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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A seca e a esperança dos sertanejos nas trovoadas de outubro

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns animais mortos por falta de alimentos, agricultores cortando e queimando mandacaru para alimentação de seus animais, um barreiro sendo construído e outro com um pouco de água, poças de água de chuva em uma estrada do Sertão e animais bebendo a última água de um barreiro e um agricultor coletando água em um pequeno açude. As fotografias foram obtidas nos municípios de Petrolina e Arcoverde, PE.







Os fatos



Neste final de inverno e início de primavera a seca aumenta de intensidade na região semiárida do Nordeste. No Estado de Pernambuco, segundo dados da APAC (Agência Pernambucana de Água e Clima) as chuvas ocorridas até o final de agosto foram significativas para toda Zona da Mata e Agreste. Nestas regiões, principalmente no Agreste a formação de pastagens para os animais pode transformar o cenário de desolação provocado pela seca de 2012. Há muito pasto e os animais estão recuperando parte do peso perdido. Todavia, há pouca água armazenada. Isto ainda é motivo de preocupação para muitos criadores da região. Por outro lado, no Sertão a seca aumenta de intensidade com a elevação das temperaturas no início de setembro. Em termos de precipitação de janeiro a agosto de 2013 em  Pernambuco, embora tivemos regiões que praticamente não choveu, há registro significativos em muitas localidades do Sertão, Agreste e Mata. No Sertão, o acumulado médio do ano foi de 283,9 mm. Os maiores volumes acumulados foram em: Araripina (730,6 mm), Triunfo (643,5 mm), Quixaba (563,5 mm),  e Exu (492,2 mm). Já os menores registros ocorreram em: Petrolina (89 mm), Belém de  São Francisco (102 mm) e Floresta (102,8 mm). No Agreste, a pluviometria média acumulada até 30 de agosto foi de 480,4 mm. Nesta região, os maiores acumulados de chuva foram em São Vicente Férrer (1.224,3 mm), Bom Jardim (787 mm), João Alfredo (747,6 mm) e Brejão (726,3 mm). Na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata, o acumulado médio destas  regiões foi 1.580 mm e 1.174,7 mm respectivamente. Os maiores acumulados entre janeiro e agosto ocorreram em: Recife (1.907 mm) Camaragibe (1.887 mm), Cabo (1.821 mm), Jaboatão dos Guararapes (1.818 mm), e Ipojuca (1.699 mm). Embora as regiões do Sertão de Pernambuco e do Sertão do São Francisco apresentem uma precipitação muito abaixo da média histórica, as consequências da seca para o Estado será menor que as da seca  de 2012, visto que, as regiões mais produtoras, Mata e Agreste receberam chuvas significativas. A capacidade da caatinga para alimentar os rebanhos já não existe mais, todavia, o sertanejo espera que já no mês de outubro ocorram as primeiras trovoadas no Sertão e todo esse cenário pode mudar.