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sábado, 31 de janeiro de 2015

Animais da caatinga consumindo frutos do imbuzeiro





As fotos

Nestas fotografias podemos observar animais da caatinga consumindo frutos do imbuzeiro. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.




Os fatos


Embora a seca tenha afetado severamente a região semiárida do Nordeste nestes últimos três anos, algumas plantas nativas da caatinga ainda conseguem sobreviver e produzir alimentos, principalmente, para os animais silvestres.  Entre essas plantas, destaca-se o imbuzeiro. O imbuzeiro, mesmo em anos de seca severa ainda consegue produzir frutos que são consumidos pelos animais da caatinga, tais como o caititu, o veado catingueiro, a raposa e muitos  pássaros. Como as temperaturas diurnas têm sido bastante elevadas, os animais visitam o imbuzeiro onde está caindo frutos, preferencialmente à noite, com destaque para as raposas e caititus. Na época da safra do imbuzeiro, os frutos são a base da cadeia alimentar desses animais. 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O jacu da caatinga do Nordeste

As fotos


Nesta fotografia podemos ver um jacu atravessando uma estrada na caatinga. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE. 




Os fatos


O jacu é uma das mais belas aves da caatinga, contudo sua caça predatória tem contribuído para que essa espécie encontre-se em risco de extinção, principalmente, no Sertão de Pernambuco. Com a seca que ocorreu na região, às aves em busca de alimentos têm se aproximado muito de áreas habitadas e facilitado seu abate pelos caçadores.  O jacu é uma espécie de ave grande com topete pardo avermelhado com barbela avermelhada. O jacu normalmente é visto encima das árvores, más na caatinga como as plantas são pequenas em comparação com as grandes florestas, o jacu é visto sempre no chão. Em áreas com plantas frutíferas o jacu é visto com mais frequência consumindo os frutos caídos ao chão, principalmente, os frutos do imbuzeiro.  

As chuvas e as flores da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar plantas da caatinga com flores, após um longo período de seca. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.





Os fatos


A seca que atingiu parte do Sertão de Pernambuco nestes últimos meses, perdeu força em função das chuvas que ocorreram na região no mês de novembro e nos primeiros dias de dezembro. A caatinga que apresentava uma vegetação totalmente seca, agora aparece com um verde espetacular com uma grande diversidade de flores. Essa renovação da vegetação tem importância grande para o bioma caatinga, principalmente para alimentação de pássaros, abelhas e outros animais da caatinga que enfrentavam uma restrição severa de falta de alimentos.  No município de Petrolina, PE, choveu até o momento um total de 301,1 mm, desse total, 91 mm ocorreram nos últimos 15 dias. Essas chuvas foram responsáveis pela explosão da vegetação com uma nova cobertura de folhas e flores. 

sábado, 22 de novembro de 2014

A reprodução da siriema na caatinga

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar um ninho de siriema com ovo e filhote na caatinga. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.






Os fatos


A sariema (Cariama cristata) ou siriema é da família Cariamidae da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, de hábitos terrestres, que preferem correr a voar nas áreas de vegetação de campos abertos e da caatinga. No seu habitat natural a siriema não levanta voo, essas aves  só voam quando esta sob ameaça.  Nos caminhos, estradas e veredas da caatinga, as siriemas quando são avistadas correm muito e depois levantam voo. As sariemas alimentam-se, preferencialmente de insetos e pequenas cobras e lagartos da caatinga, como também dos mais variados frutos nativos da caatinga como o imbuzeiro e o juazeiro. O grupo de sariemas é formado por casais e algumas vezes por um filhote. Seu ninho, geralmente é feito no alto das árvores com galhos secos e numa altura que da para observar a movimentação ao redor. Geralmente a siriema põem até dois ovos, porém às vezes nasce apenas um filhote que demoram entre uma a duas semanas para deixar o ninho. Os pais sempre estão por perto para proteção do filhote e para alimenta-lo.

domingo, 9 de novembro de 2014

A seca e suas peculiaridades no Sertão de Pernambuco

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar alguns cenários da caatinga no Sertão de Pernambuco. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.








Os fatos


A seca é uma regularidade na vida dos pequenos agricultores do Sertão de Pernambuco. Todo ano os agricultores já sabem que terão dificuldades para alimentar seus animais no período de seca que normalmente, ocorre de agosto a janeiro. Em alguns anos, ocorrem chuvas em outubro e dezembro que aliviam de forma significativa a fome dos animais e a falta de água. Contudo, quando as chuvas são irregulares, isto é, chove pouco mais de 250 a 350 mm no ano, na caatinga não é muita fácil para os agricultores que vivem nesta região. A situação fica mais difícil para aqueles agricultores que possuem grandes rebanhos, tanto de bovinos, quanto de caprinos, visto que os animais necessitam de um volume maior de alimentos para sobreviver no período de seca e, muita água para consumo. Todavia, a seca apresenta certas peculiaridades em cada região do sertão. No município de Petrolina, embora tenha ocorrido um total de 262,3 mm até essa data, a situação não é muito boa para os agricultores, visto que, os barreiros secaram e o capim morreu. Por outro lado, no município de Dormente, chove até agora um total de 224 mm, contudo a situação dos agricultores parece ser melhor, visto que, há ainda bastante água armazenada nos barreiros e muito capim para os animais. O que devemos entender, são as estratégias utilizadas pelos agricultores de cada região, no manejo da água disponível e das pastagens, assim, será possível conviver com as irregularidades climáticas que assolam toda região do semiárido nordestino.

sábado, 8 de novembro de 2014

A irrigação de fruteiras na caatinga com cabaça

As fotos

Nestas fotografias podemos observar as alternativas dos agricultores para irrigar fruteiras e hortaliças na caatinga. As fotografias foram obtidas em comunidades do município de Petrolina, PE.








Os fatos

Na busca por alternativas para realizar a irrigação de pequenos pomares no Sertão do Nordeste, muitos agricultores têm utilizado diversas formas para armazenar e distribuir à água da chuva. Na comunidade de Sítio Baixa da Boa Vista no município de Dormentes, PE., o agricultor Ailton José Rodrigues vem utilizando com muito sucesso uma forma alternativa inusitada para armazenar e distribuir a água da cisterna nas suas fruteiras. O agricultor dispõe em sua propriedade de uma cisterna calçadão com capacidade para 52 mil litros. Com essa água ele irriga um pequeno pomar com algumas fruteiras e pequenos canteiros com hortaliças. Segundo ele, uma maneira de ganhar tempo com a irrigação das fruteiras é colocar a água em um recipiente que distribua a água por vários dias. Assim, ele utilizou as cabaças produzidas na roça. As cabaças são muito utilizadas no interior do Sertão como forma de depósito para colocação de água e alimentos para os animais ou para colocação de água para consumo humano. Seu Ailton fez um pequeno furo nas cabaças e colocou um prego para controlar a saída da água. Assim, ele colocar água na cabaça e essa água é distribuída lentamente por até 8 dias nas plantas.



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A seca e os hábitos dos animais silvestres da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns caititus na caatinga a noite. Devido as altas temperaturas que tem ocorrido na região e a falta de chuvas, caminha no período diurno na caatinga não é uma boa opção para os animais silvestres.







Os fatos


A seca que vem ocorrendo no Sertão do nordestino tem afetado severamente a vida de muitos animais silvestres. A falta de água para consumo e de alimentos são alguns dos problemas enfrentado pelos animais. Na fotografia podemos ver os caititus caminhando na caatinga a noite para fugir das altas temperaturas diurnas que chegam próximo aos 40 graus. Até o momento tivemos no município de Petrolina, PE, um total de 212,4 mm de chuvas. Valor muito abaixo da média histórica que é de 525 mm.  No mês de janeiro choveu 14,9 mm. No mês de fevereiro foram registrados 54,2 mm. No mês de março ocorreu uma precipitação de 37,6 mm. No mês de abril foram 73,5 mm de chuvas. No mês de maio, foi registrado um total de 4,7 mm. No mês de junho choveu 0,7 mm e no mês de julho 17,9 mm. No mês de agosto choveu apenas 3,5 mm e em setembro um total de 1,0 mm. Até hoje, 29 de outubro de 2014 choveu um total de 4,4 mm. Com a chegada de novembro, o sertanejo espera a ocorrência das trovoadas, marca característica deste período, o que pode mudar o cenário da fauna e flora da caatinga, consequentemente a vida dos animais silvestres com a formação de pastagens, frutificação de plantas nativas e água para consumo.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Período de acasalamento do veado catingueiro na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar um casal de veado catingueiro em período de acasalamento. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.






Os fatos


O veado catingueiro é um animal solitário na maior parte do tempo, todavia nos períodos de acasalamento é possível ser avistados juntos com as fêmeas na caatinga. A fêmea quando em período cio, exalam seus odores característicos que atraem os machos para o acasalamento. Na caatinga é muito difícil observar um casal de veados em cio. De modo geral, tanto o macho quanto as fêmeas são vistos sozinhos quando estão alimentando-se na caatinga. A fêmea segue próxima a filhote por um longo período. O macho nunca é visto próximo ao filhote. Essa espécie apresenta um período de gestação de aproximadamente, 200 dias. Embora os filhotes ao nascer apresentem uma fragilidade muito alta, isto é, são presas fácies para os predadores naturais da caatinga como as onças e outros felinos, ainda podemos observar alguns filhotes em áreas de caatinga preservada.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O banho do gavião na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar um gavião chegando a uma bebida na caatinga e tomando um belo banho. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.





Os fatos


As altas temperaturas que assolam todas as regiões do Brasil têm alterado a rotina de muitos animais silvestres. A busca por água para consumo, sombra e alimentos tem sido uma constante de várias espécies do Sertão do Nordeste. Na caatinga os gaviões buscam freneticamente uma fonte de água para se refrescar. Essa espécie sempre que encontra uma fonte de água, torna uma rotina o consumo e o banho diariamente. Assim, essas aves conseguem amenizar o intenso calor que afetam toda a região neste período de longa estiagem. Um detalhe interessante é que ao chegar na bebida, o gavião torna-se o dono do pedaço, principalmente para os pequenos pássaros que também bebem nesses locais, pois qualquer descuido de um pássaro pode tornar mais alegre o banho do gavião.  

A convivência do veado catingueiro com os pássaros da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar a convivência dos animais silvestres da caatinga. Alguns pássaros pousam no dorso de um veado catingueiro que não apresenta nenhuma reação com a presença dos mesmos. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.






Os fatos


O veado catingueiro é um dos animais mais arisco da caatinga nordestina. Sua observação em áreas descampadas é muito difícil e na caatinga fechada praticamente não se ver este animal com facilidade, visto que, eles sempre estão atentos a qualquer movimento e logo fogem da presença de pessoas ou outros animais. Embora essa espécie apresente um comportamento restrito a um determinado território, sempre que sua área é invadida o mesmo afasta-se. Porém, na presença de algumas aves da caatinga, parece que o veado catingueiro perde sua timidez e permite que os pássaros possam pousa em seu dorso e retirar algumas pragas de sua pelagem como podemos observar nestas fotografias. 

sábado, 20 de setembro de 2014

A reprodução do veado-catingueiro no Sertão do Nordeste

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns veados-catingueiros na caatinga e um filhote dessa espécie. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.








Os fatos


A fauna da caatinga na Região Nordeste é repleta de animais cuja beleza é singular. Embora essa região tenha sofrido danos severos nos últimos anos com as secas sucessivas, ainda é possível observar a continuidade da vida animal silvestre, principalmente a regeneração das espécies. O veado-catingueiro é uma das espécies da caatinga mais caçada para consumo. Sua carne é bastante apreciada pela população local. Essa espécie já apresentou número significativo de exemplares, contudo, a caça tem levado a espécie a constar na lista de animais ameaçados de extinção na caatinga. Sua pelagem marrom-acinzentada com tons escuros no dorso faz desses animais um dos mais belos da caatinga. Embora a seca tenha afetado a base alimentar dos veados, estes ainda conseguem obter alimentos na brotação das plantas da caatinga e nos frutos das diversas plantas da região Nordeste. Pouco se observar veados em grupos, contudo há relatos de bandos com 4 a 5 indivíduos. A visão de um filhote é rara, porém quando avistado, sua beleza encanta nossos olhos. 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

As aves de arribação no Sertão de Pernambuco

As fotos 

Nestas fotografias podemos observar um filhote de  pombas de arribação no Sertão de Pernambuco. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE. 




O fato



A ave de arribação ou avoante é uma pomba da Família Columbidae, Gênero Zenaida, Espécie Zenaida auriculata. Esta pomba ocorre nas caatingas do Nordeste no período das chuvas. São centenas de avoantes em bandos nos céus que voam sem destino em busca de alimentos e um local para procriação. A grande surpresa é que essas aves apareceram no sertão agora no mês de setembro, período de seca. Esse fato pode ter ocorrido em função das mudanças climáticas que afetam diversas regiões onde essas aves habitam. Como o próprio nome diz, costuma ser uma ave gregária, podendo formar bandos de milhares de indivíduos durante suas migrações em pousos coletivos em locais onde dormem e se alimentam. Também é conhecida pelos nomes de arribaçã, arribação, pomba-do-sertão e avoante. Os ninhos das avoantes são alvos de animais silvestres e caçadores que matam estes pássaros em grande quantidade para consumo e venda em feiras livres do Nordeste. Em alguns ninhos os pássaros são abatidos das formas mais perversas possíveis. Normalmente, são encontradas nas feiras livres, muitas aves para venda em estado de conservação não adequado para o consumo humano. As aves de arribação também têm causado danos severos às plantações de sorgo em muitas comunidades da região. Há relatos de que as aves de arribação foram responsáveis pela alimentação de grande parte da população de nordestinos nas grandes secas de 1877 e 1888 onde “verdadeiros aluviões de pombas-de-bando salvaram igualmente do tormento da fome as míseras populações flageladas da época...” Alguns estudiosos das aves de arribação afirmam que elas deveriam está se deslocando neste período para a Região Sudeste e que só deveriam estar no Sertão no início das chuvas.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A selfie dos animais da caatinga

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar alguns animais da caatinga em momentos especiais. Até parece que estes animais estão realizando seus autorretratos.  As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.









Os fatos



Para se obter uma fotografia de um animal silvestre na caatinga não é nada fácil. Todavia a câmera automática tem possibilitado a obtenção de diversas fotos de muitos animais em seus momentos únicos. Isso ocorre, principalmente pelo fato de que, os animais da caatinga são muito expertos e cuidadosos em seus movimentos, quando deparam com alguma coisa que não é natural do seu habitat. Quando eles observam alguma coisa diferente, escutam, olham, e demonstram toda curiosidade possível para tentar identificar esse objeto estranho e ter a certeza de que o mesmo não é uma ameaça. Assim, podemos obter algumas fotografias que são verdadeiros “selfies silvestres

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

As primeiras flores da caatinga no início do período de seca


As fotos

Nestas fotografias podemos observar o início da floração do imbuzeiro e do sete-cascas na caatinga. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.









Os fatos

Na caatinga do município de Petrolina, PE, choveu até o momento 203,5 mm, sendo distribuídos da seguinte forma: janeiro (14,9 mm); fevereiro (54,2 mm); março (37,6 mm); abril (73,5 mm); maio (4,7 mm); junho (0,7 mm) e julho (17,9 mm). Até o momento foram registrados 34 dias com chuvas e 178 sem nenhuma precipitação. Todavia, as plantas da caatinga repetem seus ciclos fenológicos regularmente, a exemplo do imbuzeiro e do sete-cascas. A floração do imbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) é uma das primeiras que ocorre na caatinga, independente se o ano foi de muita ou pouca chuva. Esse processo ocorre porque o imbuzeiro perde as folhas logo após o inverno, para diminuir a transpiração, e entra em estado de dormência vegetativa no começo do verão por um período de até 43 dias. No entanto, com as modificações que ocorrem no clima nesse período, na temperatura e no grau higrométrico do ar, o imbuzeiro inicia sua brotação, floração e frutificação. O sete-cascas (Tabebuia spongiosa) iniciam a floração logos após as primeiras chuvas de verão, contudo, como o solo da caatinga encontra-se com baixo teor de umidade devido as secas, qualquer chuva induz sua floração. A floração do sete-cascas teve início após uma chuva de 10,5 mm que ocorreu no dia 27 de julho. A floração dessas plantas tem grande importância para fauna e flora da região semiárida, visto que, suas flores e frutos são fontes de alimentos para muitos animais da caatinga, principalmente para os pássaros e abelhas nativas no início do longo período de seca que vai de agosto a janeiro.


quinta-feira, 24 de julho de 2014

As rolinhas-branca da caatinga

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar um rebanho de rolinhas-branca em busca de água na caatinga.  As  fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.






Os fatos


Entre as aves da caatinga nordestina, nenhuma é mais conhecida do que as rolinhas. Há uma infinidade de espécies de rolinhas, contudo na caatinga as mais conhecidas são a rolinha-cafofa, a rolinha-caldo-de-feijão, a rolinha-cascavel, a rolinha-azul e a rolinha-branca. Essas aves pertencem à família Columbidae  que pode ser encontrada em muitas regiões do mundo. A rolinha-branca é uma das mais numerosas na caatinga. O que chama a atenção das rolinhas é que elas são de modo geral consideradas aves preguiçosas, isto é, faz seu ninho sem muito capricho. Basta juntar um pouco de gravetos e logo vão colocando os ovos. Tem um detalhe interessante, muitas rolinhas repetem sua postura em um mesmo ninho por muitas vezes. Já vimos ninhos com mais de 5 camadas que são formadas pelas fezes dos filhotes. Nos locais onde existe água, as rolinhas-branca são as predominantes e sempre chegam em rebanhos para beber água, como podemos ver nas fotografias.

domingo, 20 de julho de 2014

A visão noturna dos animais da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns animais da caatinga que buscam na noite uma alternativa para procura de alimentos, fugindo da perseguição dos caçadores. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.

Os fatos


 A tempos era muito fácil observar um veado catingueiro (Mazama gouazoupira) durante o dia. Todavia, a caça indiscriminada tem sido responsável pelo desaparecimento deste animal em algumas áreas de caatinga do Nordeste. Para fugir dos caçadores o veado catingueiro busca alimentos e água a noite.
Veado na caatinga à noite

 A raposa (Dusicyon thous) é outro animal que dificilmente é observado no período diurno. Normalmente quando se ver uma raposa durante o dia, fala-se que é uma raposa doida. Já  durante a noite, as raposas são observadas facilmente na caatinga.

Raposas na caatinga à noite

O caititu ou cateto (Tayassu tajacu) é um porco-do-mato que vivem nas áreas de caatinga nativa do Nordeste, que se alimenta regularmente durante o dia, porém em função da presença de caçadores em seus habitats, esses animais estão cada vez mais optando pelo período noturno para procurar alimentos.
Caititus na caatinga à noite


O guaxinim (Procyon cancrivous) é um dos animais mais difícil de ser observado durante o dia, porém, à noite o guaxinim é observado facilmente na proximidade de lagoas ou de áreas com plantios de fruteiras, onde eles buscam alimentos. Esses animais têm sido vítimas constantemente de atropelamento nas estradas e rodovias que cortam a caatinga.

O guaxinim na noite da caatinga

O tatu-peba  (Euphractus sexcinctus) é um animal de hábitos noturnos. Contudo, os caçadores saem à noite com cachorros para caçar o tatu. Isso tem levado ao fato de que hoje é mais fácil encontrar um tatu-peba durante o dia do que a noite.
O tatu-peba na noite da caatinga

A coruja buraqueira (Athene cunicularia)  tem sua presença marcada nas noites nordestinas, contudo, geralmente ela pode ser vista durante o dia próxima ao ninho. Talvez, a coruja seja uma das aves da caatinga que ainda não é perseguida pelos caçadores.
Corujas buraqueiras bebendo água à noite


Um pequeno animal de hábitos diurno que hoje só é visto a noite é a pequena cotia da caatinga (Dasyprocta aguti). Esse animal tem sido caçado severamente e encontra-se em risco de extinção em muitas áreas da caatinga nordestina.
A cotia na noite da caatinga

Outro animal de hábito noturno que raramente é observado durante o dia é o pequeno gato do mato (Leopardus Tigrinus). Esse animal, semelhante ao guaxinim é encontrado morto às margens das rodovias que cortam a região da caatinga. Os caçadores matam o gato do mato para vender sua bela pele.
O pequeno gato do mato na noite da caatinga