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quarta-feira, 25 de abril de 2007

O consumo da favela pelos caprinos na caatinga


As fotos


Nestas fotografias, podemos observar caprinos consumindo brotos e casca da favela no período de seca. A fotografia foi obtida na comunidade de Xiquexique no município de Curaçá, BA, em 2005.






Os fatos


A favela (Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax. Et K. Hoffman) é uma forrageira nativa das caatingas do Nordeste com sua distribuição geográfica nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, muito consumida pelos animais, principalmente no período de seca. A favela é arbusto de grande porte da família das EUPHORBIACEAE com ramos lenhosos e crassos, com porte variando de 3,5 a 7,8 m, esgalhada irregularmente e armada com espinhos nas folhas. Quando os ramos são cortados, exsudam látex branco. Suas folhas são simples, alternas, espessas, lanceoladas, nervuras com espinhos urticantes. As flores são alvas, hermafroditas. Os animais consomem as folhas maduras quando estas caem no chão no final do período de chuvas. Na seca, alimentam-se dos brotos e casca da favela. Suas sementes são consumidas por animais silvestres e pelos caprinos que regurgitam as cascas nos apriscos. Em uma pesquisa para se verificar o consumo de favela pelos animais na caatinga no período de seca nas comunidades de Xiquexique, Pedreira e Pirajá no município de Curaçá – BA, no período de setembro a outubro de 2005. Foi observado o consumo da favela pelos caprinos nas três comunidades. Os animais ramoneiam a favela no período entre as 8 e 10 horas da manhã, consumindo, principalmente os brotos e a casca. Os agricultores informaram que no período de maio a julho quando as folhas maduras da faveleira caem os animais dão preferência a este tipo de alimentos. Na comunidade de Xiquexique os agricultores estão evitando o corte da favela para garantir alimentos para os animais na seca. Quanto à ocorrência da favela nas comunidades, observou-se uma variação de 12 a 68 plantas/ha, sendo de 11 a 68 plantas/ha na comunidade do Xique-xique, 10 a 41 plantas/ha em Pedreira e de 37 a 58 plantas/ha na comunidade de Pirajá.

10 comentários:

Ubirajara Rodrigues disse...

Nilton,
Não sei se você leu uma mensagem que enviei para o seu e-mail no ano passado. Agora voltei no seu blog para reeler sobre a planta "favela". É um informação de extrema importância, tangendo a coisa da "soberania nacional", haja visto tantos outros produtos como cupuaçu,açaí,camu-camu;plantas medicinais,etc, que já são de exclusiva exploração dos Estados Unidos da América, do Japão, da Inglaterra... Temos que abrir o olhos nesta altura dos 508 anos de solapamento deste país incrível, que ainda tem muitas riquezas naturais. Caso contrário estaremos fadados a apenas virmos a ser um arremedo de nação.
Fiz um link desta sua matéria com a nota que escrevi sobre a planta "favela" no meu blog.
Nilton, li todas as suas matérias. Continue escrevendo sem se importar se fazem comentários ou não. Pois muitas pessoas gostam muito de ler, mas sem se importar em fazer comentários.
Um abraço.

Ubirajara Rodrigues disse...

Título da nota sobre a planta "favela" no meu blog: FAVELA: PLANTA PODEROSA

Anônimo disse...

Gostei da favela, do autor do blog e do que disse o Ubirajara. Sou apenas médico.Criei-me com os irmãos e pais passando os meses chuvosos no Sertão de Canindé. Seu artigo é oportuno. Mas deve colocar no blog uma foto com a favela verde, viva. Foi de sua existência, no Alto da Favela,em Canudos,Bahia,que se firmou a denominação de um morro no Rio de Janeiro. Daí em diante, temos os milhares de favelas disseminadas pelo Brasil sem dono e sem vergonha.

Anônimo disse...

Não conhecia este Blog.
Fui procurar no Google para obter uma unica informação: o tamanho do arbusto.
Em Minas (norte de minas) tem num universo muito pequeno a mata seca,que e´a transiçao do cerrado com a caatiga onde se encontra a favela.
Há uns 12 anos atras estava tendo grande desmate com esta forrageira.O sub-produto desta, tem componente para a fabricaçao de anticoncpcional.

Anônimo disse...

esta favela e a mesma planta que aqui na região da caatinga do sudoeste baiano, regiaõ de catingal chamamos de cansanção e que é muito apreciado pelos os animais.

Unknown disse...

Boa tarde gostaria de saber se poder ser feito chá dessa planta favela

Anônimo disse...

Fiquei admirada em saber que existia esta planta.Adorei.

Anônimo disse...

ja esiste alguma empresa que investe nesta ideia?

Unknown disse...

tenho 20 duzias de favela

Unknown disse...

Na década 70, esta planta foi pesquisada seu valor nutritivo e medicinal pelo Sr. Pimentel, que era fiscal de empréstimos rural do antigo Baneb. Creio que seus estudos devem ser encontrados em algum arquivo. Pesquisei no Google mas não encontrei.