As
fotos
Nestas
fotografias podemos observar alguns aspectos da seca e animais na caatinga no Sertão de
Pernambuco. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.
Os fatos
O ano de
2017 pode ser um dos piores para agricultura de subsistência no Sertão de
Pernambuco, se comparado com uma série histórica de 1982 até hoje. No mês de
janeiro deste ano não foi registrada nenhuma precipitação. Isso só tinha
ocorrido nos anos de 2006 e 2012 quando janeiro foi totalmente seco. A média para
o mês de janeiro neste período é de 90,3 mm, sendo que em 2004, tivemos uma
precipitação de 431,0 mm no mês de janeiro. Em 1992, mesmo a região em época de
seca, a precipitação foi de 344,2 mm. Em 2002, as chuvas de janeiro foram no
total de 304,9 mm e de 262,2 mm em janeiro de 2016. No mês de fevereiro deste
ano, tivemos um total de 35,5 mm. A média para fevereiro nessa série histórica
é de 77,6 mm. Em 2004 choveu um total de 255,6 mm no mês de fevereiro. Já em
2007 e 2009, choveu um total de 245,0 e 257,1 mm, respectivamente. A menor
precipitação para o mês de fevereiro foi registrada em 1984 com um total de 3,1
mm. Por outro lado, em fevereiro de 2013 não foi registrada nenhuma
precipitação na região. Neste ano as chuvas de março no Sertão de Pernambuco
foram de 18,0 mm. Esse total é um dos piores índices, levando-se em
consideração que o mês de março é o mais chuvoso da região. Na série histórica
a média para março é de 115,4 mm. A maior precipitação registrada para esse mês
foi de 317,9 mm em 1984 e 256,8 mm em 1988. Nos anos de 1995 e 1997, foram
registrados 230,0 mm no mês de março. Em abril deste ano, tivemos um total de
11,5 mm, valor muito abaixo da média que é de 64,9 mm. A maior precipitação
para esse mês foi registrada em abril de 1989 com um total de 154,6 mm, seguido
de abril de 2011 com 153,4 mm. Até hoje,
25 de maio de 2017, foram registrados 28,8 mm no mês de maio. Embora essa
precipitação está muito próxima da média que é de 23,5 mm, tivemos no ano de
2003 um total de 106,7 mm no mês de maio. No total, são 93,8 mm de janeiro a maio
de 2017. Diante deste cenário, as esperanças dos agricultores do sertão parecem
não muito positivas, pois os piores dias ainda virão principalmente nos meses
de outubro, novembro e dezembro, quando a seca e o calor assolam a região.
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