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domingo, 25 de setembro de 2011

Mais um belo gavião da caatinga


A foto

Nesta fotografia podemos observar mais um dos belos gaviões da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 23 de setembro de 2011 no município de Petrolina, PE.

O fato

A beleza é uma das características das aves de rapina da caatinga. Entre estas, temos o gavião casaca-de-couro, gavião-fumaça, gavião-telha, o gavião-pega-pinto, o gavião carijó, entre outros. A maior parte dessas aves é solitária com domínio exclusivo de seus territórios. O gavião da fotografia parece muito com um falcão peregrino (Falco peregrinus). Contudo, em função da distância em que foi visualizado, não podemos confirmar sua espécie. Como há registros da ocorrência de falcões peregrinos a partir do fim de setembro em muitas regiões do Brasil, pode ser que este exemplar da fotografia seja um falcão peregrino. O nome dos gaviões geralmente é colocado em função das formas de captura das presas e da região onde foi observado pela primeira vez. A presença dos gaviões na caatinga não ocorrência com freqüência, o que tem colocado algumas das espécies de gaviões da caatinga na lista de aves em extinção.

sábado, 24 de setembro de 2011

O beija-flor na flor do mulugu




A foto

Nesta fotografia, podemos observar um beija flor na flor do mulungu. A fotografia foi obtida na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE em 22 de setembro de 2011.

O fato

O mulungu (Erythrina mulungu) e (Erythrina verna) é uma das plantas da caatinga que inicia sua floração no período de seca. Suas flores têm a predominância da cor laranja e vermelha e é muita visitada por insetos e pássaros e beija-flores. O beija-flor ou colibri com seu bico alongado alimenta-se de néctar das flores de muitas plantas da caatinga. Das aves que visitam as flores da caatinga em busca de alimentos, os beija-flores são os mais conhecidos. As flores do mulugu visitadas por beija-flores apresentam cores vivas, com tonalidades que variam do vermelho ao alaranjado. Assas características contribuem para que na visitação os beija-flores contribuam com a polinização desta espécie. Alguns pássaros consomem partes das flores do mulugu.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O crescimento do feijão de porco em diferentes substratos




A foto

Nesta fotografia, podemos observar plantas de feijão de porco aos 120 dias de crescimento. A fotografia foi obtida na Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE, em 6 de dezembro de 2010.

O fato

Entre as espécies de leguminosas para adubação verde, as mais utilizadas no Brasil, o feijão de porco (Canavalia ensiformes L.) e a cotralária (Crotalaria juncea) são as que mais se destacam.  Essas leguminosas possuem elevado potencial como adubos verdes, principalmente pelo rápido crescimento e adaptação as mais diversas condições edafoclimáticas. O feijão de porco apresenta grande adaptação às diferentes altitudes e variabilidades climáticas como precipitações que vão até 1200 mm/ano. Contudo é bastante resistente a seca e condições de umidade. O feijão de porco é uma leguminosa anual, herbácea, originária da América tropical, rústica, rasteira e apresenta um crescimento lento. É resistente às altas temperaturas e à seca. Não tem boa palatabilidade, sendo, portanto pouco usada como pastagem. Outra característica do feijão de porco é a produção de grandes vagens, que, se consumidas em quantidade, podem ser tóxica aos animais. Sua semente quando cozida é consumida pelo homem. Em um trabalho de pesquisa realizado na Embrapa Semiárido, foram testados diferentes substratos, com o objetivo de verificar os que proporcionassem melhores condições para a germinação e emergência de plântulas de feijão de porco (Canavalia ensiformes L.). Avaliaram-se aos 30, 60, 90 e 120 dias após a semeadura, a percentagem de emergência das plântulas (G), o índice de velocidade de germinação (IVG) e o crescimento das plântulas. O delineamento estatístico utilizado foi de blocos ao acaso, com seis substratos (areia), (solo), (areia + solo), (solo + esterco de bovino), (areia + esterco de bovino) e (areia + solo + esterco de bovino). Foram realizadas avaliações de emergência das sementes, do índice de velocidade de germinação das plântulas e do crescimento. Verificaram-se diferenças significativas nos percentuais de emergência entre os tratamentos no período de observação. Os substratos compostos com areia, solo e esterco apresentaram as maiores taxas de emergência e índice de velocidade de emergência. Em relação ao desenvolvimento do sistema radicular do feijão de porco, verificou-se que no substrato com solo, todas as plantas apresentaram os maiores valores em termos de comprimento. O crescimento em altura do feijão de porco foi influenciado pelos diferentes substratos analisados.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A borboleta na flor do imbuzeiro





A foto

Nesta fotografia, podemos observar uma bela borboleta na floração do imbuzeiro. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE, em 28 de novembro de 2002.

O fato

No período de seca no Sertão do Nordeste, a natureza nos proporciona um espetáculo belíssimo com a floração do imbuzeiro. São inúmeras plantas que se destacam de longe na paisagem pela brancura de sua floração no meio de uma vegetação seca e sem folhas. É assim que a paisagem do Sertão fica com a floração do imbuzeiro. São milhões de flores que tem uma importância muito grande para a fauna o flora da região. Suas flores são fonte de alimentos para uma enorme quantidade de insetos da caatinga, com destaque para as abelhas, vespas, borboletas, etc. O imbuzeiro perde as folhas logo depois do inverno, e assim evita a transpiração. O período sem folhas é de aproximadamente 35 dias, esse estágio é conhecido como estado de dormência vegetativa, todavia a planta retira dos xilopódios cheios de reservas nutritivas o que necessita para sua reprodução. Normalmente ocorrem algumas chuvas nos meses de agosto e setembro, o que os agricultores chamam de chuvas da floração do imbuzeiro e  modificam a temperatura e a umidade relativa do ar, acelerando o metabolismo da planta com o aparecimento das primeiras flores e folhas. É nesse momento que ocorre a visitação dos insetos a floração do imbuzeiro. A abertura da flor do imbuzeiro acontece normalmente durante a madrugada, da hora zero as quatro, sendo o pico de abertura às duas horas da madrugada, permanecendo abertas durante as primeiras horas da manhã quando são visitadas pelos insetos. Na fotografia podemos ver uma borboleta estaladeira (Hamadryas feronia Lennaeus). Essa espécie é muito conhecida pelo fato de sempre pousar de cabeça para baixo.

sábado, 17 de setembro de 2011

A floração do imbuzeiro no Sertão de Pernambuco




A foto

Nesta fotografia podemos observar uma planta de imbuzeiro com bastante flores. A fotografia foi obtida no dia 16 de setembro de 2010 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE

O fato

O imbuzeiro é uma das plantas da caatinga, que floresce e produz frutos na seca. A fenologia reprodutiva do imbuzeiro no Sertão de Pernambuco ocorre no período mais crítico e na ausência de precipitações. A floração do imbuzeiro normalmente ocorre nos meses de  julho a setembro, período em que a região semiárida enfrenta o início da seca que vai até o final de janeiro. Todavia, neste período, o imbuzeiro floresce, frutifica e produz seus frutos.  O período médio demandado entre o início da frutificação e a maturação dos frutos é de aproximadamente 125 dias. Na fotografia podemos ver uma planta com sua floração bastante desenvolvida já no mês de setembro de 2010. Desta forma, a safra do imbuzeiro é uma garantia para os agricultores, mesmo que ocorra pouca chuva na região.

O extrativismo do fruto do imbuzeiro no Sertão do Nordeste




A foto

Nesta fotografia, podemos observar agricultores na colheita do fruto do imbuzeiro. A fotografia foi obtida no distrito de Barrinha no município de Jaguarari, BA, em 3 de fevereiro de 2010.

O fato

Das inúmeras atividades desenvolvidas pelos agricultores familiares na região semiárida do Nordeste brasileiro, o extrativismo vegetal é uma das mais importantes.  Entre as plantas que proporcionam esta atividade temos: o babaçu, a piaçava, a  carnaúba, o licuri, o buriti, o pequi, o pinhão, a mangaba, o cajueiro, o angico, o  imbuzeiro, etc. Outra atividade extrativista significativa é a extração de madeira da caatinga para produção do carvão vegetal. Todas essas atividades são fontes complementares de renda para os agricultores, principalmente nos meses de seca que ocorrem na região. O extrativismo do fruto do imbuzeiro na região semiárida do Nordeste, que vai da colheita, comercialização, processamento de doces e polpas, movimenta valores de, aproximadamente R$ 6 milhões por no ano para economia regional. O imbuzeiro tem grande importância socioeconômica para as populações rurais da região semiárida do Nordeste, no fornecimento de frutos saborosos, nutritivos e túberas, radiculares doce e ricas em água. O extrativismo do fruto do imbuzeiro é praticado nos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e na parte semiárida de Minas Gerais, sendo o Estado da Bahia onde ocorre a maior produção de imbu.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Água para consumo dos animais na caatinga





A foto

Nesta fotografia podemos observar alguns animais consumindo água de um barreiro. A fotografia foi obtida no dia 26 de novembro de 2003 na Comunidade de Pilar no município de Jaguarari, BA.

O fato

No Sertão do Nordeste a oferta de água para os animais no período de seca é uma das maiores dificuldades dos agricultores, principalmente daqueles que possuem animais de grande porte como os bovinos. Na época da seca que vai de agosto a dezembro, o aumento da temperatura ambiente na região provoca um maior consumo de água pelos animais. Como na época da seca a vegetação da caatinga está completamente sem água, para que os animais consumam uma 1g de matéria seca de alimento, ele necessita de até 4 g de água para metaboliza este alimento, o que requer um volume muito grande de água armazenado nas propriedades para atender as necessidades dos animais. Por outro lado, na época das chuvas a elevação da umidade do ar reduz consideravelmente o consumo de água pelos animais. Assim, os agricultores precisam ter condições de armazenar muita água em barreiros, cisternas, tanques, etc., para que no período da seca seus animais não passem necessidade de água para consumo. Contudo, o que vemos na maioria das propriedades é uma preocupação excessiva com a formação de pastagens e muito pouco com a água.

domingo, 11 de setembro de 2011

A beleza da floração da canafístula nas margens das rodovias do Sertão



A foto

Nesta fotografia, podemos observar a caatinga na época das chuvas com as plantas verdes e a beleza da floração. A fotografia foi obtida na BR que liga o município de Petrolina a Afrânio, PE em 26 de fevereiro de 2009.

O fato

No período de chuvas no Sertão de Pernambuco, as margens das rodovias que cruzam esta região apresentam uma beleza singular para os que ali passam, visto que as plantas da caatinga estão no período de maior beleza com suas folhas verdes e muitas espécies em fase de floração. O destaque neste período é para a floração da canafístula nas margens das rodovias. A canafístula é uma planta da caatinga considerada decídua em função da perda de parte das folhas em algumas estações do ano, com um dos mais belos florescimentos da caatinga. Em função da sua beleza, a canafístula pode ser utilizada para o paisagismo. Entre as plantas oportunistas, a canafístula é uma das mais utilizadas para recuperação de áreas de caatinga degradadas. A canafístula (Senna spectabilis var. excelsa (Sharad) H.S.Irwine & Barnely) é encontrada em todos os estados da região semiárida do Nordeste. A madeira da canafístula, apresentar  retratibilidade baixa, aparência agradável e resistência mecânica média a alta, é indicada para a fabricação de móveis, folhas faqueadas decorativas, para lambris, painéis, carrocerias, implementos agrícolas, peças torneadas, etc.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A degradação da vegetação e solos da caatinga



A foto

Nesta fotografia podemos observar uma área de caatinga degradada.  A fotografia foi obtida no dia 11 de agosto de 2010 no município de Betânia do Piauí, PI.

O fato

Na região semiárida do Nordeste, há uma intensificação das áreas de caatinga onde grande parte dos solos apresenta-se erodidos em função do desmatamento da vegetação nativa da caatinga para formação de pastagens. Estudos recentes demonstraram que o total de caatinga desmatada saltou de 43,38% para 45,39% num período de seis anos. A taxa anual média de desmatamento nos seis anos foi de 2.763 quilômetros quadrados. Levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) divulgados recentemente apontou que, entre 2002 e 2008, a caatinga teve 16.576 quilômetros quadrados desmatados, o que equivale a mais da metade da área do Estado de Alagoas. Por outro lado, alguns estudos têm demonstrado que a fragilidade dos solos das áreas de caatinga do Nordeste favorece a degradação. Os solos descobertos, principalmente nas áreas de serra da caatinga são muito susceptíveis à erosão hídrica e eólica, favorecendo a remoção dos nutrientes das áreas degradadas o que vai dificultar o crescimento do extrato vegetal. As áreas de maior vulnerabilidade, geralmente são de solos rasos, sem capacidade de retenção de água e com limitações físicas e químicas, que aumentam a degradação. Assim, o solo é um fator principal na degradação dessas áreas. Neste sentido, atribuir a degradação unicamente a ação do homem parece não ser a opção mais adequada. Portanto, um trabalho de conscientização das populações destas áreas de que estes solos em áreas de serra apresentam alta fragilidade para degradação, talvez possa produzir mais resultados do que as punições aos agricultores que cultivam nestas áreas. Temos que mostrar para os agricultores do Sertão nordestino que o desmatamento da vegetação nativa da caatinga para formação de pastagens, principalmente de capim buffel, deve ser acompanhada de práticas agrícolas que possam garantir a preservação dos solos, pois, desprotegidos da vegetação natural, nosso solo em sua maioria, não suportam os efeitos das chuvas que provocam a erosão e sua degradação. Há muitas alternativas, entre elas os trabalhos de raleamento da caatinga que tem possibilitado a criação e manutenção dos animais na caatinga com os mínimos efeitos de degradação. Na fotografia podemos ver uma área de caatinga onde o agricultor desmatou para plantio de capim buffel com parte do solo erodido no município de Betânia do Piauí.