As fotos
Nesta fotografia, podemos observar um barreiro sem água na caatinga no mês de fevereiro. A fotografia foi obtida no dia 2 de fevereiro de 2012 no município de Petrolina, PE.
Os fatos
O início do ano de 2012 não tem sido muito promissor em termos de chuvas para o Sertão de Pernambuco. Em janeiro não foi registrada nenhuma precipitação no Campo Experimental da Embrapa Semiárido e fevereiro começa sem chuvas. Considerando que a média histórica para esses dois meses é de 95,7 mm para o mês de janeiro e de 85,4 para o mês de fevereiro, as chuvas não estão prometendo. O mês de janeiro que mais choveu nos últimos 27 anos foi em 2004 quando foram registrados 431 mm e em 2009 choveu 257,1 mm nessa região. Como nosso período de maior concentração de chuvas ocorre até o mês de maio, espera-se que chova muito até lá para que a média de 522,1 mm seja alcançada. Em 2011 as chuvas passaram de 596,9 mm. A média de anos com chuvas acima de 500 mm já esta sendo uma normalidade. Em janeiro de 2011 foram registradas cinco ocorrências de chuvas na região com um total de 66,2 mm, sendo as mais significativas no dia 21 com 14 mm e no dia 24 com 46,3 mm. Esse total é menor que a média de 29 anos que é de 93,3 mm para o mês de janeiro. Todavia, essas chuvas não salvarão as plantações de milho e feijão de dezembro de 2010, visto que, as plantas não resistiram às altas temperaturas. Em fevereiro ocorreram seis chuvas, sendo as mais importantes no dia 25 com 27,9 mm e no dia 28 com 44,0 mm. Neste mês choveu um total de 87,2 mm. A média de chuvas para fevereiro de 1982 a 2010 é de 83,8 mm. Contudo, no período de 1 a 24 de fevereiro, o sol foi muito forte e eliminou as pequenas plantas de milho e feijão que ainda resistiam. Muitos agricultores eliminaram o que restava do plantio de dezembro e realizam um novo plantio com a esperança de chuvas para março e abril. Em março foi registrado um total de 77,5 mm, sendo 31,3 mm no dia 5 e 30 mm no dia 28. A média de março é de 131,2 mm. Assim, as chuvas ficaram muito abaixo da média para região. No mês de abril, choveu 153,4 mm na região. Essas chuvas possibilitaram o crescimento e uma boa produção para o milho e feijão dos agricultores que plantaram no mês de fevereiro. Até o dia 30 de abril de 2011, já havia ocorrido um total de 384,3 mm. Embora essa chuva não tenha proporcionado um acúmulo de água nos açudes e barreiros, foi suficiente para encher todas as cisternas até o mês de abril. Nos meses de maio choveu 74,7 mm, em junho 2,8 mm e julho 0,7 mm. No mês de agosto, foi registrada uma precipitação de 20,8 mm. Essa chuva foi muito importante, visto que a caatinga já estava iniciando sua fase seca. Em setembro não foi registrada nenhuma chuva. Em outubro ocorreu uma precipitação de 12,5 mm, porém as elevadas temperaturas que ocorreram neste mês provocaram a evaporação rápida dessa água. No mês de novembro ocorreu uma precipitação de 56,7 mm. Essa chuva possibilitou o plantio de milho, feijão e abóbora, contudo, em novembro o calor foi elevadíssimo e nada resistiu, visto que novas chuvas só vieram a ocorrer em 13 de dezembro com um total de 44,9 mm. Com essas chuvas a região registrou um total de 596,9 mm em 2011.