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quarta-feira, 15 de julho de 2015

O macassar de feijão-caupi na caatinga


As fotos

Nestas fotografias podemos observar o preparo de um macassar.  As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.






Os fatos

No interior do Nordeste, existe uma tradição de preparo de uma comida chamada de “Macassar”. É composta de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp., também conhecido como feijão-macássar ou macassar, arroz, costela e temperos diversos. Em outras regiões do País essa comida é conhecido como feijão tropeiro. Normalmente, o macassar é preparada quando os agricultores estão realizando trabalhos como colheita de grandes áreas, construção de cercas, desmatamento e outras atividades típicas do Sertão que envolve muitos trabalhadores. O macassar é fácil de preparo e ocupa poucas pessoas. Os ingredientes básicos são: feijão macassar, arroz, costela, charque, cebolinha, coentro, alho, etc. Tudo é colocado em uma grande panela e levada ao fogo de lenha. É claro que não pode faltar uma boa cachaça.

A floração do sete-cacas na caatinga


As fotos

Nestas fotografias podemos observar a floração do sete-cascas na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.








Os fatos


Até o momento, já choveu um total de 253 mm no Sertão do São Francisco. Esse volume não é suficiente para repor a falta de chuva dos anos anteriores, todavia, tem contribuído para melhoria das condições da fauna e flora da caatinga. Do dia 1 de janeiro até hoje, ocorreram 21 dias com chuvas e 175 sem qualquer precipitação. Na  caatinga a maioria das plantas já iniciaram a queda das folhas. Todavia, basta ocorrer uma chuvinha qualquer que a paisagem muda de aspecto. Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, pode-se observar os locais onde a chuva caiu pelo surgimento da floração do sete-cascas (Tabebuia spongiosa). A espécie sete-cascas, pertencente à família Leguminosae Mimosoideae, podendo atingir de 6 a 10 m de altura na caatinga. É uma espécie secundária com crescimento rápido. Esta planta é de uma beleza ímpar. Suas flores amarelas mudam o cenário de seca para uma paisagem de alegria e beleza. As flores são visitadas por abelhas e pássaros que contribuem para sua polinização. Embora existam outras variedades de ipês de flores amarelas, o sete-cascas só é encontrada nas caatingas sertanejas. Normalmente essa espécie floresce nos meses de outubro a dezembro, quando da ocorrência das trovoadas (as primeiras chuvas no Sertão). As flores que são vistas nestas fotografias surgiram depois da ocorrência de uma chuva no dia 6 de julho num total de 16,1 mm.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

O gato do mato vermelho da caatinga


As fotos

Nestas fotografias podemos observar uma fêmea de gato do mato vermelho com dois filhotes e um macho adulto na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE. 







Os fatos


Entre os felinos silvestres da caatinga, o gato do mato é um dos mais belos. Na caatinga, destacam-se o gato-do-mato-pequeno, o gata-maracajá e gato-mourisco. Para os agricultores que residem na caatinga e criam seus animais domésticos como galinhas, ovelhas e bodes, os gatos do mato é um problema sério em períodos de seca severa. O gato do mato invade os galinheiros para comer pintos e galinhas, como também matam os borregos e cabritos jovens na caatinga. Muitos agricultores arma armadilhas para capturar esses animais na busca de reduzir o prejuízo com a morte de suas criações. Ocasionalmente, esses animais são mortos por veículos à noite nas rodovias que atravessam a região. O gato mourisco (Puma yagouaroundi) ou gato vermelho é um animal de pequeno porte, que apresenta uma longa calda, o que faz este ser chamado pelos agricultores de gato do rabo grosso. Possui coloração uniforme amarronzada-negra, acinzentada ou vermelho-amarelada.

O ninho do quero-quero na caatinga


As fotos
Nestas fotografias podemos observar um ninho de quero-quero com ovos e as cenas dos queros-queros quando alguém se aproxima do ninho. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.






Os fatos
O quero-quero ou tetéu (Vanellus chilensis) é uma ave da ordem dos Ciconiiformes (anteriormente Charadriiformes), pertencendo à família dos Charadriidae. É uma pequena ave que se caracteriza, principalmente pelo colorido geral cinza-claro na cabeça, peito e na cauda. Uma característica do quero-quero é a defesa do ninho. De modo geral o quero-quero aparece na caatinga no período das chuvas. Faz seu ninho no meio do campo sem qualquer proteção. A fêmea normalmente fica sobre os dois ovos e o macho em volta. Quando qualquer animal ou pessoa se aproxima, estes fazem uma verdadeira guerra para defender o ninho. Uma coisa intrigante é que o quero-quero fica totalmente exposto ao sol sobre o ninho. Os ovos são postos durante a primavera em um ninho feito no solo. Como os ovos têm a casca pintada com manchas escuras, muitas vezes são pisados por pessoa ou outros animais. O macho é agressivo e ataca qualquer coisa que se aproxima do ninho. Na foto podemos ver um pequeno filhote de quero-quero.