novas chuvas só vieram a ocorrer em
13 de dezembro. Muitos agricultores plantaram novamente, porém, em janeiro não
foi registrada nenhuma chuva e só no dia 13 de fevereiro choveu 35,7 mm na
região. Essa chuva não foi significativa para as lavouras plantadas em
dezembro, visto que, quase tudo já tinha morrido com o sol escaldante. Porém,
mais uma vez os agricultores fizeram outro plantio na esperança de que as
chuvas venham logo. Um detalhe muito importante neste cenário é que em algumas
comunidades do Sertão os agricultores tem utilizado algumas variedades de
feijão com elevada capacidade de resistência a falta de chuvas e parte dessas
plantas resistiram a falta de chuva chegando até o dia 13 de fevereiro. Assim,
ainda há esperança para alguns agricultores que as sementes plantadas em
dezembro de 2011 não sejam totalmente perdidas. Essas variedades resistentes
associadas às práticas agrícolas que possibilitam uma maior retenção das águas
das chuvas no solo como é o caso dos sulcos barrados e em curvas de nível,
podem contribuir para que os agricultores, mesmo em anos de irregularidades na
distribuição de chuvas possam colher alguma coisa. Outra alternativa é o
aproveitamento da água armazenada nos barreiros de irrigação de salvação para irrigar
os plantios durante os veranicos.
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