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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A floração do sete-cascas na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar a floração do sete-cascas na caatinga após as primeiras chuvas do verão de 2017. As fotografias foram obtidas  na caatinga do município de Petrolina, PE.











Os fatos


De janeiro até hoje, ocorreram 49 eventos de chuvas na região do Sertão do São Francisco, já são mais de 305 dias sem chuvas. No total, foram 179,5 mm, sendo: 0,1 mm em janeiro;35,5 mm em fevereiro; 19,6 mm em março; 11,5 mm em abril; 37,6 mm em maio; 15 mm em junho; 6,4 mm em julho; 2,4 mm em agosto; 12,5 mm em setembro; 1,2 mm em outubro; 16,4 mm em novembro e 21,3 mm em dezembro. A vegetação da caatinga ainda reage com as poucas chuvas que caem. A caatinga possui uma das mais belas composições de plantas do planeta. São inúmeras espécies de plantas que só ocorrem nesta região. Podendo ser considerada uma das regiões do mundo de maior riqueza biológica, face às adversidades da região.  Quando termina o período de chuvas na caatinga e a vegetação começa a perde suas folhas pela falta de água no solo, o cenário da seca é eminente. Todavia, basta ocorrer uma chuvinha qualquer que a paisagem muda de aspecto. Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, pode-se observar os locais onde a chuva caiu pelo surgimento da floração do sete-cascas (Tabebuia spongiosa). A espécie sete-cascas, pertencente à família Leguminosae Mimosoideae, podendo atingir de 6 a 10 m de altura na caatinga. É uma espécie secundária com crescimento rápido. A madeira é macia e pouco durável. Sua principal utilização é o paisagístico e arborização urbana. Esta planta é de uma beleza ímpar. Suas flores amarelas mudam o cenário de seca para uma paisagem de alegria e beleza. As flores são visitadas por abelhas e pássaros que contribuem para sua polinização. Quando o botão floral cai, e consumido por inúmeros animais da caatinga, principalmente pelo veado e o caititu. O sete-cascas ou “Ipê cascudo” é considerado por muitos estudiosos como a mais bela planta da caatinga. Embora existam outras variedades de ipês de flores amarelas, o sete-cascas só é encontrada nas caatingas sertanejas. Normalmente essa espécie floresce nos meses de outubro a dezembro, quando da ocorrência das trovoadas (as primeiras chuvas no Sertão), como este ano as trovoadas não ocorreram, pouco se viu a floração do sete-cascas. As flores que são vistas nestas fotografias surgiram depois da ocorrência de uma pequena chuva de 16,5 mm no dia 10 de dezembro em algumas áreas do Sertão. 

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A busca de água pelos animais silvestres da caatinga na seca


As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns animais silvestres da caatinga em busca de água para beber. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.
















Os fatos


A seca que vem se prolongando na região semiárida do Nordeste começou a perde força com as primeiras ocorrências de chuvas na região esta semana. Há registros de bastante chuvas em áreas da Bahia, Piauí e Pernambuco. Segundo, a APAC (Agência Pernambucana de Águas e Clima), choveu 66 mm no município de Ouricuri no dia 14 de novembro. Essa chuva se espalhou por todo o Sertão de Pernambuco. Se houver mais chuvas, o cenário pode mudar, visto que, este ano está sendo considerado um dos piores para as áreas do Sertão, a onde as precipitações não chegaram a 140 mm, até o momento. No município de Petrolina, PE choveu até hoje, 14 de novembro de 2017, um total de 138,2 mm. Considerando-se que a média histórica dos últimos 35 anos é de 506 mm, podemos dizer que as chuvas foram muito abaixo da média.  Se considerarmos as informações pluviométricas do município de Petrolina desde 1912, esse pode ser o pior ano da nossa história. No mês de janeiro não foi registrada nenhuma precipitação. De 1982 até 2016, somente nos meses de janeiro de 2006 e 2012 não houve chuvas. A média histórica para janeiro é de 90,3 mm. No mês de fevereiro foi registrada uma precipitação de 35,5 mm. Esse volume é praticamente a metade da média histórica que é de 77,6 mm para fevereiro. No mês de março, considerado o mês que mais chove na região, ocorreu uma precipitação de 18 mm. A média histórica de março é de 115,4 mm, esse foi um dos meses de março que menos choveu na região nos últimos 35 anos.  Assim, a situação nos outros meses não foi muito diferente. Em abril choveu 11,5 mm. No mês de maio choveu um pouco mais com 28,8 mm. Já nos meses de junho e julho as chuvas foram de 15,0 e 3,8 mm, respectivamente. Em agosto e setembro, tivemos 1,3  e 7,9 mm.  Já no mês de outubro não foi registrada nenhuma precipitação. Ontem, 14 de novembro, foram registradas uma precipitação de 16,4 mm. Para os sertanejos a ocorrência dessas trovoadas, traz esperança para toda região, principalmente para os animais que vem sofrendo com a falta de água. 

terça-feira, 10 de outubro de 2017

A seca e as plantas da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar os aspectos de algumas das plantas da caatinga no período de seca. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.




















Os fatos



No município de Petrolina, PE choveu até hoje, 10 de outubro de 2017, um total de 121,8 mm. Considerando-se que a média histórica dos últimos 35 anos é de 506 mm, podemos dizer que as chuvas foram muito abaixo da média.  Se considerarmos as informações pluviométricas do município de Petrolina desde 1912, esse pode ser o pior ano da nossa história. No mês de janeiro não foi registrada nenhuma precipitação. De 1982 até 2016, somente nos meses de janeiro de 2006 e 2012 não houve chuvas. A média histórica para janeiro é de 90,3 mm. No mês de fevereiro foi registrada uma precipitação de 35,5 mm. Esse volume é praticamente a metade da média histórica que é de 77,6 mm para fevereiro. No mês de março, considerado o mês que mais chove na região, ocorreu uma precipitação de 18 mm. A média histórica de março é de 115,4 mm, esse foi um dos meses de março que menos choveu na região nos últimos 35 anos.  Assim, a situação nos outros meses não foi muito diferente. Em abril choveu 11,5 mm. No mês de maio choveu um pouco mais com 28,8 mm. Já nos meses de junho e julho as chuvas foram de 15,0 e 3,8 mm, respectivamente. Em agosto e setembro, tivemos 1,3  e 7,9 mm.  Com a chegada de outubro, os sertanejos esperam a ocorrência das trovoadas, marca característica deste período, porém, as previsões dos institutos climáticos são as piores possíveis. Assim, resta esperar pela complacência da mãe natureza para aliviar a nossa situação.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Os micos da caatinga

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar alguns saguis  da caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.







































Os fatos

Entre os animais da caatinga, um dos mais populares é o sagui (Callithrix penicillata). Este pequeno primata vive em toda região do semiárido, principalmente nas áreas de caatinga densa. São animais dóceis que se aproximam muito das áreas habitadas em busca de alimentos. Essa espécie é arborícola, insetívora e frugívora. Comem frutas, flores, folhas, insetos e pequenos animais, além das gomas que exsudam de algumas plantas da caatinga, principalmente das áreas invadidas por algarobas. No Sertão o sagui tem diversos nomes: sagui, saguim, sauim, soim, sonhim, etc. Muitos agricultores capturam os filhotes de sagui e criam como animais de estimação em suas casas. Uma das principais características do sagui é transportar os filhotes nas costas. Os saguis da caatinga tem uma grande importância na dispersão de sementes de muitas plantas da caatinga, visto que se alimentam de frutos sem danificar a semente. Por outro lado, causam danos severos para os ninhos de muitas espécies consumindo os ovos.