Nestas fotografias podemos ver a colheita de feijão em uma área de caatinga nos
primeiros dias de março. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.
Os fatos
O período
chuvoso no Sertão de Pernambuco tem início no mês de outubro com as primeiras
trovoadas. Em outubro de 2011 choveu 12,5 mm no dia 17. Essa chuva não foi
suficiente para mudar o cenário da seca, más contribuiu para formação de
pastagem para os animais e para floração de muitas plantas da caatinga. No mês
de novembro de 2011, choveu um total de 56,7 mm, sendo 48,7 mm no dia 2, 2,0 mm
no dia 4 e 6,0 mm no dia 9 de novembro. Com essas chuvas muitos agricultores
plantaram milho e feijão, todavia o período de estiagem estendeu-se até o dia
12 de dezembro e tudo que germinou não suportou as altas temperaturas deste
período. Nos dias 12, 13 e 14 de dezembro choveu um total de 37,5 mm e outra
vez os agricultores realizaram o plantio de milho e feijão. Com essas chuvas,
realizamos o plantio de feijão em uma área de caatinga na Estação Experimental
da Caatinga na Embrapa Semiárido. Para o plantio o solo foi preparado com uma
aração e em seguida foi passada uma grade. O feijão foi plantado no sistema de
sulcos em curva de nível, conhecidos como “Sistema Guimarães Duque”. Esse
sistema de plantio permite que um maior volume de água fique acumulado no solo
e favoreça o crescimento das plantas. O feijão iniciou a germinação no dia 19
de dezembro. No mês de janeiro de 2012 não ocorreu nenhuma chuva na área do
experimento. Neste período, as plantas não cresceram muito e algumas morreram.
No dia 1 de fevereiro de 2012 foi registrada uma precipitação de 0,3 mm que não
alterou a situação na região. As chuvas voltaram a ocorrer nos dias 10, 11 e 12
de fevereiro com 14,2 mm, 5,0 mm e 8,5 mm, respectivamente. Essas precipitações
tiveram um papel muito importante na sobrevivência das plantas de feijão. No
dia 19 de fevereiro ocorreu uma precipitação de 56,5 mm que foi suficiente para
que o feijão florasse e iniciasse a formação das vagens. No mês de março foi
registrada uma precipitação de 1,5 mm no dia 7 e 19,1 mm no dia 19 de março. No
total foram 142,6 mm registrados na área do experimento até o início da
colheita. Esses resultados são animadores, visto que, essas variedades de
feijão associadas às práticas de manejo do solo que favorecem a captação de um
maior volume de água no solo podem possibilitar a garantia de safra em anos de
irregularidades climáticas severas.
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